Hoje tive de ir a Lisboa tratar de uns assuntos urgentes, mas ainda consegui arranjar tempo para dar um salto á Bimotor DJ, que por vezes (muito raramente...) tem uns discos interessantes.
Comprei lá os seguintes vinis:
-Tim Paris - Architexture E.P. (Virgo)
No lado A temos um tema bastante interessante, que é um híbrido entre Breakbeat, Electro e Hip-Hop (o rap é cortesia de Mike Ladd, que este ano também editou um albúm bastante interessante, de nome Nostalgiator). No lado B temos 2 temas bastante dançáveis de Electro-House.
-DJ T - Radiator/Robot Riot (20/20 Vision)
Mais dois excelentes temas do alemão DJ T, um dos mentores da Get Physical, aqui numa edição pela britânica 20/20 Vision. Sonoridades a meio caminho entre o Electro e o House de Chicago "circa" 1987/88.
- Olaf Pozsgay - Like A Virgin/Nur Aus Liebe (Systematic)
No lado A temos mais dois bons temas de Electro-House, e ao contrário do que um dos títulos possa indicar, não tem nada a ver com o conhecido tema da Madonna. No lado B, uma remistura de Phonique ao 1º tema, também ao nível a que este produtor já nos habituou (Phonique editou há pouco tempo, pela Dessous, um albúm de nome Identification, disco que ainda não vi á venda por cá, mas mais cedo ou mais tarde há-de aparecer na Flur...)
Comprei também a edição especial da Mojo dedicada aos Depeche Mode em particular, e dedicada ao movimento Electro-Pop em geral. Para quem gostar de saber as raízes de muita coisa que hoje se ouve por aí, é obrigatória a compra desta revista. Além dos Depeche Mode, artigos sobre as origens do Electro-Pop e nomes directa ou indirectamente ligados a este movimento, como Kraftwerk, Giorgio Moroder, David Bowie, Talking Heads, Brian Eno, Human League, Ultravox, Gary Numan, Soft Cell, Orchestral Manouvres In The Dark (OMD), New Order, Pet Shop Boys, Afrika Bambaataa, etc...
Sem querer parecer arrogante, a leitura desta edição especial da Mojo só fazia bem á nova geração entre os 15/21 anos que agora sai á noite, para expandirem os seus conhecimentos musicais e consequentemente abrirem a mente a coisas novas, e consequentemente tornarem-se mais exigentes em relação ao que lhes é dado a ouvir na maioria das casas nocturnas ou nos "media", ou mal por mal, nem que fosse para ao menos conhecerem as raízes de muitas das coisas que se ouvem por aí, tenham elas qualidade ou não...
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2 comentários:
Há 15 anos atrás a música electrónica não era um fenómeno de massas, era mesmo uma música de difícil acesso. Portanto, era natural que as pessoas que a começavam a ouvir tivessem uma cultura musical mais diversificada. Hoje em dia, o pessoal começa a ouvir música electrónica desde criança, muitas vezes limitando-se a determinado género (normalmente música mais forte, própria da idade). Logo por aí ficam bastante limitados quanto à cultura musical, ficando os horizontes reduzidos. Mas, com muita pena minha e de muitos outros, isso é inevitável com a massificação da música electrónica. Até o significado da expressão “cultura musical” poderá mudar muito…
"Hoje em dia, o pessoal começa a ouvir música electrónica desde criança, muitas vezes limitando-se a determinado género (normalmente música mais forte, própria da idade)."
Concordo e não concordo! O que queres dizer com música mais forte? Techno? Há muito boa gente que gosta de techno e não tem necessáriamente que ver com a idade! Eu comecei por ouvir techno qd entrei em contacto com a musica electrónica! Nunca mais me esqueço... Eu moro numa vila mt pequena, na qual não se passa muita coisa e não há lojas de música! Só um video-clube que vende cd's, lol! Mas um dia, no meio daqueles cd's rascas/comerciais (celine dion e por aí fora.. lol) encontrei uma reliquia! The Advent - New Begginings. Acreditam? lol.. isto foi em 96/97! Como é que um homem que só encomendava cd's do top, se sai com esta? Admiradissimo com aquilo e encantadissimo com a qualidade, definição e pureza do som, decidi comprar o cd! E pronto... A partir daí, começou a carga de informação! lol! Hoje tenho gostos definidos, dentro de cada género! Compro muito techno em vinyl mas não dispenso qq música que me chame a atenção dentro de outros estilos dançáveis! Hoje posso dizer que estou mais rendido ao electro que nunca... É uma espécie de novo começo na era electrónica! Apesar de já vir dos 70's/80's..
Tenho 22 anos (sou novo, lol) mas sempre tive bom ouvido e gosto de música de qualidade! Qualquer música que tenha variedade (tipo, nada de 2 refrões iguais que isso para mim é o degredo... só admito isso se for a Kylie e a Madonna :D) chama-me logo a atenção! Adoro música e o facto de gostar de techno não significa que goste de tudo o k se faz dentro do género... Até já gostei mais! lol.. Ando numa onda mais colorida, digámos assim!
Como o Jesus del Campo me disse há pouco tempo, os jovens de hoje em dia sabem mais nomes de Dj's e produtores, mas daí a curtirem algo como se curtiu há uns tempos atrás por essas pistas todas, isso já não se vê... Incentivar os jovens a terem mais cultura em relação à música é mt complicado, pq primeiro há que ter sensibilidade e gosto... e a mente aberta claro!
Vocês podem convencer um rapaz novo a ouvir um Gary Numan (adoro! No GTA Vice City eu delirava qd entrava uma música dele! só energia, só cor! .:New WAVE:. :D) mas até ele gostar do que está a ouvir... pfffff... ainda há muito para andar! lol
Não podemos forçar culturas... Isso deve partir de cada um!
Gostos não se discutem, mas qualidade sim! Agora é necessário é saber apreciá-la! qualquer um dos referidos tem qualidade! Kraftwerk nem se fala... GAry Numan é aquela base.. Giorgo Moroder é que nunca ouvi nada dele... É pena... senão já podia falar no assunto! Mas eu ao menos sou sincero! E não me importo de dizer que não ouvi! Agora há gente (isso vê-se em todo o lado) que diz que conhece muita coisa e que já ouviu muita coisa, mas na verdade só estão a dar aquela imagem de "Eu é que sei".. Não falo de vocês pq se frequentam isto é pq sabem do k falam! ;) Mas é ou não é? Não há muita gente por aí que diz que sabe quando não sabe?
...
1Abraço;)
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