quinta-feira, abril 30, 2009

Cardápio Nocturno

Quinta, 30 de Abril (véspera de feriado) :

- Eduardo Martins @ Baco

- Rui "Ratto" @ Tasco do Kaneco

- Pedro Lontro @ Artkafé

- Abel Santos @ Take 5

- Jorge Zuhrt @ T+T

- DJ JP aka Pestana @ Bubba

- Nuno Grassa & Oscar Baía @ Clubíssimo



- Bruno Safara @ Frágil, Lisboa


Sexta, 1 de Maio :

- Dee Costa @ Baco - Jazz N Grooves Session

- Rui "Ratto" @ Tasco do Kaneco

- Texabilly Rockets & Pedro Lontro @ Artkafé

- Jorge Zuhrt @ T+T

- DJ JP aka Pestana @ Bubba

- DJ Overule & Dj D:Nasty @ Clubíssimo



- MaGaZino @ Kapital, Lisboa

- Rui 31 & Mister Simon @ Trintaeum, Porto


Sábado, 2 de Maio :

- Guns Of Setubalone, DJ Famel & Patsy @ Baco - Ska Party



- Abel Santos @ Tasco do Kaneco

- Fat Pack & Pedro Lontro @ Artkafé

- Pedro Viegas @ Cup Of Joe

- Jorge Zuhrt @ T+T

- DJ JP aka Pestana @ Bubba

- Full Metal Funk, Rogério Martins, Pedro Goya & Eyptin Wholi @ Clubíssimo - Manifesto 06



- MaGaZino @ Level, Cartaxo

- DJ Faísca @ Maus Hábitos, Porto

quinta-feira, abril 23, 2009

Cardápio Nocturno

Quinta, 23 de Abril :

- DJ Koze @ Lux, Lisboa


Sexta, 24 de Abril :

- Zé Pescador @ Baco

- Abel Santos @ Tasco do Kaneco

- Pedro Lontro @ Artkafé

- Pedro Viegas @ Cup Of Joe

- Zé Peps & Pucarinho @ Bombar

- Jorge Zuhrt @ T+T

- DJ JP aka Pestana @ Bubba

- Suki & Miro Ronhez @ Clubíssimo

- DJ B.R.O.S. , Trol2000 & Photonz @ Acerca Da Noite, Almada

- Chillout Sessions 3 @ Faculdade de Arquitectura, Lisboa



- MaGaZino @ Lounge, Lisboa

- Ivan Smagghe & Tim Paris @ Lux, Lisboa


Sábado, 25 de Abril :

- Estrela @ Baco

- Abel Santos @ Tasco do Kaneco

- Pedro Lontro @ Artkafé

- Jorge Zuhrt @ T+T

- DJ JP aka Pestana @ Bubba

- MaGaZino, Pete Tha Zouk, Paul Rodhy, Suki, João Moço, Cláudio & The Clown @ Clubíssimo



p.s. Próximas festas @ Clubíssimo :







Não tenho ainda o cartaz, mas dia 30 de Abril (véspera de feriado), haverá, no Clubíssimo,uma festa festa com o Nuno Grassa e o Oscar Baía.

segunda-feira, abril 20, 2009

Crónicas Nocturnas # 132

Bem, e este sábado lá fui "manifestar-me" um pouco. E, resumidamente, foi assim :

- O Pedro Goya, o Nuno Di Rosso e o Rogério passaram (como sempre) boa música (bom House e bom Techno). O Eyptin Wholi também se deve de ter portado bem, mas como não o ouvi...

- Infelizmente, não apareceu muita gente, mas também com a falta de publicidade, não se podem esperar milagres. Não percebo porque nem ao menos nos sítios chave deixaram um cartaz...Vá lá que o ambiente (?!?) até não estava mau de todo (exceptuando duas personagens que por lá andavam...mas verdade seja dita, se a casa estivesse mais composta, nem se dava por eles...mas assim...).

E pronto, é esta a crónica nocturna possível...

quinta-feira, abril 16, 2009

Cardápio Nocturno

Quinta, 16 de Abril :

- Tiga @ Lux, Lisboa


Sexta, 17 de Abril :

- Daniel Costa @ Baco - Deep, Sexy & Disco

- Abel Santos & Rui "Ratto" @ Tasco do Kaneco

- Pedro Lontro @ Artkafé

- Jorge Zuhrt @ T+T

- DJ JP aka Pestana @ Bubba

- Suki & Friends @ Clubíssimo - Aniversário da Suki

- Dixon @ Lux, Lisboa


Sábado, 18 de Abril :

- Rui "Ratto" @ Baco

- Abel Santos @ Tasco do Kaneco

- Pedro Viegas @ Cup Of Joe - Groovy Set

- Pearl Band (tributo a Pearl Jam) & Pedro Lontro



www.myspace.com/pearlbandtributo

O projecto Pearl Band é como o próprio nome indica uma banda dedicada a prestar tributo a uma das maiores bandas de Rock do Mundo, Pearl Jam. A Pearl Band é composta por 4 elementos que passaram as suas adolescências exactamente no momento do Boom do Grunge de Seattle, que projectou bandas como os Nirvana, Pearl Jam, Alice in Chains, Soundgarden, Stone Temple Pilots, Mudhoney, Screaming Trees, entre outros para o panorama musical mundial. Foi também por volta do ínicio da década de 90 que começou a aventura musical dos 4 membros da Pearl Band, tendo os mesmos passado por alguns Projectos, uns que terminaram como os Lost Sound, e outros que ainda hoje continuam a tocar como é o caso dos Alcoolémia, Dr. Estranho Amor, Undertone ou Self Made Men..Alcoolemia. A ideia de criar uma banda de tributo a Pearl Jam partiu do Pedro Madeira (guitarra e voz - Alcoolémia / Dr. Estranho Amor), que já vinha insistindo ao seu amigo de longa data Jonas(voz e guitarra - Self Made Men , com quem havia tocado 10 anos antes nos Lost Sound, na ideia de criar tal projecto, mas que nunca se tinha concretizado. No Verão de 2008 a ideia voltou a surgir e o facto de haver mais 2 amigos interessados em integrar o projecto, o Gordini (baixista – SMM) Rui Freire (Baterista- Dr. Estranho Amor, Viviane, Entre Aspas, Rita Red Shoes) levou a que a formação estivesse completa para iniciar o trabalho de selecção e ensaio dos inúmeros exitos dos Pearl Jam para apresentar ao vivo. No seguimento desse trabalho a banda gravou 4 temas no Rockstudio, os quais foram disponibilizados no myspace da banda – www.myspace.com/pearlbandtributo - e que já receberam algumas boas críticas dos seus visitantes e amigos. Neste momento a Pearl Band encontra-se em estúdio a ensaiar e a preparar os temas para o seu concerto ao vivo, para que possa proporcionar um bom espectáculo a todos aqueles que apreciam a música dos Pearl Jam, assim como os seus príncipios. Contamos convosco para fazerem parte da nossa família Pearl Band, integrados na grande família mundial de fãs e amigos dos Pearl Jam. Vê-mo-nos lá!

- Jorge Zuhrt @ T+T

- DJ JP aka Pestana @ Bubba

- Nuno Di Rosso, Rogério Martins, Pedro Goya & Eyptin Wholi @ Clubíssimo - Manifesto 05



- Alta Baixa (1 Noite, 3 Casas) @ Maus Hábitos, Passos Manuel & Pitch, Porto

domingo, abril 12, 2009

Rua De Baixo - Larry Levan & Omar S

Nos últimos tempos, e não sem alguma insistência por parte do Mário João, que sempre achou que eu deveria dedicar-me mais a este tipo de coisas, tenho escrito uns textos para o site Rua De Baixo (do qual o Mário é também um habitual colaborador). Aqui ficam dois que escrevi nos últimos meses (e já com um ou outro "re-edit" do Mário João á mistura...eheh) :

Larry Levan - A importância de um legado :

Não é raro, ao ler ou consultar revistas, fóruns ou blogs dedicados ao fenómeno da dita música de dança, ver com frequência mencionado o nome de Larry Levan. Apesar de falecido há quase 17 anos (em 8 de Novembro de 1992, tendo nascido 38 anos antes, a 21 de Julho de 1954), continua a ser falado; e sendo a cultura de clube um meio por vezes tão efémero, no sentido em que, o que é hoje válido, amanhã pode já não o ser, quais as razões que levam a que Larry Levan continue a ser relembrado, mesmo tendo passado tanto tempo após o seu desaparecimento físico? O que de tão excepcional existia neste homem, que iniciou a carreira de DJ em 1971, para que se continue a falar nele?

Uma das principais razões será por continuar a ser considerado um dos melhores DJs de sempre, tanto por quem na altura frequentava o Paradise Garage (clube Nova-Iorquino, ao qual o nome Larry é indissociável), como pelos DJs que eram seus contemporâneos. É comum lerem-se relatos de como os seus sets eram fantásticos e que conseguia mexer com as emoções do público. Ou seja, ouvi-lo era quase sempre uma experiência inesquecível.

Esforçava-se ao máximo para contar uma história através dos seus sets e era perceptível conseguir perceber o seu estado emocional através da música que escolhia, sendo que, não raro, quem o ouvia, ficava de certa forma refém desses seus estados de espírito. Basicamente, gostava de criar drama e tensão na pista de dança, gostando de mexer com as mentes, provocando-as, por vezes até irritando, mas mesmo assim conseguir com que as pessoas saíssem do Paradise Garage com a sensação que tinham ali vivido alguns dos melhores momentos das suas vidas.

Ainda hoje é notório, através dos vários relatos que se vão lendo acerca dos noites no Paradise Garage, que Larry era adorado, alvo de devoção quase religiosa. Estando à frente de uma cabine de som como a do Paradise Garage (considerado, na altura, o clube com o melhor sistema de som no mundo) e tendo a seu dispor todas as potencialidades que esta lhe apresentava, como um perfeccionista, sempre tratou de tirar o maior proveito disso em favor dos seus sets; conseguindo fazer com que um tema, que muitos consideravam mediano, soasse muito bem naquele sistema de som. Havia até quem produzisse temas feitos de propositadamente de modo a soarem bem no Paradise Garage - tal como admitiu o produtor Arthur Baker acerca da música «Walking On Sunshine» de Rockers Revenge.

Era Levan quem na maioria das vezes ditava o que seria ou não um “hit” nos meses futuros noutras pistas de dança, o que fazia com que vários DJs o fossem ouvir, assim como existiam vários produtores que lhe entregavam em 1ª mão demos de produções suas para que Larry as testasse no Paradise Garage. No fundo, era um DJ residente que se esforçava ao máximo para que nenhuma noite fosse igual à anterior, que adorava mostrar coisas novas a quem o ouvia, que arriscava e não tinha qualquer medo de reacções negativas, tentando estabelecer tendências - precisamente o contrário do que é hoje normalmente associado ao DJ residente de um clube (salvo raras excepções).

Outra das razões da cimentação da sua figura seria a unanimidade acerca do seu bom gosto e grande ecletismo musical. Tentava seleccionar tudo o que achava melhor dentro dos vários estilos, fosse Disco-Sound, Funk, Soul, Hip-Hop, Rock, Electro, Reggae, Dub e, numa fase mais posterior, House. Nos 11 anos em que o Paradise Garage funcionou (entre 1976 e 1987), e mesmo após o fecho deste, muita coisa se ouviu através das mãos de Larry Levan. Não esquecer que essa época, em termos musicais, foi das mais fervilhantes e ele estava sempre em cima do acontecimento.

Para a evolução da sua cultura e abertura de espírito, foi essencial o facto de frequentar, logo no início da década de 70, clubes e festas como o Gallery de Nicky Siano ou o Loft de David Mancuso; locais onde era dada primazia à qualidade da música ouvida, assim como à qualidade com a qual era reproduzida (sobretudo no Loft). Tudo era feito para conseguir pôr as pessoas a dançar e fazê-las regressar a casa com um enorme sorriso nos lábios.

Nesta altura, Levan andava quase sempre acompanhado pelo seu grande amigo Frankie Knuckles, que mais tarde veio a ter um papel muito importante na cena House de Chicago (em parte devido ao próprio Larry, que recusou um convite para ser residente no clube Warehouse em Chicago, recomendando, em contrapartida, o nome de Frankie e o resto como se sabe é história).

Convém realçar que muitos dos temas que são hoje considerados clássicos do Paradise Garage continuam ainda a serem tocados e a soar bastante actuais. O mito associado à sua figura é reforçado por, para além de DJ, ter sido um bom produtor e remisturador. Se as primeiras remisturas que fez ainda durante o final dos anos 70 soavam ao trabalho de outro qualquer remisturador da era, nos anos 80 a história foi outra. Para ele, o principal era que os temas soassem bem no sistema de som do Paradise Garage e explorou intensamente as técnicas do Dub aplicadas ao Disco-Sound e ao Electro (outro que o fez com igual intensidade foi François Kevorkian) criando técnicas de produção inovadoras para a época - que podem ser ouvidas em temas como «Seventh Heaven» de Gwen Guthrie ou «Don’t Make Me Wait» dos NYC Peech Boys - e actualmente utilizadas por nomes como Idjut Boys ou Chicken Lips.

Tendo isto em conta, constata-se que a herança que deixou continua bem viva, seja através de DJs/Produtores que foram seus contemporâneos e que ainda estão no activo, como François K, Danny Krivitt, Joe Claussell, Danny Tennaglia ou DJ Harvey (que chegou até a trazer Larry Levan para passar som no Ministry Of Sound, pouco antes do seu falecimento), seja através de uma nova escola, como Rub N Tug, 2manydjs, The Glimmers, Carl Craig, Tim Sweeney, James Murphy, Morgan Geist, Daniel Wang, Andy Blake, Skull Juice, entre outros. Todos estes, à sua maneira, transmitem-nos o legado que Larry Levan nos deixou, ou seja, o de uma noite (ou dia!) bem passado, a ouvir-se boa música, seja ela de que estilo for e sem medos de, por vezes, arriscar vazar uma pista.

Numa era em que cada vez mais DJs optam por se dedicar quase exclusivamente a um estilo, ora jogando pelo seguro, ora passando o que acham que o público quer ouvir, cada vez mais são necessários outros que se inspirem no legado que Larry Levan nos deixou.


Omar S, o neto de Detroit - Cidade industrial, berço da Motown e do Techno. Omar S e a sua editora FXHE cumprem a tradição :

Detroit. Para quem gosta de música, o nome desta cidade norte-americana pode evocar várias coisas: a editora Motown (aí sediada), os Stooges e os MC 5 (considerados como umas das grandes influências do movimento Punk) ou George Clinton e o seu P-Funk.

Mas, para quem gosta e acompanha o que se vai passando na música electrónica (sobretudo a de cariz mais dançável), evoca primeiro que tudo a palavra Techno, pois foi em Detroit que este estilo, como hoje o conhecemos, nasceu; E a seguir a denominada “Santa Trindade” de bellevue que lhe deu origem: Juan Atkins (Cybotron, Model 500, etc), Derrick May (Rhythm Is Rhythm) e Kevin Saunderson (Reese, Inner City, etc).

Foram estes três os grandes artífices do Techno que criaram as bases pelas quais o estilo musical hoje se move. Com uma maior facilidade de acesso aos primeiros equipamentos electrónicos e fortemente influenciados pelo que ouviam na rádio pelas mãos do eclético radialista Electrifying Mojo (que passava, entre outras coisas, Funk/Disco nas suas mais diversas facetas; Synth Pop, Punk/Post-Punk/New Wave, Rock mais clássico ou o que futuramente veio a ser chamado como “World Music”), criaram música cuja inspiração, na maioria das vezes, parecia vir do espaço.

Nem de propósito, Derrick May afirmava que o Techno soava como se os Kraftwerk e George Clinton (Funkadelic/Parliament) estivessem presos num elevador e quem conhece a obra desses artistas sabe que a música que faziam na altura (anos 70), soava alienígena para ouvidos comuns. Pode-se dizer que os três de Detroit prolongaram essa tradição, com temas que ainda hoje continuam a soar ao mesmo tempo futuristas e actuais, como «No UFOs» de Model 500, «Strings Of Life» de Rhythm Is Rhythm ou «Big Fun» de Inner City.

Pouco tempo depois, ainda fortemente influenciada tanto pelos programas de rádio de Electrifying Mojo, como pelas produções da “Santa Trindade” e pelos já míticos DJ sets de Derrick May no Music Institute (o equivalente de Detroit do Paradise Garage de NYC ou do Warehouse e do Music Box de Chicago), surge a segunda vaga de produtores de Detroit: Carl Craig (o mais eclético), Stacey Pullen, Blake Baxter, Kenny Larkin, Kenny Dixon Jr (aka Moodymann), Theo Parrish (estes dois últimos mais ligados ao House do que propriamente ao Techno), “Mad” Mike Banks (Underground Resistance), James Stinson (Drexcya), Jeff Mills, Robert Hood ou Daniel Bell (estes três últimos os maiores responsáveis pela aplicação dos princípios do Minimalismo ao Techno), entre outros. Tudo nomes que directa ou indirectamente criaram novos paradigmas no que se ouve actualmente nas pistas de dança mais esclarecidas, e cuja importância é mais do que reconhecida.

É no seguimento deste contexto que acabam por surgir indivíduos como Alex Omar Smith, mais conhecido como Omar S, o auto-proclamado “Grandson Of Detroit” (neto de Detroit). Omar S, em conjunto com nomes como Jus Ed, Jason Fine, Luke Hess ou Kyle Hall (que, nem de propósito, editaram todos o primeiro disco através da editora de Omar, a FXHE), fará parte de uma terceira geração de produtores de Detroit, mas assumindo ainda uma personagem algo misteriosa.

Não dá muitas entrevistas, e, quando as dá, transparece um misto de arrogância com uma honestidade desarmante, mas também uma intenção de propositadamente mexer com as mentes com muitos palavrões à mistura. Não se coíbe de dizer o que pensa e não tem problemas em criticar nomes “consagrados” como Masters At Work, Kerri Chandler ou Ricardo Villalobos.

Em relação a este último, Omar S parece querer defender-se de comparações que inevitavelmente vão ser feitas quando sair o Fabric 45, onde apenas irá apresentar e misturar faixas suas, à semelhança do que fez Villalobos no Fabric 36.

Tendo em conta o que Omar S tem editado desde 2001,Villalobos terá um concorrente de valor. As suas produções revelam um espírito eclético, pois tanto produz músicas mais viradas para o House ou para o Techno (como «Psychotic Photosynthesis», seja a versão com ou sem beat ou «The Further You Look, The Less You Will See» ou o mais recente «Blown Valvetrane»), ou mais viradas para o Electro-Disco/Boogie («Thirteen», no seu projecto Oasis ou «Groove On» em que sampla «Baja Imperial» dos Plastic Mode, tema que vem na compilação “Unclassics”, misturada por Morgan Geist) ou até mais viradas para o Hip-Hop (como os 2 EPs “Side-Trakx”).

A produção das faixas tanto pode soar limpa, como suja - à boa maneira de Theo Parrish, e é através da editora deste, a Sound Signature, que sai o último disco de Omar S. Tanto vai buscar influências a sonoridades associadas a Detroit como sonoridades associadas a Chicago. O último disco, “Blown Valvetrane”, faz lembrar coisas como as “Go Wild Rhythm Trax” de Virgo aka Marshall Jefferson. Todos os temas são feitos através de equipamento analógico, pois Omar S afirma que não gosta de trabalhar com computadores e respectivos softwares, preferindo o som algo rude que este tipo de equipamentos produz.

Para ajudar a dar uma maior mística, o site da editora de Omar S é também do mais simples que pode existir, com pouca informação e, aparentemente, um dos poucos sítios onde se consegue arranjar os discos seus e de quem edita pela FXHE. Muitos discos são marcados ou carimbados pelo próprio (através de marcadores que ele traz do emprego que tem na Ford), ou então aparecem com desenhos a preto e branco fortemente influenciados por jogos de vídeo - outra das grandes paixões de Omar S, ao que parece. Um pouco na senda do “so underground it hurts” de Abe Duque, e com uma atitude muito D.I.Y. que vem do espírito punk.

O mesmo espírito eclético que revela nas suas produções parece aplicar-se também aos seus DJ sets, onde passa de tudo um pouco: Disco, Deep-House, Acid-House, Techno e outras coisas que andem por essas redondezas. Corre pela internet fora que os seus sets são muito bons. E não será preciso muito tempo para o confirmar, pois Omar S tem uma data agendada para o Lux, no dia 20 de Março. Será a grande oportunidade de finalmente ouvir este neto de Detroit em acção.

(Quem quiser saber como foi Omar S no Lux, é ler aqui)


p.s. E, para a semana, sábado, dia 18, mais um Manifesto no Clubíssimo :



É o retorno a Setúbal de um DJ que já tinha muitas saudades de ouvir, o Nuno Di Rosso. Lembro-me que, nos tempos do Mecca, era daqueles DJs que fazia questão de não perder, pois tinha uma selecção musical irrepreensível. E, da última vez que o ouvi aqui em Setúbal, foi numa daquelas festas tipo "remember Mecca", que aconteciam no espaço onde era o Mecca e hoje é o Artkafé, algures nos finais de 2003 (seria até numa noite de Halloween, se não estou em erro...), e, mais uma vez, não desiludiu. Da última vez que estive com ele, foi na Flur, e já na altura tinha ido viver para o Norte. Sábado, se tudo correr bem, lá estarei para o ouvir e para lhe dar um abraço. E espero que haja a publicidade merecida.

quinta-feira, abril 09, 2009

Cardápio Nocturno

Quinta, 9 de Abril :

- Eduardo Martins @ Baco

- Abel Santos @ Tasco do Kaneco

- Pedro Lontro @ Artkafé

- Jorge Zuhrt @ T+T

- DJ JP aka Pestana @ Bubba

- Suki & Miro Ronhez @ Clubíssimo


Sexta, 10 de Abril :

- Daniel Costa @ Baco - Deep, Sexy & Disco

- Abel Santos @ Tasco do Kaneco

- Pedro Lontro @ Artkafé

- Fast Eddie Nelson (live)+ Travelling Circus & Rev. Bo Jackson @ La Bohémme



- Jorge Zuhrt @ T+T

- DJ JP aka Pestana @ Bubba

- Suki & Miro Ronhez @ Clubíssimo

- Bruno Safara & Miguel Van Der Kellen @ Estado Líquido, Lisboa


Sábado, 11 de Abril :

- Ruben @ Baco

- Rui "Ratto" @ Tasco do Kaneco

- Peyote Blues Band & Pedro Lontro @ Artkafé



Peyote Blues Band (Évora):

4 músicos oriundos de áreas diferentes da música, desde o blues ao clássico, passando pelo rock e pelo jazz, numa banda de versões que não são propriamente covers, no sentido de “reproduções”, mas antes reinterpretações desses temas com cunho pessoal.

O repertório anda entre o rock e o blues, com temas compostos ou celebrizados por artistas como Lynyrd Skynyrd, Johnny Cash, Jimi Hendrix, J.J. Cale, Stray Cats, Rolling Stones, Bo Didley, Buddy Guy, Stevie Ray Vaughan, etc.



Formação:

Miguel Mocho – voz, guitarra, harmónica

Eddie Santos – guitarra

Zé Sapo – baixo

João Aleixo – bateria



- Jorge Zuhrt @ T+T

- DJ JP aka Pestana @ Bubba

- Shifta, Sensai, Hi Fidel Cartel, DJ Benvinda, Bass Kalash & Sonic Fuse @ Clubíssimo



- The Scene @ Mini Mercado, Lisboa



The Scene #6,

Após cinco edições irrepreensíveis do The Scene no Ko-Zee, era altura de levar o conceito a outros públicos e exportar a ideia, mesmo que não muito longe. Apesar de ser na rua abaixo, o Mini Mercado é um espaço que contempla um público completamente diferente do espaço original, não só na idade média, mas também nas suas preferências musicais e atitude noctívaga. Assim, num pequeno gesto de marketing, o colectivo optou por testar a sua fórmula junto de um público diferente, na esperança de que a festa se faça, mesmo que a música não seja exactamente a mesma em relação à que se ouve normalmente no “Mini”. Nem sempre se tem a ocasião de mostrar nova música (ou melhor, música que será uma novidade, mesmo que não seja muitas vezes nova) a um público que de outra forma dificilmente a poderia consumir. Assim sendo, preparamos as malas a pensar num ambiente distinto daquele (mais íntimo e próximo) a que nos acostumamos, para testar a nossa perspectiva musical dentro de um ambiente mais intenso, festivo e descomprometido...

Com isso em mente, o podcast deste mês será centrado numa escolha um pouco diferente (mais electrónica e dançável) algo que também será característico nas nossas escolhas musicais para a sexta edição.

Esperamos, portanto, que todos os que nos têm acompanhado durante estes cinco meses venham connosco experimentar uma nova forma de fazer o The Scene, abraçando a ideia de que a mudança pode ser (e muitas vezes é), uma constante imprescindível da vida.

Deixamo-vos com a selecção musical do colectivo, misturada desta vez pelo nosso Vítor Silveira.


http://soundcloud.com/trol2000/the-scene-podcast-3

Atenciosamente

The Scene


- Anton Pieete, MaGaZino & Hugo Santana @ Op Art, Lisboa

Crónicas Nocturnas # 131

Sábado lá fui ao Clubíssimo, com o intuito de ir ouvir o Paul Rodhy, que é o mentor do projecto Underground Sound From Lisbon (USFL). Cheguei lá, e já o Paul Rodhy estava a passar som, e passava um clássico, o Star Guitar dos Chemical Brothers. A casa ainda tinha pouca gente, mas, com o passar do tempo, foi ficando mais composta (e, dada a falta de publicidade que houve em relação a esta festa, até esteve mais composta do que seria legítimo esperar, mas isto é apenas a minha opinião). O som foi relativamente variado, ora mais "Housey", ora mais "Minimal", ora mais "Electro-House", ora mais "detroitesco"...esteve-se bem e foi agradável. O ambiente também esteve sempre bem porreiro, que é o que se quer. Venham mais festas USFL.

Entretanto, durante a festa, reparei no tal cartaz da festa que se iria realizar no Imapark, e que, afinal, vai ser lá no Clubíssimo, e, onde era suposto estar o nome dos Disparo, estava o nome The Clown. Achei estranho, até porque nem o Mário nem o Miguel tinham comentado nada comigo acerca de já não irem passar som na festa...Mais tarde falei com o Mário, e ele ficou muito surpreendido quando lhe falei da mudança de nomes no cartaz, porque nenhum dos organizadores tinha ainda falado com ele nesse sentido. Ora eu não acho isto bem. Combina-se algo, e, assim sem mais nem menos, descombina-se, sem se dizer nada a ninguém? Ok, eu percebo que a mudança de sítio poderia implicar que teriam de haver mudanças no cartaz, até por uma razão de contenção de despesas, mas ao menos fossem "homenzinhos" e falassem com os Disparo e explicassem-lhes isso, que eles compreenderiam, e amigos como dantes. Não se faz.

quinta-feira, abril 02, 2009

Cardápio Nocturno

Quinta, 2 de Abril :

- Suki & Miro Ronhez @ Clubíssimo

- Shadowdancer (live), Xinobi & Double Damage @ Lux, Lisboa - D.I.S.C.O. Texas Titan Thursdays


Sexta, 3 de Abril :

- Daniel Costa @ Baco - Deep, Sexy & Disco

- Abel Santos @ Tasco do Kaneco

- Tequilla Mal & Pedro Lontro @ Artkafé



‏The original line up of TEQUILLA MAL IS BACK IN ACTION AFTER 12 YEARS APART...

Os Tequilla Mal juntaram-se no final de 1988. Sacavém foi o local do primeiro crime. Jaime, João e Paulo (o temível gang Oliveira) juntaram-se a Rui Andrade, e a história do rock’n’roll nunca mais foi a mesma. Em especial aquele feito com guitarras de 5 cordas e passe-vites. Entre 1989 e 1997 espalharam o terror por sítios tão diferentes como a Escola Secundária dos Olivais, e a Escola dos Viveiros, que era uma secundária nos Olivais. Também foram vistos no Rock Rendez Vous, Bar Oceano e Johnny Guitar, formando assim o chamado triângulo das Bermudas, perdão, em bermudas, peça de roupa que privilegiavam em relação a todas as outras. Cais do Sodré tornou-se poiso habitual, especialmente a zona à volta da discoteca Europa, onde também atacaram (ah, ah, ah, que belo trocadilho que o biógrafo fez!). Alargaram as suas actividades ao resto do país, e a Viseu também. Pontinha, Vidigueira, Portalegre, Coimbra, Custóias, Apelação … mas também Vila Moura, Albufeira, Cascais, e até S. João da Talha. Pelo caminho, Jaime Oliveira teve que se retirar para um exílio forçado, mas ainda aliciaram para uma vida de deboche, crime e travessas de pastéis de bacalhau figuras do “bas-fond” lisboeta como Paulo “Peixe-Aranha” Capitão, ou Henrique “Long-Hair” Caetano (dizem que também Sérgio "Southside" Lemos chegou a participar em algumas incursões com estes meliantes, mas parece difícil de acreditar, uma vez que hoje é um artista conceituado). Em 1995, no que seria o seu último grande golpe antes de desaparecerem de cena, surgiram em grande estilo na colectânea Portugal Rockers, com os temas “Aquele traço (eu até me passo)” e “Para Longe Daqui”, no que alguns viram referências explícitas ao mundo do crime e à fuga próxima, e outros viram apenas duas canções extremamente parvas. A partir de Fevereiro de 1997, não voltaram a ser vistos. Da mesma forma que apareceram vindos do nada (ou de Sacavém, que é como o nada é também conhecido), eclipsaram-se. Alguém diz ter visto os 4 juntos, novamente, na calçada de Carriche… Lisboa tremeu… mas não, alguém disse que afinal era só impressão sua… Lisboa suspirou. Até ver.





- Jorge Zuhrt @ T+T

- DJ JP aka Pestana @ Bubba

- Suki, Sir, 3du & Fabioh @ Clubíssimo



- Bruno Safara @ Maria Caxuxa, Lisboa

- Photonz @ RUA, Lisboa

- Guy Gerber (live), Trol2000 & Tiago Miranda @ Lux, Lisboa


Sábado, 4 de Abril :

- Abel Santos @ Baco

- Rui "Ratto" @ Tasco do Kaneco

- Pedro Lontro @ Artkafé

- Jorge Zuhrt @ T+T

- DJ JP aka Pestana @ Bubba

- Paul Rodhy & Suki @ Clubíssimo - Underground Sound From Lisbon

Rádio Voz de Setúbal - Cabine de Som Radioshow (15:00h - 16:00h)
Entrevista a Paul Rodhy (Responsável pela criação do movimento USFL Community, DJ Oficial Pioneer em Portugal)

Clubíssimo - Jardim da Beira Mar, Setúbal (23:30h - 06:00h)

O DJ Pioneer Paul Rodhy apresenta uma noite no Clubíssimo dedicada exclusivamente à música electrónica tendo como base os estilos que caracterizam a cena "Underground" da cidade de Lisboa. A localização do espaço (Setúbal) será uma expansão do movimento da comunidade U.S.F.L. (Underground Sound From Lisbon) que visa sobretudo garantir eventos onde a qualidade musical se impõe a todos os outros factores.
Extended DJ set >> Minimal, maximal, electro, house.

Entrada livre só com nome em guestlist.
+info em: community.usfl@gmail.com


www.myspace.com/usflcommunity
www.myspace.com/paulrodhy




- Zonk (Photonz, Major Eléctrico & Javenger Dourado) @ Lounge, Lisboa