domingo, janeiro 30, 2005

Crónicas Nocturnas # 6

Mais um fim de semana animado. Esta sexta Setúbal tinha uns quantos eventos interessantes para oferecer...

Tanto o Baco, como o Lab, como o ADN tinham programas bastante interessantes, e consegui ver um pouco de tudo...eheheh.

No Lab, o bar do Roger Urb e do Paixão, uma sessão de Deep/Funky House com uns temas do albúm Homework dos Daft Punk á mistura, acompanhados pelas percussões do Zé, que também costuma por vezes passar som lá no Baco. O Lab estava bastante animado, com ambiente festivo e com muito boa onda.

Com muito boa onda e ambiente festivo estava também o Baco, em que estava o DJ Bagaço (sim, é mesmo o nome artístico dele...) a passar sonoridades mais dentro do Electro e derivados, como Vitalic, Tiga,etc. É bom ver mais pessoas a tocarem este género de sonoridades.

Depois fui ao ADN ver o Pedro Viegas passar som, com o China a tocar guitarra por cima das músicas tocadas pelo Pedro Viegas. Escusado será dizer que o ambiente festivo e com muito boa onda vistos no Lab e no Baco continuavam no ADN. Ouviu-se sonoridades entre o House, o Breakbeat e o Electro, quase sempre acompanhados pelas improvisações guitarrísticas do China.

Nem parecia Setúbal...

No sábado , com o Fred K, mais uma noite festiva e com muito boa onda (sim, eu sei que estou a ser repetitivo...), em que as linguagens mais viradas para o Electro e derivados predominaram. Decididamente, se em Setúbal se quiser ouvir música de qualidade, tem-se de ir ao Lab, ao Baco, ao La Bohémme, ao Tasco do Caneco ou ao ADN (se bem que prefiro as sextas no ADN...).

Depois ainda dei um salto muito rápido ao Desassossego, bar mais dedicado a sonoridades pesadas (Metal, Gótico, Nu-Metal, etc...), e ainda encontrei por lá uns amigos meus...E depois, fui para casa.

sábado, janeiro 29, 2005

Three Years Of Sonic Culture

Ontem comprei a Dance Club, e vem lá um CD mixado pelo Expander, de nome 3 Years Of Sonic Culture, que na minha opinião está excelente. Excelente selecção, que nos mostra uma viagem entre as linguagens Electro-Techno, Techno Minimal estilo Kompakt e sonoridades a emular as sonoridades de Chicago 1987/88. A não perder esta edição da Dance Club.

Hoje também no Opart celebram-se os 3 anos da Sonic, com Sid Le Rock aka Pan/Tone, Ada, Matéria Prima DJs e Dexter.

Também no Club Lua, em Lisboa, o françês Agoria, que costuma vaguear por entre sonoridades Detroit Techno e Electro-Techno.

E em Setúbal, no Lab, Fusion Goes Clubbing, com Fred K (Fusion) e Eduardo Martins (Revolwers/Fusion), para uma sessão de Electro e derivados.

Uma noite com várias propostas interessantes.

quinta-feira, janeiro 27, 2005

Kasualydades 1

Já se imaginaram a estar num daqueles sítios pop & (pseudo) fashion, estão a manter contacto com alguém do sexo oposto, dirigem-se até ao wc e quando vão apertar o fecho das calças reparam que ele se lembrou de deixar de funcionar?

Jacque Nylv em Kasualydades

segunda-feira, janeiro 24, 2005

Hoje fui ás compras # 6

Hoje tive de ir a Lisboa tratar de uns assuntos urgentes, mas ainda consegui arranjar tempo para dar um salto á Bimotor DJ, que por vezes (muito raramente...) tem uns discos interessantes.

Comprei lá os seguintes vinis:

-Tim Paris - Architexture E.P. (Virgo)
No lado A temos um tema bastante interessante, que é um híbrido entre Breakbeat, Electro e Hip-Hop (o rap é cortesia de Mike Ladd, que este ano também editou um albúm bastante interessante, de nome Nostalgiator). No lado B temos 2 temas bastante dançáveis de Electro-House.

-DJ T - Radiator/Robot Riot (20/20 Vision)
Mais dois excelentes temas do alemão DJ T, um dos mentores da Get Physical, aqui numa edição pela britânica 20/20 Vision. Sonoridades a meio caminho entre o Electro e o House de Chicago "circa" 1987/88.

- Olaf Pozsgay - Like A Virgin/Nur Aus Liebe (Systematic)
No lado A temos mais dois bons temas de Electro-House, e ao contrário do que um dos títulos possa indicar, não tem nada a ver com o conhecido tema da Madonna. No lado B, uma remistura de Phonique ao 1º tema, também ao nível a que este produtor já nos habituou (Phonique editou há pouco tempo, pela Dessous, um albúm de nome Identification, disco que ainda não vi á venda por cá, mas mais cedo ou mais tarde há-de aparecer na Flur...)

Comprei também a edição especial da Mojo dedicada aos Depeche Mode em particular, e dedicada ao movimento Electro-Pop em geral. Para quem gostar de saber as raízes de muita coisa que hoje se ouve por aí, é obrigatória a compra desta revista. Além dos Depeche Mode, artigos sobre as origens do Electro-Pop e nomes directa ou indirectamente ligados a este movimento, como Kraftwerk, Giorgio Moroder, David Bowie, Talking Heads, Brian Eno, Human League, Ultravox, Gary Numan, Soft Cell, Orchestral Manouvres In The Dark (OMD), New Order, Pet Shop Boys, Afrika Bambaataa, etc...

Sem querer parecer arrogante, a leitura desta edição especial da Mojo só fazia bem á nova geração entre os 15/21 anos que agora sai á noite, para expandirem os seus conhecimentos musicais e consequentemente abrirem a mente a coisas novas, e consequentemente tornarem-se mais exigentes em relação ao que lhes é dado a ouvir na maioria das casas nocturnas ou nos "media", ou mal por mal, nem que fosse para ao menos conhecerem as raízes de muitas das coisas que se ouvem por aí, tenham elas qualidade ou não...

Espectáculos 3

Artes do Olhar:



CELADON
Uma comédia portuguesa de Ana Bola, com Maria Rueff e Ana Bola. Encenação de António Pires.
Dia de 29 Janeiro no Fórum Luísa Todi pelas 21:30.

Duas “escultoras de nails” (vulgo manicures) que trabalham num fórum (expressão high-tech para Centro Comercial). Falam das suas “vidinhas”, mas também dos seus sonhos.
Chegam rapidamente à conclusão que para além de saberem executar nails em porcelana, em gel, com piercing ou sem piercing, não sabem fazer mais NADA. Então saber fazer nada é, sem dúvida, o melhor passaporte para a fama, que no fundo, é o grande objectivo das duas: serem famosas!.
A realidade é, como todos sabemos, bem mais dura.
Celadon é uma comédia que pretende, em primeiro lugar, fazer rir. Se for possível rir e reflectir em simultâneo, a autora agradece.
E já agora: porquê Celadon?

in UAU

Jacque Nylv

domingo, janeiro 23, 2005

Crónicas Nocturnas # 5

Este foi um fim de semana bastante movimentado...ehehehe

Na sexta fui ao Lux com um grupo de amigos, e claro está, a música sempre excelente, tanto na parte de cima como na parte debaixo.

Na parte de cima estiveram os Dezperados, com mais um daqueles seus sets em que vale tudo, menos tirar os olhos. Ouviu-se de tudo, de Ramones a New Order, de Yazoo a LCD Soundsystem, Punk-Funk, Electro e derivados, Hip-Hop...enfim, "you name it...they play it".

Na parte de baixo, que foi onde passei a maior parte da noite, esteve o novo projecto de Zé António Moura e Dexter (os donos da Flur), Strawberry Force Fields Forever. Tocaram uma sonoridade muito dentro do Acid-House e de outras sonoridades típicas de Chicago "circa" 1987/88, tanto temas actuais como temas de 1987/88, com algum Electro, Electro-House e Detroit Techno á mistura. Grande sessão, sim senhor, e espero que continue a haver mais noites com este novo projecto. Por momentos até parecia que estávamos no Music Box ou no Warehouse de Chicago nos idos anos de 1987/88...
Será que estaremos perante um novo Verão ácido , representado pelo nosso amigo Smiley? E porque é que temas de House de 1987/88 soam melhor do que a esmagora maioria do House actual (salvo honrosas excepções...)?Infelizmente não acredito que aqui por Setúbal tenhamos um Verão sob o signo do Electro e do Smiley, porque existem muitas forças ocultas a impedir a evolução da noite setubalense...

Gostei também muito do VJing na sessão dos Strawberry Force Fields Forever...Imagens do saudoso Spectrum ( e pensar que foi há cerca de 20 anos que comprei o 1º...), projecção de frases e nomes relativos aos últimos 20 e tal anos de "club-culture".

No sábado fui a mais uma sessão de Electro e derivados com algum Punk-Funk, Acid-House e Chemical Brothers á mistura lá no Baco, e foi mais uma noite espectacular. Voltei a ter a companhia das minhas amigas Sistas e também de mais malta amiga minha. E voltei a encontrar um amigo meu que já não via para aí há uns 15 anos...Lá tive de pôr a conversa em dia ( e estes 15 anos passaram num instante...).

sexta-feira, janeiro 21, 2005

Hoje fui ás compras # 5

Recebi durante a semana um mail com os CDs que a Symbiose (www.symbioseonline.com), uma loja de discos que se dedica á música Electrónica/Alternativa, tinha a preços de saldo, e mandei vir por correio as duas seguintes compilações em CD:

-Gommagang Start (Gomma)
-Teutonik Disaster (Gomma)

Na altura estas compilações (ambas de 2002) passaram-me, infelizmente, completamente ao lado, mas já me redimi ao finalmente tê-las adquirido, e ambas a um preço bastante simpático. A compilação Gommagang Start reporta-se ás edições da Gomma entre 1998 e 2002, que começaram numa toada mais dentro das fusões entre o Trip-Hop/Downtempo e o Funk, até ao som que hoje mais caracteriza a Gomma, o Punk-Funk, com alguns pós de Electro pelo meio. Tem temas e remisturas de Headman, Munk, Syrup, Leroy Hanghofer e Jacques Lu Cont (Les Rhythmes Digitales/Zoot Woman).

A compilação Teutonik Disaster compila temas Punk-Funk, New-Wave e algum Electro-Disco, editados em países de expressão germânica entre 1977 e 1983. Há temas que não parecem já ter mais de 20 anos, e que não devem nada aos seus contemporâneos anglo-saxónicos, como os Gang Of Four ou os Bush Tetras...

p.s.Quem hoje estiver a fim de ir ouvir boa música, pode ir ao La Bohémme ouvir um set eclético por conta de Abel Santos, ou ir ouvir um Deep/Funky-House ao Lab, por conta de Henri Sanrame (Latin Science Inc). O Henri Sanrame é também o engenheiro de som do DJ Vibe.

E amanhã , no Baco, uma sessão de Electro e derivados com algum Punk-Funk, Disco-Sound e Chemical Brothers á mistura, a cargo de Eduardo Martins (Revolwers/Fusion).


terça-feira, janeiro 18, 2005

Exposições & Espectáculos 2

Artes do Olhar:



Laboratório Bar - Exposição de Artes Plásticas e Escultura
De 13 de Janeiro a 9 de Fevereiro

“É a reunião de elementos de expressão e composição plástica orgânica.
Podemos encontrar objectos de outrora, de uso quotidiano, completamente destruídos.
Há uma colecção, onde estão contidas hipóteses, associações ou referências à artificialidade,
com algumas componentes simbólicas visíveis nesta sociedade.”


Casa Bocage - Galeria Municipal das Artes Visuais (exposição permanente)
Rua Edmond Bartissol, 10 e 12
2910-480 Setúbal

Segunda a Sexta das 9:00 às 12:30 e das 14:00 às 17:30
Sábados das 15:00 às 20:00, encerra aos Domingos e feriados
Entrada Gratuita
Exposição permanente "Bocage e a sua Época"



Galeria da Sala Bar (Almada)
Dia 22 (sábado) pelas 21:30 horas

"7 Sonhos"
Mais do que uma exposição de pintura, um pedido de perdão universal, sete sonhos e um apelo: O universo precisa de si, da sua energia.


Artes de Palco:

Cine-Teatro São João (Palmela)
Dia 22 (sábado) pelas 21:00 horas

Espectáculo "Delfins - de Corpo e Alma". Concerto de lançamento do álbum acústico.


Biblioteca Municipal Bento de Jesus Caraça (Moita)
Dia 29 (sábado) pelas 21:00 horas

Realiza-se o espectáculo "Las Guitarras Locas" - Flamenco.

in SetubalnaRede

Jacque Nylv

domingo, janeiro 16, 2005

Crónicas Nocturnas # 4

Foi mais um fim-de-semana calmo em termos de noitadas. Apesar de que na Quarta fui mais um amigo ver a Jacklyne ao Design, e como sempre passou um excelente som. Esta quarta tocou um set mais virado para o House, embora tenha tocado uns temas clássicos como Last Night A DJ Saved My Life dos Indeep e o Safety Dance dos Man Without Hats e algum Electro lá mais para o fim da sessão...Vale sempre a pena ir ver a Jacklyne, passa sempre umas sonoridades muito "groovyes".Na quinta os Mu foram actuar ao Lux, mas com grande pena minha não pude ir ver, mas constou-me que foram bastante bons. Antes de termos estado no Design passámos pelo ID, que não me pareceu grande coisa...Um cd a tocar, e não vi lá nada para se passar som, o que deduzo que é mais uma casa a viver de pôr CDs ao gosto dos donos/empregados e tá a andar...
Também estivemos no Maria dos Copos, e apesar de lá haver material de DJ, estava também um CD a tocar...E para uma quarta-feira até estava composto. Custava lá por alguém a tocar umas coisas diferentes do que se toca ao fim-de-semana nesses dias? Penso que não...

Na sexta fui ao Lab ouvir o produtor/DJ Roger Urb, que passou um bom set dentro da onda Deep/Soulfull House. É uma casa bastante agradável , e sabe sempre bem ouvir música de qualidade, seja de que estilo fôr. Depois fui ao ADN, em que era uma noite a meias entre o DJ residente, o Zé Pescador e o Max, um dos donos do Bombar. Foi engraçado, uma sonoridade mais virada para o Rock alternativo/indie, com uns temas electrónicos pelo meio.

No sábado apenas fui ao Baco, estive lá com uns amigos a beber uns copos, a ouvir sonoridades dentro do Rock alternativo, mas o DJ alternava entre temas bons e outros não tão bons...Vá lá que tocou ao fim da noite o Smells Like Teen Spirit dos Nirvana...Depois vim para casa com uns amigos, e tivemos a conversar, a beber uns copos e a ouvir uns cdzitos meus...eheheheh. A restante programação nocturna de Setúbal não me agradava lá muito (geralmente nunca me agrada, salvo raras excepções). Depois queixam-se que as pessoas deixam de sair em Setúbal...

sexta-feira, janeiro 14, 2005

Hoje fui ás compras # 4

O título devia antes ser "esta semana fui ás compras", porque foram compras feitas no decorrer desta semana que se está a finar:

As primeiras compras foram feitas numa outra loja da minha eleição, a Illegal, loja onde também sou sempre muito bem recebido pelo Sr. Aires e também pela Elsa (que é quem está por detrás da revista Umbigo) ou pelo Rui Murka, que para mim é um dos melhores DJs do país. Sempre que lá vou passo um excelente bocado, sempre em amena cavaqueira com o Sr. Aires ou com o Rui Murka. Comprei lá os seguintes albúns em CD:

-Beastie Boys-To The 5 Boroughs (Capitol)
Mais um excelente albúm dos Beastie Boys, que são um dos meus grupos de eleição dentro do Hip-Hop.Disco com um toque muito 80s Old School Hip-Hop.

-Fabriclive 11 mixed by Bent (Fabric)
Excelente selecção por parte dos Bent, muito variada, tanto vai ao Electro, como ao Hip-Hop Old School, como ao Disco-Sound. Muito agradável de se ouvir.

Depois fui á Flur, e apesar de só irem ter novidades relevantes lá para o fim do mês ou em Fevereiro, comprei lá os seguintes CDs e vinil:

-Tussle-Kling Klang (Troubleman)
Um excelente disco de Punk-Funk, com forte influência Dub, e consequentemente um pouco mais cerebral que as produções da DFA ou da Gomma dentro do Punk-Funk. Mesmo assim tem dois temas super-dançáveis: Eye Contact e Disco D´Oro.

-LCD Soundsystem-Movement/Yr City´s A Sucker (DFA)
Comprei este single devido ao facto de gostar da faixa Yr City´s A Sucker, que não vai aparecer no albúm que vai ser editado no fim deste mês.

-Dorau/Kohncke-Durch Die Nacht (Kompakt)
Um excelente máxi, em que a versão favorita é aquela que mistura Electro-House com Punk-Funk...(versão essa a tocada pela Jacklynne quando a fui ver a semana passada ao Design).

Entretanto recebi pelo correio através da cdgo.com:

-Kelis-Millionaire/Trick Me (Tiefschwarz Remix) (Virgin)
Comprei por causa da remix dos Tiefschwarz, que transforma o Trick Me da Kelis num bombástico tema de Electro-House.

Entretanto durante a semana andei pela cidade de Setúbal a vasculhar sítios que vendem vinil em 2ª mão, e encontrei as seguintes coisas:

-Brilliant-Love Is War (Wea)
Máxi de 1986, de uma banda que juntava Youth (Killing Joke), Jimmy Cauty (KLF) e June Montana. Electro-Funk, e por incrível que pareça, produzidos por Stock, Aitken & Waterman.

-Ultravox-Rage In Eden (Chrysalis)
Albúm de 1982.Bom Electro-Pop.

-Imagination-Looking At Midnight (RedBus)
Maxi engraçado dos Imagination, dentro da onda habitual deles.

-James Brown-Best Of (Polydor)
Um "best of" do Padrinho do Funk datado de 1981.Traz o tema There Was A Time.

-Grace Jones-Island Life (Island)
Um "best of" da Grace Jones, datado de 1985, que inclui temas como I Need A Man, Pull Up To The Bumper, Slave To The Rhythm, La Vie En Rose, etc.

-Sylvester-Step II (Fantasy)
Albúm de 1978 de Sylvester. Inclui You Make Me Feel (Mighty Real) e Dance Disco Heat.

-Visage-Pleasure Boys/The Anvil (Polydor)
Máxi de 1982 com "extended versions" destes dois temas de Electro-Pop.Nem parece que estes temas já têm mais de 20 anos...

-Arcadia-Election Day (Parlophone)
Projecto composto por Simon Le Bon, Nick Rhodes e Andy Taylor, membros dos Duran Duran, datado 1985.Para mim continua a ser um grande tema pop.

-The Earons-Land Of Hunger (Island)
Tema de 1984, um cruzamento entre o Electro-Disco e o Dub/Reggae.

-Alaska e Los Pegamondes-Bailando (Hispavox)
Disco-Sound espanhol,de 1982, com forte cheirinho a Chic (e cantado em Espanhol...)

-Jonzun Crew- Space Cowboy (Tommy Boy)
Electro Old School,1983, na altura uma das bandas sonoras das minhas sessões de "Breakdance". Recordar é viver...

-Sinnamon- I Need You Now (Jive)
Mais um excelente tema de Electro-Disco, de 1983.Aparentemente muito tocado por Larry Levan no Paradise Garage NYC e por John "Jellybean" Bennitez no Funhouse...

-Black Ivory- Hangin´ Heavy (Buddah Records)
Traz o tema Mainline, o grande clássico deles.Este albúm data de 1979.

-Mike T featuring Joe Thomas- Do It Anyway You Wanna (Blue Inc)
É um disco de Hip-Hop Old School, quando ainda se "rapava" por cima de instrumentais típicos do Funk ou do Disco-Sound de toada mais Funky.Não vem nenhuma data, mas pelo som parece-me ser datado de algures entre 1980 e 1982...

-Madonna-Into The Groove/Everybody (Sire)
Um dos meu temas favoritos da Madonna, tirado da banda-sonora de Desesperadamente Procurando Susana (1984).

-Modern Talkin-You´re My Heart, You´re My Soul (Special Disco Mix) (RCA)
-Sandra- (I´ll Never Be) Maria Magdalena (Extended Version) (10 Records)
Sim, são temas de qualidade muito duvidosa, mas eu gosto deles, talvez mais por nostalgia do que por outra coisa.Ambos são de 1985.

-Aloud-Track Lifting E.P. (We Rock)
Temas de Electro-House na veia de uns Daft Punk.Penso até que são da autoria de um dos irmãos de Guy Manuel de Homem-Christo.

-Heavy Rock- (I Just Want To Be A) Drummer (Southern Fried)
Um tema de House bastante engraçado, onde se ouve uma voz a dizer coisas tipo "...my mother wants to be a DJ...my father wants to be a DJ...my cat wants to be a DJ..." e por aí fora.

Todos estes discos em 2ª mão foram comprados a preços bastante irrisórios, e a esmagora maioria em muito bom estado...


segunda-feira, janeiro 10, 2005

Mercredi nuit avec Jacklyne

Enquanto vagueava pelas ruas da noite setubalense, passo junto ao bar onde já havera sido "barrado" na noite pop & (pseudo) fashion: Design. Ouvindo um ritmo electrónico decidi entrar... pensando para mim mesmo: "bolas, esqueci-me do cartão de cliente!!", enquanto me ria.... Ao entrar vejo o olhar de todos a se dirigir para a entrada, sentindo-me quase que incomodado. Seria por não ser um habitué daquela casa?! Mas segui em frente, observo a cabine na esquerda, e vejo a Jacklyne, com o seu toque feminino e inconfundível enquanto procurava um disco... decidi ficar; o som estava agradável, não muito alto, dando agora sim a ideia de bar... No balcão peço um scotch com três pedras de gelo e procuro um sítio para me sentar... vendo um amigo que já ali se encontrava a curtir a actuação, olhando à volta, vejo a cara de contentamento da DJ, mostrando estar realmente a curtir o que estava a fazer, valendo assim a pena... Vejo o dj pop & (pseudo) fashion Pedro Monchike (ao que parece actual dj do Ganduns bar) sentado como cliente, em frente à cabine, largando comentários (inúteis) a cada novo disco que entrava... tipicamente pop setubalense, deixem-me dizê-lo.
As horas foram passando, meu amigo não resistia a se levantar para ir dançando, apesar de em Setúbal parecer ser proibido dançar enquanto não estiver a "pista cheia"...
Oscilando entre um electro e um house contagiantemente dançante, Jacklyne ofereceu-nos uma noite de muito boa onda... microscópicamente achada no meio da
noite pop setubalense...
Diga-se de passagem que eu e os meus amigos so saímos a quando do acabar da música, dando os parabéns à DJ pela sessão.

Jacque Nylv nu Design de 4ª feira


PS: O meu amigo ao se dirigir ao bar, a fim de buscar algo para beber, verificou que tinham por lá flyers do
DXL no Montijo... ao que eu pergunto: "Em vez de (tentarem) puxar pessoas de fora para a noite de Setúbal, estão a fazer propaganda a noites de fora?" Provavelmente deveria tratar-se de um flyer de "amigo", pois andava também por lá o senhor da noite d'arrasar Joca.

domingo, janeiro 09, 2005

Crónicas Nocturnas # 3

Pois é, esta semana até foi mais ou menos movimentada , embora não tenha ido para Lisboa...

Decidi, mais um amigo meu, dar uma volta por Setúbal esta quarta-feira que passou. Fomos ver um dos bares novos que abriu, o Studio 4, e se o nome faz lembrar aquela discoteca mítica nova-iorquina dos anos 70, o Studio 54, o que se ouve por lá não é Disco-Sound, mas sim Rock. Pelo menos ás quartas ouve-se Rock por lá, mas um Rock mais clássico.Durante o tempo que lá estive ouvi U2, Simple Minds , Blondie (adoro Blondie...), Aerosmith, etc...Ou seja, nada de muito inovador, e nada que não esteja quase sempre a tocar nas nossas rádios nacionais. Vi lá um "flyer" a publicitar que o Studio 4 promove noites Rock com o Rui "Remix" e outro gajo que passava som no Alcântara-Mar nas noites de Rock, ás quintas-feiras...E parece que essa noite continua depois no SpyClub. Para quem gosta de Rock parece-me uma boa opção. Parece que eles aos fins de semana apostam tanto em bandas ao vivo como em "karaokes" (coisa que eu detesto...).

Saímos de lá e fomos ao Design ver a Jacklyne passar som, e estou cada vez mais a gostar do som que ela passa...Ela consegue fazer um balanço interessante entre o House Electrónico facção Brett Johnson ou Derrick Carter com as novas sonoridades Electro e seus derivados, e até com um tema ou outro do albúm novo dos Prodigy...Até o Planet Earth dos Duran Duran se ouviu, eheheh. Tenho acompanhado com alguma regularidade a carreira desta DJ, e cada vez gosto mais de a ouvir. E , apesar de o Design não estar cheio, estava bem composto, e ninguém me pareceu muito incomodado com o facto de se estar a ouvir Electro e House Electrónico, exceptuando talvez os donos, que pareciam estar um bocado assustados com certas sonoridades. Pelo que conheço da Jacklyne, ela não se deve de incomodar muito com o que os donos acham ou devem de achar...eheheheheh. Força Jacklyne, que estás no bom caminho. Sempre que tiver oportunidade, a ver se vou lá ouvi-la, que vale a pena, e quem gostar de Electro , já sabe onde pode dar um pulinho á quarta-feira...

Na sexta fui mais um grupo de amigos ao Barreiro, e fomos a um bar que é mais ou menos o equivalente do nosso ADN, o Portão-Bar. É um bar com boa-onda, com as mais variadas tribos urbanas misturadas, tudo a conviver pacificamente. O som é uma mistura de tudo e mais alguma coisa, e desde que entrei até sair ouvi Hip-Hop, Electro, Punk, Punk-Funk, Rock Alternativo, Rock clássico, Hard-Rock, Heavy Metal,Breakbeat...uma autêntica salada (numa mesma noite ouvi Fischerspooner, Chemical Brothers, Motorhead, The Who, The Rapture, Guns N Roses, etc...).E parece-me que também costumam ter noites temáticas ou dedicadas a certos estilos...Já não ia ao Portão há muitos anos, e da última vez que lá tinha ido, passavam Techno...

No sábado fui ao Baco para uma sessão de Punk-Funk e Electro e derivados (com uns temas dos Chemical Brothers á mistura...). Noite altamente, o pessoal todo ao rubro, enfim...boa onda, e sempre acompanhado pelas minhas amigas Sistas, sempre muito bem-dispostas (ver o blog delas, o Sistapaua). Tivesse muita gente que sai á noite o espírito delas...

sábado, janeiro 08, 2005

A rádio que temos...

Hoje venho falar de um assunto que desde há uns valentes anos me tem incomodado, que é a quase total demissão da rádio em divulgar coisas novas e, consequentemente educar de alguma forma quem a ouve.

Na minha opinião, a rádio começou a perder o seu encanto quando começou a enveredar pelo formato das "playlists" em detrimento dos chamados programas de autor, o que levou a que a esmagadora maioria das rádios mais pareçam uma gigantesca "rádio nostalgia". Liga-se o aparelho de rádio em praticamente qualquer estação, e o que ouvimos nós? Sempre os Supertramp, o Bryan Adams, o Bruce Springsteen,e geralmente temas deles que já têem 15 ou mais anos...As únicas novidades que se vão ouvindo são as de nomes já plenamente consagrados, e mesmo assim o "airplay" desses temas não dura muito...

Quando não está em modo "rádio nostalgia", está em modo "música pimba", ou seja, ouve-se aqueles temas modernos (ou não tão modernos), mas de muito má qualidade musical, e para mim tanto é "pimba" o Tony Carreira, como a Shakira, como os O-zone ou um qualquer tema de uma qualquer girls/boys bands...

Ou seja, as rádios demitiram-se de apostar tanto na novidade, como na qualidade.E chega a existir comportamentos aberrantes por parte das rádios, quando existem discos que estão em lugares cimeiro dos Tops, e que são comprados e ouvidos por muita gente, e que raramente são tocados na rádio, como o disco dos Humanos.

As rádios, na minha opinião, vivem cada vez mais alheadas da realidade, e é uma tristeza ouvir-se rádio hoje em dia...Existem excepções a este panorama, como a Rádio Oxigênio ou a Radar, mas estas são rádios cujo alcance limita-se praticamente á grande Lisboa e arredores, e portanto não conseguem ir mais além do que de facto deveriam.

Penso que as rádios a continuarem assim, não se vão aguentar por muito mais tempo.Na minha opinião devia-se acabar com essa treta das "playlists" e voltar a apostar em força em programas de autor. A rádio devia de servir para divulgar o que é novidade, mas não é isso que se está a verificar hoje em dia.

E consequentemente tudo o que esteja ligado á música electrónica/dança ou ao Rock mais actual não tem praticamente divulgação no nosso país.Admite-se que uns dos albúns de Pop/Rock mais aclamados pela crítica e por uma boa parte do nosso público ouvinte, o albúm dos Franz Ferdinand e o dos Humanos, não sejam nunca tocados em rádios (salvo na Oxigênio ou na Radar...)?E só falo destes exemplo por serem os mais evidentes.

Se eu estivesse dependente da nossa rádio para saber o que de novo se vai fazendo, estava bem tramado...

p.s. Quem hoje estiver a fim de ouvir uma sessão de Electro e derivados com algum Punk-Funk e Chemical Brothers pelo meio, apareça hoje no Baco...Vai lá estar o Eduardo Martins (Revolwers/Fusion) a passar som...

sábado, janeiro 01, 2005

Balanços do ano que passou.

Pois é, 2005 já chegou.E agora que chegou, nada como fazer um balanço do que se passou em 2004. E aqui vai ele:

Em 2004 o Electro e derivados e o Punk-Funk estiveram de boa saúde, e notei uma certa apetência para sonoridades típicas do House e do Acid-House da época 1987/88, e notei com satisfação a existência de temas que são autênticos híbridos entre Electro e Acid-House, como o Pleasure From The Bass do Tiga. Saíram muitas coisas boas, tanto em máxis, como em albúns.E muitas coisas que sairam este ano, na minha humilde opinião, ainda serão relevantes durante uns quantos anos. Eu pessoalmente achei 2004 muito rico em termos musicais, e não só dentro do espectro do Electro e derivados ou do Punk-Funk. Para mim, musicalmente, foi um ano excitante.E é de louvar a política de casas como o Lux e o Opart, que trouxeram muitos nomes de qualidade para fazerem sets de DJ ou actuações ao vivo, e festivais que souberam apostar em nomes relevantes do panorama actual. Foi um ano em que tivemos por cá nomes como Kraftwerk, Ivan Smagghe, Tiga, DJ Hell, Felix Da Housecat, Arthur Baker, Trevor Jackson, Tiefschwarz, Chemical Brothers, Carl Craig, Derrick Carter, Franz Ferdinand, 2 Many DJs/Soulwax, Dan Ghenacia, James Murphy, Headman, Colder, Danni Sicilliano, Mathew Herbert, Jake Fairley, Vitalic, Michael Mayer, Miss Kittin, Scissor Sisters, LCD Soundsystem, Spektrum, Superpitcher, Mocky, etc.

2004 foi também o ano do Euro organizado cá em Portugal, que quase genhámos. Foi também o ano em que as direcções partidárias mudaram todas, á excepção do PP e do Bloco de Esquerda, e em que Santana Lopes provou que não está lá muito á vontade na pele de 1º Ministro...Foi também o ano em que George W Bush foi reeleito (mais 4 anos a aturá-lo...). E foi também o ano em que aconteceu uma das maiores tragédias jamais vistas, causada por causas naturais, o maremoto que assolou a Ásia.

Em termos da noite de Setúbal, foi um dos anos mais fracos dos últimos tempos. Em termos de Electro e derivados, se não fossem noites ocasionais no Baco, no ADN, no Kopus ou no infelizmente já extinto Surge-Bar, não se teria ouvido Electro em Setúbal este ano, mas noto cada vez mais que é um estilo que está em forte crescimento, e noto muitas pessoas a gostarem de ouvir Electro em Setúbal (no Lux ou no Opart costumo ver pessoas de Setúbal e arredores...).Pena o ADN não apostar mais em eventos dedicados ao Electro, inclusivé a sábados, dado que ouço muita gente a queixar-se do DJ residente do ADN, mas no ADN acham que ele é que é a cara do bar...Eles lá sabem...Mas o ADN ás sextas já aposta em coisas diferentes, e esperemos que continue.
E era bom que os bares a que nós aqui no blog chamamos de "pop & (pseudo) fashion" também criassem noites, nem que fosse a dias de semana, mais dedicadas ao Electro, que não é um estilo que é o bicho de sete cabeças que muita gente faz dele, além de que liga muito bem com outros estilos (de qualidade), basta ouvir os sets que são feitos por pessoas como o Tiago Miranda ou os Disorder.

Em Setúbal este ano abriram e fecharam casas. Abriu o Lab, um bar mais dedicado ao que eu denomino como "real" House Music, casa que está a cargo do produtor/DJ Roger Urb, mas que também aposta em convidados diferentes.Abriu o MXL, que ao começo parecia que ia ser uma casa que ia apostar fortemente no bom House, mas cedo se tornou uma desilusão nesse aspecto, dado que passa-se lá a noite a ouvir CDs mixados que os donos ou os empregados decidem pôr a tocar. Nunca vi dois CDJs serem tão mal usados... Abriu o Design, que aposta mais em sonoridades comerciais. Abriu o ID, onde era o Vertigem Azul, e o Estúdio 4, sítios que ainda não visitei, dado que abriram muito recentemente, e como tal nada posso dizer acerca deles. Abriu o Newave, que ao contrário do que o nome possa sugerir aposta em sonoridades comerciais. Abriu a discoteca SpyClub, onde era o antigo Ice, e também aposta em sonoridades mais comerciais. O triste desta casa é ter dois espaços diferentes, mas em ambos se tocarem as mesmas sonoridades. Abriu também, há pouco tempo, no espaço do antigo Conventual o Xcêntriko, sítio a que ainda não fui, mas pelo que me dizem é mais virado para o House Mainstream. Reabriu o Kopus no sítio onde estava antes o Labutes, e é um sítio que se dedica, ás sextas, ora noites de House ou até de Electro (pelo menos assisti a uma no Kopus este ano que passou), ora a noites mais dedicadas aos estudantes dos Liceus. Nos sábados envereda também por sonoridades comerciais.Abriu e fechou o Surge-Bar, mais dedicado a sonoridades "underground".Um espaço fantástico, mas que foi muito mal gerido. E fechou aquela que era um dos ex-libris da noite setubalense, o KGB, que na Primavera se tinha mudado para o espaço do antigo Clubíssimo, mas que não vingou. Entretanto o pessoal do KGB mudou-se para a antiga Vicius, em Cabanas, e reabriram-na com o nome de Pravda.

E em termos de festas, Setúbal teve um ano mais fraco que 2003, em que houve muitas festas que chegaram a trazer nomes de qualidade como Tó Ricciardi, Yen Sung, Brett Johnson, Swirl People, Boris Romanov, DJ Linus, Nelson Flip. Este ano só se safou com as festas organizadas pela Dub Delight e certas noites no ADN, e menção honrosa para a festa de aniversário de Del Costa no Clubíssimo, em que tivemos DJs setubalenses de qualidade como Pedro Goya, DJ Time, Roger Urb, Safara e, claro, o próprio Del Costa, e também para a festa da Dub Delight em Sóltroia.

Espero que no ano de 2005 as sonoridades Electro se consigam impôr em Setúbal, e que também existam mais noites em que predomine o House de qualidade. Espero que o Lux e o Opart continuem a apostar na política de trazer nomes importantes e actuais tal como têm feito até agora, e que continuem a sair música tão boa como a que saiu este ano que findou. Esperemos que Setúbal consiga ter uma noite que não envergonhe ninguém, porque tem todas as condições possíveis para isso, só é preciso um perder-se um pouco o medo de arriscar, e de se arranjar mais um pouco de imaginação.