segunda-feira, dezembro 26, 2005

Crónicas Nocturnas # 53

Na quinta fui ao jantar de Natal do Baco, que correu muito bem, pois comeu-se bem, bebeu-se bem (tudo a um preço bastante razoável) e ainda assisti a uma das trocas de prendas mais divertidas a que assisti na minha vida...algumas das prendas eram pouco ortodoxas...eheheheh.

A seguir rumámos todos ao Baco, que estava bastante animado...até parecia um qualquer dia de fim-de-semana. Por lá apareceu um gajo bêbado, que se pôs a contar a vida inteira dele, e cujo bigode farfalhudo, barrete e voz me fizeram lembrar aquele célebre "sketch" do ATUUUUMM!! do Gato Fedorento...eheheheh.

Na sexta foi o aniversário do Zye (23 anitos...eheheh), e começámos por ir ao La Bohémme, onde esteve o Abel a passar som. Lá estivemos com o Mário João e com mais duas amigas, na conversa e a ouvir o som que o Abel passava.

De seguida fomos ao Baco, onde estava a Joana a passar som, sempre com a sua boa selecção musical, a tender mais para ondas estilo DFA, Soulwax, Tiga, Daft Punk, etc...muito giro. Baco bastante animado.

A seguir fomos ao SpyClub, que ainda se encontrava a meio-gás, com o DJ Time a passar bom som dentro da onda mais Electro-Disco-Tech-Minimal-Acid...muito agradável. Já com a casa mais composta, o comando da cabine de som foi entregue á dupla portuense Freshkitos. Na minha opinião, esta dupla passou bom som, variado até, tendo até chegado a passar um tema de Techno mais puro, mas bastante bom, numa linha mais Detroit...não compreendo o ódio que certas pessoas lhes têm...e tem graça que passaram sempre vinil...parece que certas acusações que lhes fazem acerca da legalidade do meios utilizados para passar som não são lá muito fundadas...Abandonaram a cabine com a casa ao rubro...

Depois entrou a dupla setubalense Del Costa & Pedro Goya, que não fugiu muito ás coordenadas sonoras impostas tanto pelo DJ Time como pelos Freshkitos, e onde até houve direito a clássicos como Positive Education dos Slam ou Alive dos Daft Punk...gostei muito, e a casa continuou ao rubro até ao fim...mais uma noite com música de qualidade (na minha opinião, claro está, há quem não concorde comigo...) num sítio onde a música de má qualidade costuma imperar. E mais uma vez achei engraçado ver malta que está habituada a ouvir coisas mais "fáceis" a dançar convictamente a temas "á lá" Villallobos.

Ou seja, mais uma grande festa no SpyClub.

p.s. Acho graça ao seguinte : Quando o SpyClub se chamava Ice Club, era uma casa que não se tinha conseguido impôr na noite setubalense, devido á proeminência do KGB. Assim sendo, como forma de atrair público, fazia muitas vezes festas mais viradas para uma sonoridades mais "underground", com festas promovidas pela Dub Delight chegando até a ter DJs estrangeiros, e só nessas noites a casa mexia como deve de ser.

Entretanto o KGB, por razões que até hoje ainda ninguém percebeu bem, decidiu-se mudar para o espaço onde estava o Ice, e aí o Ice/KGB começou a descurar nas cenas mais "underground", pois na altura o nome KGB era uma garantia certa de casa cheia.

Mas cedo chegou o dia em que o KGB mais uma vez decidiu mudar de sítio (o que veio a revelar-se fatal...), e a gerência do Ice decidiu mudar de nome para SpyClub e modificar algumas coisas, como construir um 1º andar, conhecido como Spydeck, e entregou-o á exploração de pessoal ligado ao Design Café. Também aí a casa começou a crescer, e fora dois eventos (o aniversário do DJ Time e uma noite com o Del Costa a solo), a noite era pautada por música de má qualidade, e nos dois sítios, pois o som tanto lá em cima no Spydeck como a pista principal não sofria grandes distinções.

Entretanto, ironia das ironias, o pessoal ligado ao Design Café decidiu-se mudar para o espaço que anteriormente havia sido o KGB original, o que trouxe a muita gente a nostalgia do que eram as noites no KGB naquele espaço, e, mais uma vez, o SpyClub ressentiu-se...e, mais uma vez, para tentar remediar a situação, lá voltou, uma vez mais, a apostar em noites de teor mais "underground", primeiro com a experiência relativamente bem sucedida (tendo em conta os condicionalismos existentes) de o Safara e a Sukik terem estado a passar som no Spydeck durante algumas noites, e depois com estas festas com o Del Costa e o Pedro Goya, (festas estas que sei de fonte segura terem sido das noites mais rentáveis para o SpyClub nos últimos tempos).

"Isn` it ironic...don`t you think?!?"

Pelos vistos a aposta em noites com sonoridades mais "underground" não é assim tão descabida e arriscada quanto isso, e parece servir de "boia de salvamento" para quando as casas estão em baixo...

1 comentário:

Diana Pereira disse...

Obrigado Eduardo... desculpa lá só te desejar agora um Bom Ano Novo (uma x k ja n vou a tempo de desejar Feliz Natal)!! Eu e o Bruno agradecemos! Beijos