domingo, fevereiro 17, 2008

...# 24

Estupefacção. Foi o que senti quando entrei ontem no Stage. Imaginei que estaria bem composto. Até porque já andava desde há duas semanas a ouvir a malta a falar da festa com bastante interesse. Parecendo que não, existem bastante fãs de Drum N Bass em Setúbal e arredores, e é um estilo, de certa forma, transversal...no meu caso pessoal, não sou o que se possa chamar um fã de Drum N Bass, e nem compro muita coisa desse estilo musical, mas reconheço força e qualidade ao movimento, e sabe-me muito bem ouvir Drum N Bass num sistema de som "como deve de ser", e, como eu, há muitos adeptos de outros quadrantes musicais a deixarem-se levar por uma boa noite a curtir Drum N Bass.

Mas o que vi quando entrei deixou-me estupefacto...um Stage completamente "ao barrote"...praticamente não cabia nem mais uma pessoa ali...e, em termos de ambiente, estava bastante bom, e muito heterogêneo, e até acredito que tenha havido pessoal que tenha saído dali "convertido" á nobre causa do Drum N Bass.

Só ouvi a Benvinda e o Nuno Forte, mas o que ouvi pareceu-me mesmo muito bem. Som muito dançável e "underground", a puxar pelo pessoal. Muita loucura, muita dança, muitas bebedeiras (inclusive a minha...)e muito convívio. Não poderia haver melhor prenda de anos para o meu amigo João . E de parabéns também está a nova produtora de eventos, a System Busters . E, quando se desligou a música, ainda estava a casa cheia de gente...muito bom sinal.

Houve uns pormenores engraçados na festa em relação aos bares, o que demonstrou em parte que quem cedeu o espaço para a festa não estava á espera que a mesma enchesse como encheu...num bar pedi cerveja de garrafa, não havia, só havia imperial. Noutra vez, fui pedir imperial, já não havia, e lá pedi um moscatel (sem gelo...tinha acabado entretanto...eheh). Entretanto lá descobriram que afinal até tinham cerveja de garrafa, mas abre-caricas só havia noutro dos bares, e lá teve o meu amigo Magau de me ajudar a abri-las com o isqueiro dele...eheh. Foi engraçado, e nada que estragasse a grande festa que foi.

Continuo a achar que é pena ver um espaço destes a não ser mais utilizado para este tipo de eventos, mas a verdade é que se calhar por serem tão espaçados este tipo de eventos é que acabam por ter o sucesso que têm. E fiquei com a ideia que se calhar devia-se apostar mais vezes em eventos ligados ao Drum N Bass do que noutros estilos mais "normais".

Na noite anterior tinha estado no ADN a ouvir o Pedro Viegas,e , mais uma vez, esteve-se muito bem...já na última sessão tinha apostado em sonoridades algures entre o Nu-Breaks, Electro e Techno, e voltou novamente a fazê-lo...foi dançar freneticamente até fechar. Umas amigas minhas também gostaram bastante, mas estavam com pena de o ADN ter de acabar tão cedo, e de raramente haver mais hipóteses viáveis para se poder acabar a noite um bocado mais tarde, exceptuando os afters do Clube do Rio, que ás vezes desagradam-lhes um pouco até por alguma fauna que insistem em deixar entrar. Ao menos no sábado estavam contentes, que a festa lá no Stage parecia o coelhinho da Duracell...durava, durava, durava...e ainda podia ter durado mais não fosse o dono do espaço tão cabeça dura nalgumas coisas...

Fora isto, as noites têm sido, em geral, no ADN. POr lá vi o Pedro Lontro a passar música em conjunto com o Sandro e o Fast Eddie, sonoridades algures entre o "Indie" e algum Rock mais pesado, e também noutra sexta anterior o Mondim, com o seu "cocktail" dançável de Reggae, Afro-Beat e Música Latino-Americana de qualidade. O Carnaval também bombou á grande com o Abel, que passou um pouco de tudo...Funk, Jazz, Afro-Beat, Ska, Rock, Samba..."you name it, he got it", e no sábado de Carnaval foi a vez dos Sheiks, também com som bastante variado e dançável.

Estive há bocado a ouvir o Setúbal Dance Night , agora na Rádio Jornal 88.6 FM (podem também ouvi-la através da internet aqui , e foi engraçado ver o João Moço a entrevistar o colega de programa Pedro Monchique, que faz este ano 15 anos de carreira (para além de 30 anos de vida...mais um trintão...eheheh). Gostei de ouvir, foi variada, passou pelo início de carreira, os anos no KGB, o estado actual da noite de Setúbal, entre outros tópicos. (Só um apontamento...quem fez o Live Aid foi o Bob Geldoff e não o Bob Dylan.) Pena também foi não terem falado da festa no Stage, que acho que foi um evento importante e com enorme afluência...ninguém é obrigado a ir a todo o lado, mas voçês até conhecem fontes fidedignas para falar acerca desse tipo de eventos...

7 comentários:

Anónimo disse...

Sem dúvida alguma q tens toda a razao, mas aqui fica o nosso segredo, o programa nao é feito em directo, mas sim gravado a meio da semana, isto é, nós qndo gravamos, nao sabiamos cm iria estar a Festa no Stage, calculavamos q corresse bem, até pq o Cartaz era ''Forte''. Não calculavamos a a assistencia q deixou mta gente Estupefacta, até a minha pessoa. É do conhecimento de algumas pessoas em Setúbal q o Drum 'N' Bass tem vindo a ganhar adeptos na nossa zona, mas o q se passou no Sábado passado é um facto evidente, tá visto q o Party People Sadino quer é RAMBÓIA DA GROSSA.
P.S - Obg pela Dica do Bob Dylan, saiu na altura e nem reparei...
Ficas desde já, agora cm empresario Nocturno e Dj, convidado para uma entrevista no ''Nosso'', tb fizestes parte dele, Setubal Dance Night. Vai dando Noticias.
Abraços Joao e Pedro SDN

Electrobot disse...

Ok...tinha a ideia que era em directo (o que é bom sinal...).

Em relação á minha presença, seja para entrevistas, seja para outras cenas porreiras, já sabem, sempre que puder e estiver disponível...

Anónimo disse...

Caros colegas DJ´s e afins, a ASAE publicou nos últimos dias no seu site a obrigatoriedade de licença para exercer a actividade ou seja todo o profissional e afins que passe musica em bar, discoteca ou outros eventos públicos deve obter uma licença para tal, como explica a informação postada a seguir.


“…Quanto à actividade dos DJ, deve ter em consideração que o Código do Direito de Autor e dos Direitos Conexos (CDADC) permite, quer no âmbito do direito de autor (artigo 75º) quer no âmbito dos direitos conexos (artigo 186º), utilizações livres, sendo certo porém que todas as utilizações, que não constem destas normas, como é o caso da passagem de músicas em locais públicos, estão sujeitas à cobrança de direitos.
Nos termos do artigo 149º do CDADC a radiodifusão sonora ou visual da obra, tanto directa como por transmissão, depende de autorização do autor, como também depende de autorização a comunicação da obra em qualquer lugar público, entendendo-se como tal, “…todo aquele a que seja oferecido o acesso, implícita ou explicitamente, mediante remuneração ou sem ela, e ainda que com reserva declarada do direito de admissão”.
Desta forma, a passagem de músicas em bares ou discotecas, entre outros, encontra-se sujeita à cobrança dos referidos direitos, sendo esta cobrança atribuição das entidades de gestão colectiva, cabendo em matéria de direitos de autor à Sociedade Portuguesa de Autores que representa os autores portugueses, e relativamente a direitos conexos e em representação de artistas ou produtores, à Passmusica, sendo este o serviço de licenciamento conjunto da Audiogest e GDA – Gestão de Direitos de Autor.
Assim, e sempre que sejam realizadas acções de inspecção, devem os DJ´s e afins, quando solicitado, exibir as licenças agora referidas pois são estas que os habilitam a exercer a actividade…”


Para quem estiver a preparar uma corrida as entidades referidas acima podem parar desde já, as mesmas não sabem de nada nem estão autorizadas a passas licenças para DJ´s e afins ou seja os meninos inspectores vão autuar à parva porque só eles sabem onde são imitidas as mesmas, mas não informam os dj´s e afins.

Viva a ASAE, Viva Portugal, Viva José Salazar perdão Sócrates.

Anónimo disse...

bem, as licenças parece-me que serão emitidas pela passmusica.pt

e o argumento do "não passo musica portuguesa" nao resulta:

http://img50.imageshack.us/img50/4779/picture1tp4.png


"permitirá, na prática, a utilização da quase totalidade do reportório de música gravada, nacional ou estrangeira comercializada e utilizada em Portugal"

nada como um "quase" para esclarecer uma lei...

Anónimo disse...

"A aquisição de música através da internet, não suscita dúvida sobre a respectiva legalidade, desde que se encontrem assegurados os direitos de autor, devendo o adquirente possuir o respectivo recibo de compra."

in Site da Asae

Anónimo disse...

jc, a questão da legalidade está já definida - finalmente.

mas, terá de ser pago o licenciamento para passar essas mesmas músicas.

abre o link de imagem no post acima do teu.

Anónimo disse...

não fui à festa mas ouvi falar mt bem dela a sul, vi um video da benvinda... grande nivel