domingo, setembro 28, 2008

Crónicas Nocturnas # 118

O prometido é devido...e lá volto eu com a rubrica que já andava há muito desaparecida deste blog...o que uma ida ao Lux faz...eheh.

Depois de mais de ano e meio sem ter ido ao Lux, e ao saber que o "Maestro" François Kevorkian iria lá retornar, após 6 anos de ausência da pista de dança do Lux, decidi tirar uma noite de férias e ir assistir a esse desejado regresso. E a acompanhar-me foi o meu amigo Abel, também um grande fã do "Maestro".

Chegados ao Lux, na parte de cima (vulgo bar do Lux) encontravam-se Zé Pedro Moura e João Peste para mais uma noite Transdisco, desta vez acompanhados por Pedro Mesquita e Carlos Moura. Enquanto lá estivemos, ouviu-se um som bastante variado, onde tanto se ouvia Rock, como Disco-Sound, como coisas mais electrónicas...Como é habitual no Lux (pelo menos sempre que eu lá fui...e frequento-o desde que abriu, vai fazer 10 anos), o ambiente estava bastante bom (e com muitas miúdas giras...eheh) e divertido (o que se repetiu depois lá embaixo, na pista de dança).

Assim que reparamos que já era possível aceder á pista de dança, eu e o Abel decidimos ir logo para lá...apanhámos com o DJ residente, o Rui Vargas, a passar som, e começou com um som por entre sonoridades mais "discoides" e "housey"...houve até um ou outro tema que me fez lembrar quando costumava ir ao Kremlin há uns 15 anos atrás. A pista a pouco e pouco vai ficando mais composta, e é já uma pista praticamente cheia que recebe a entrada de François Kevorkian...como já referiu o meu amigo Abel num comentário, a entrada foi feita com tema "tecnoide" um pouco abstracto, mas com "groove", e que chamou logo a atenção de quem estava na pista. Adivinhava-se que François Kevorkian iria mais ou menos seguir as coordenadas do último set que tinha ouvido no Lux da última vez que ele tinha vindo (e que nos últimos anos ia ouvindo em sets que tirava da net), ou seja, iríamos ter vertente "tecnoide" de François Kevorkian no Lux, e não tanto a vertente eclética que pode ser ouvida no Essential Mix editado em 2000...E até não me enganei muito, mas também não estava á espera de ouvir coisas mais "maximalistas"...para além de coisas mais viradas para o Detroit Techno, também se ouviram temas como o Jupiter Room de Digitalism ou a remistura de Smells LIke Teen Spirit dos Nirvana feita por Patrick Alavi...prova que o homem, apesar dos seus 54 anos, continua a ser um dos DJs mais atentos em relação ao que se vai fazendo na actualidade...tanto passou coisas completamente desconhecidas, como coisas que até são "hits" em Ibiza, estilo o Pjanoo de Eric Prydz, e pelo meio até passou alguns temas de Disco-Sound como o Underwater do Harry Thumann ou Everybody Dance dos Chic...eu pessoalmente gostei bastante do set, apesar de estar á espera de outra coisa (mas hey, sabe bem ser surpreendido...devia ser este um dos intuitos principais de quando se sai á noite para se ouvir alguém...deixar ser-se surpreendido, e não se esperar que esse alguém passe mais do mesmo...). E o final do set também foi com um tema inesperado...nem mais nem menos com o Jump dos Van Halen...eheh. A seguir entra novamente Rui Vargas para o comando da cabine de som...Apesar de gostar de ouvir o Rui Vargas, tive bastante pena de o ver a passar som de novo, porque queria ouvir mais do François Kevorkian, até porque das últimas vezes que lá o tinha ido ouvir, ele tinha sempre feito "all night sets", e estava á espera disso (será que os 54 anos estão a começar a pesar, ou será imposição da gerência, em que o residente tem de começar e acabar a noite?). Não que não tenha gostado das malhas que o Rui Vargas passou (algumas também fazem parte da minha colecção..eheh), mas queria mais Kevorkian.

Seja como fôr, um regresso ao Lux em grande...bom som, bom ambiente, boa-onda, muita diversão, muitas surpresas...tal como já havia comentado, já tinha saudades de ir ao Lux, mas não sabia que tinha assim tantas saudades. Foi uma noite de férias que soube como se tivesse sido uma semana inteira.

Na sexta fui á noite Dig We Must no CLUBOUT, com os britânicos Skull Juice (Alex & Ben), acompanhados dos meus amigos Mário João, Photonz (Marco & Miguel) E ZNTN (Gonçalo). Musicalmente foi uma noite excelente, onde se ouviu do melhor que se tem produzido nos últimos tempos, misturado com do melhor que já havia sido produzido no passado...ouviu-se muita coisa "discoide", muita coisa "housey", muitos clássicos..coisas que já não ouvia serem tocadas em vinil em alto e bom som há vários anos, e que continuam a soar bastante actuais...Foi um enorme prazer conhecer os dois Skull Juice, o Alex e o Ben, donos de uma invejável colecção de discos e de um profundo conhecimento musical em diversas áreas...dava para estarmos todos a falar durante uma vida inteira...Cada um fez o seu set, e, depois ,mais para o final da noite, houve como que uma espécide de "back to back" entre os diversos intervenientes da noite. E foi com muito gosto que ouvi coisas como a 40 Thieves Mix de The Professor Here de Gary Davis, as remisturas de Padded Cell e Invicible Scum ao Babylon By Car de Bot`Ox, If Madonna Calls de Junior Vasquez, Electronic Justice de 2AM/FM e até clássicos da nossa Kaos, como o Tonight dos Urban Dreams ou Oporto Deep Cuts dos OLN (quem diria que continuariam a soar tão actuais...).

Tal como já disse, musicalmente irrepreensível. Pena foi a fraca afluência de pessoal, mal que, ao que parece, foi geral pela cidade toda...Estava-se no CLUBOUT a pensar que toda a gente estaria antes a ouvir o Simões no ADN (era o 8º aniversário das noites The Sound Scientists, que também coincidia com o aniversário do próprio..muitos parabéns amigo, e que contes muitos), mas no ADN deveria-se estar a passar o mesmo, ou seja, tudo a pensar que o pesoal estaria no CLUBOUT. Inclusivé, constou-me que até o Design esteve bastante fraco. E a cidade ter sido alvo de várias (necessárias, diga-se de passagem...) rusgas, também não deve de ter ajudado...o próprio ADN foi alvo de uma (e na parte que me toca, na 3ª feira também no Baco apanhei com uma, mas só perguntaram se éramos todos portugueses e pediram-nos o B.I., nada do outro mundo), tal como conta no blog do ADN o próprio Simões...vão lá ler, que está escrito de forma bastante divertida.

No sábado voltei novamente ao CLUBOUT, para ouvir o meu amigo Daniel Costa. Por oposição á noite anterior, a casa encontrava-se bastante composta, com pessoal mais jovem. Estava já o Daniel a passar som, e, tendo em conta o público jovem que estava á frente dele, estava a passar temas um pouco mais acessíveis (estilo o Hay Consuelo de Pier Bucci), o que pareceu resultar...E havia uma explicação para a casa estar cheia, e com um público bastante jovem...no outro lado, no CLUB IN, era uma festa Morangos Com Açúcar (bleurgh!!!...devia ser era Morangos Com Azeite, mas isso sou eu que não tenho pachorra para pseudo-celebridades), e muita malta, na ânsia de ver os seus supostos ídolos, acorreram em massa...Mas pronto, melhor para a casa, e melhor para os DJs, que assim tiveram uma pista cheia, e puderam pôr a malta a dançar. Obviamente, com o passar do tempo, o público mais jovem foi saíndo, e foi dando lugar a pessoal mais "velho" (hey, não estou querer chamar velho a ninguém, ok? ;P ). A partir daí, começou um "back to back" entre o Daniel e a Suki, e aí já começaram a passar coisas bem mais "underground" e bastante dançáveis, dentro de ondas mais viradas para o Minimal e Electro-House. Entretanto também apareceu por lá o meu alegre compincha de 5ª feira no Lux, o Abel, e que trazia ainda os disco que tinha levado para o Made Inn, e que até passou uns temazitos lá mais para fim da noite (e sabe sempre vem ouvir o Groove La Chorde do Aril Brikha a alto e bom som...). Mais uma noite porreira no CLUBOUT, finalizado com dois grandes temas de Deep-House...Music & Wine e Pure dos Blue Six.

Entristece-me é ver uma noite como a da Dig We Must com tão fraca afluência, onde se passou música tão boa, e depois no dia a seguir estar a casa cheia, só porque uns pseudo-actores de uma série juvenil vão lá marcar presença (apesar de a música também ter sido boa, mas, infelizmente, não foi isso que lá levou a malta)...já não chega vê-los na TV? Que felicidade é que pode trazer a alguém dizer "vi o não sei quantos dos morangos com azeite lá no clube X, e até lhe apertei a mão, etc"? Ás vezes parece que nesta cidade (Setúbal) o pessoal perdeu a vontade de se deixar surpreender e preferem consumir aquilo que já conhecem. Percebo que estes tempos que vivemos não serão dos mais fáceis para muita gente, mas mesmo assim...Enfim, nisto sou optimista e acredito que mais cedo ou mais tarde a coisa irá melhorar...

25 comentários:

Anónimo disse...

Club Out na sexta deixou-me perfeitamente boquiaberta. Estive á porta porque estava vazio ou praticamente vazio mas no exterior o business estava em alta. Fui embora escandalizada.
Constança

Anónimo disse...

Que business? Foi algo que sempre odiei na noite de Setúbal, estes locais de encontro de dealers/consumidores em estabelecimentos nocturnos que criam mau ambiente, nada contra, mas sejam mais reservados. Em tempos, no piso 1 do Clube do Rio, havia mais pessoal a riscar no WC que na pista dança a dançar, onde devia haver a verdadeira acção.. e isto inclui staff e artistas que por lá passaram.. Pegando ai no exemplo do Lux, toda a gente sabe que a droga que lá anda, e no entanto para o olhar desatento, não se passa nada. Pior, os porteiros e donos que compactuam com estas actividades e deixam entrar nos recintos certa e determinada gentalha, devem receber à comissão.. nuff said.

Anónimo disse...

Boas a todos, é a primeira vez que comento aqui no p0wer up e espero faze-lo com mais frequencia, heheh.
Apenas queria fazer um apontamento à sexta-feira que nos entristeceu a todos... eu posso até ser um pouco suspeito em falar sobre isto, mas o q podera ter faltado e o q falta muitas vezes é que quando vêm ca as chamadas "coisas boas" a propaganda ao evento é minima quando nao é nula!
Eu sou apologista de boa e muita publicidade e a seu tempo claro, o que talvez nao tenha acontecido desta vez com os Skull Juice porque quem está "dentro" é obvio que la ira parar para ouvir as boas sonoridades mas eu dou muitas vezes por mim a dizer às pessoas como por exemplo nessa tal sexta feira, "hoje é Skull Juice la n Club, nao passam la!?" ao que me respondem "epá...nao sabia" ou "nao vi nada disso por ai na rua" ou mesmo "eu nao conheço, é o que?".
As coisas podem melhorar se informarmos as pessoas no seu devido tempo, mas isto é só a minha opinião claro!
Abraço a todos ;)

João Sardinha

Anónimo disse...

Concordo imenso com a falta/ausência de publicidade, q também por vezes é ineficaz ou pouco atractiva.

Mas o processo devia ser feito bilateralmente:

- 1º as casas de Setúbal q fazem programação artística deviam preocupar-se em contractar os artistas Setubalenses PRIORITARIAMENTE;

- 2º Os clientes das casas deviam apoiar mais os artistas Setubalenses, em vez de "à e tal vou antes a Lisboa ou a outro sítio qq, gastar guitola à brava, ver o DJ XPTO q veio do país TAL e já tocou com o TIGA ou com o CARL COX (por exemplo...), nem que tenha sido por 15 minutos de warm up..., só pa voltar a Setúbal e ter uma estória super gira para contar aos amigos/as no domingo à tarde...

Saiam à noite e divirtam-se como por exemplo os lisboetas ou os nortenhos q em início de noite começam logo a mexer-se nos bares...

Nem merece a pena falar dos nuestros hermanos mesmo aqui ao lado... quando apanho clientes desses estou sujeito a perguntas do tipo: ninguém dança aki? o q se passa com as pessoas?
E eu respondo: tás em Setúbal/Portugal, o povo é assim, é o fado, deve ser a falta de nível e qualidade de vida e de cultura.
Enfim, Alma Lusitana cheia de masoquismos e falta de auto-estima.

Outra coisa importante:

quem são os Skull Juice para atrairem o povo de Setúbal e/ou arredores?

Eu próprio o pouco q conhecia deles era o facto de serem Ingleses (até me disseram na própria noite de actuação: "é pá não vais ver os cámónes no club out?"), terem feito uma remix à grande Natacha Atlas, terem um mix cd e os seus sets são tendeciosamente Leftfield.

Tipo: ya, ok! Acredito q os senhores sejam muitos bons, mas cá nesta terra há gente boa e com maior capacidade de atracção de público aos clubes! - A malta é q não relaxa e acaba por ceder aos estigmas mesquinhos inerentes ao povo Português e Setubalense desde o 25 de Abril, quando gostar de algo nacional era quase ser fascista...

Uma pena, deve ser da crise...!

Não se eskeçam duma coisa: um morador de Nova Iorque é, em 1º lugar um NOVA IORQUINO, só depois é AMERICANO!

Abel Santos

Anónimo disse...

nunca na minha vida esperei escrever isto:

AH GAND' ABEL!!!

(se isto de concordar com o abel começar a tornar-se frequente, é caso para consultar um especialista?)

zntn disse...

ja nao vinha ca a uns tempos. pessoal comparavel com skull juice em portugal? talvez meia duzia...mais velhos e mais desiludidos... e sem duvida sem ter noites regulares no social club, fabric, bugged out, uma noite mensal propria no lock tavern, outra no amersham arms e tocarem uma noite em londres, outra em berlim e na seguinte na russia - para alem de serem considerados como dos djs mais influentes de londres (apesar de terem ambos menos de 24 anos e mais de 3000 discos cada)

Anónimo disse...

Por norma, e depois de todas as polémicas do passado, tenho me ausentado da secção dos comentários, no entanto tenho de esclarecer algumas pontos.

a questão da publicidade referida pela joão sardinha - concordo, porém muita gente sabia e não apareceu. além disso, não foi uma noite propriamente normal na cidade.

abel, eu estava no cartaz...não sou de cá? tentei marcar a data em setúbal porque acho que é importante coloca-la no mapa. e continuo a convidar pessoas de boa vontade porque acredito que o intercâmbio só faz bem.

quando falas nos "artistas setubalenses" estás a falar de ti? diz antes assim "quero mais datas!". pronto.

os skull juice realmente, não são conhecidos cá mas isso não é condição pois o Francois K que, apesar de ter os créditos que merece e muitos fãs, fez um set deprimente na última aparição.

a mentalidade do "cá nesta terra" e dicotomias "25 abril vs fascismo" como tu referes é a razão porque portugal continua a ser um atraso de vida em muitos campos.

Pensa bem e repara quem aqui está a ser "mesquinho".


fechando a analogia americana és como o maccain..you just don't get it.

Anónimo disse...

eheh...

Anónimo disse...

Sardine, Tou 1000% de acordo contigo no que diz respeito a publicidade. É a coisa mais basica e importante de se fazer num club/bar/restaurante etc e ninguem aposta nisso. Até agora ainda não encontrei nenhum bruxo que me saiba dizer o que vai ali ou acolá hoje a noite!! Acho que se devia apostar muito mais em publicidade.

Anónimo disse...

Só e apenas pq tenho um enorme respeito pela pessoa Mário João vou fazer questão de responder-lhe.

Ainda bem que estavas no cartaz, e mais outros tantos de Setúbal ou não, mas agora deixa-me dizer-te uma coisa:

1º, e como diz bem o Sardinha, não tinha reparado no cartaz (não o vi!);
2º soube da festa às 4 e meia da manhã, quando saí duma sessão DJ do Tasco do Kaneco (q me soube muito bem);
3º cada um tem as datas que merece e eu tenho as minhas, tocando sempre q de mim necessitarem;
4º sobre a noite do François K já comentei anteriormente e tu até lá estavas a ouvir temas q tu tb passas (isso é q é realmente deprimente);
5º se os Skull Juice são assim tão bons pq é q ninguem lá foi?;
6º pelo q me lembro deves ter assistido para aí a 3 sessões de DJ minhas, tuas já foram muitas! e algumas boas!
Vens pra me ver tocar? Não me parece.
7º tens datas para mim de sobra? porreiro pá! agradeço-te muito!;
8º os meus amigos sabem como sou: se sou mesquinho ou se sou sincero. é possível que tu não saibas...;
9º caro Mário João, Portugal é um atraso de vida pq os nossos pais que lutaram para q agora se possa estar aki a falar em liberdade olham para este país e dizem: "foi para esta merda de juventude q lutámos? estes é q vão tomar conta disto? é este o futuro q sonhámos?";
10º julgo q és formado em história universal, não é? Think about it, will you? Maccain e tal...

PS - O problema de Palmela e de Setúbal (e dos seus habitantes) é o facto de ser ou ter sido maioritariamente da mesma orientação política tempo demais.

No hard feelings, kid!

Abel Santos

Anónimo disse...

Ké isso pá.....mas k má onda man !! De repente parece uma conversa bues da intelectual como se uns gigs nuns bares fossem motivo de nacional preocupação. Por isso esta merda não anda...as peças tão perras, com falta de lubrificante ou seja vcs em vez de estarem a discutir o sexo dos anjos deveriam ter em conta k o cerne da kestão é tão pura e simplesmente entreterem kem trabalhou um dia/semana inteira. Kerido Monchique do KGB volta tás perdoado. Era a marcha do Vitório era a abelha Maie e era uma casa inteira a sorrir de bem dispostos. E lembrem-se duma coisa: vinha gente de fora ver para crer...e voltavam sempre. Foi esta a receita certa: DJ=ENTERTAINER. Agora pseudo intelectualoides a esculpir um som k ng tem ou fazer um set a la cheff.....não tá com nada...DIVERSÃO e DIVERTIR é a vossa missão.
Ricardo Pinto

Anónimo disse...

O abel sabe contar até 10 :)

ass:

markur

Anónimo disse...

E digo-te mais Abel:

A) Os SKULL JUICE n são conhecidos cá pq ainda n têm capas de revista suficientes, pentados suficientemente estúpidos e DISCOS DE MERDA para que possam alegremente ser copiados até à exaustão pura, digna de impulsos homicidas e suicidas, por NULIDADES, que podem tanto ser de Setúbal como da Mongólia.

R) Tu não foste porque não viste os cartazes? Não reparaste? Bom.. DIG we must..

X)Será que não foste apenas só porque tens uma mente fechada, morta e ultrapassada? És mais uma mente confusa apanhada neste circozinho mediático que a dj culture se tornou. Outra vez.

F)Decadente e deprimente é que o teu ídolo François K veio ao LUX capitalizar sem classe, e providenciar a banda sonora ideal para toda aquela juventude de que te queixas, para que possam exibar a sua "nonchalance" tão gira e nada planeada.

markur

Electrobot disse...

1º Em relação á noite Dig We Must, também acho que se deveria ter feito mais publicidade, e até fora de Setúbal, em locais tipo Azeitão, Pinhal Novo, Montijo, etc...Mas a verdade é que foi uma noite estranha para a cidade em geral...

2º É verdade que os Skull Juice não são muito conhecidos por cá, mas isso, na minha opinião, não é razão para que as pessoas não apareçam...Eu, pessoalmente, gosto de ir ouvir DJs que eu não conheça, mas pelos vistos a maioria das pesoas não tem este espírito, preferindo ir ao que já conhecem, optando por não se deixarem surpreender...ambas são opções legítimas.Agora, eu fui, gostei muito, achei-os muito bons e acho que iremos ouvir falar deles no futuro. E tenho mesmo muita pena que pouca gente tenha ido.

3º Não achei o set do François K "deprimente". Musicalmente, foi bom. A questão é que esperava algo de diferente, algo que o distinguisse dos demais DJs que normalmente vão ao Lux, e a verdade é que há residentes do Lux que fariam um set daqueles de olhos fechados. Mas nada que manche o grande "Maestro" que ele é. E ao menos não está fechado a novas sonoridades.

4º Também concordo que se deva de dar prioridade aos DJs de cá. Não há um circuito para que os DJs possam rodar mais frequentemente, e muitas casas que o poderiam fazer nem sequer têm condições para
que tal aconteça, estando sempre á espera que X empreste o material Y, ou que Z que é DJ traga ele o material...Quanto mais oportunidades lhes forem dadas para passarem música, mais aprendem a interagir com o público e a perceber o que deve ou não ser passado a determinada hora...Obviamente, não nos devemos tornar autistas ao que vem de fora, e, ocasionalmente, trazer DJs de outros sítios, até para mostrarem coisas novas.

5º Concordo que a época do Estado Novo (o regime anterior ao 25 Abril) ainda deixou muitas sequelas, tanto na maneira de ser como nas mentes dos portugueses em geral, e dos setubalenses em particular, impedindo muitos de se libertarem como gostariam.

6º "Portugal é um atraso de vida pq os nossos pais que lutaram para q agora se possa estar aki a falar em liberdade olham para este país e dizem: "foi para esta merda de juventude q lutámos? estes é q vão tomar conta disto? é este o futuro q sonhámos?" Abel, aqui acho que estás a generalizar demasiado...Nós fomos considerados como a "geração rasca", lembras-te? Há coisas boas e coisas más nesta Juventude, mas o mesmo se passou na nossa, a na anterior a nós. Sinceramente, não curto ver um gajo mais branco que eu a falar com sotaque angolano e a chagar-me o juízo nos transportes públicos com o telemóvel aos altos berros a debitar Kuduros e Kizombas e outras aberrações musicais (opinião minha, há quem ache que o que eu gosto é que é "aberração musical"), mas daí a considerá-lo que é um jovem de "merda" vai um grande caminho...Se calhar, quando também eu usava "streetwear" e ouvia Hip-Hop aos altos berros (sim, já gostei muito de Hip-Hop, até há uns 13 anos atrás) se calhar também havia muita gente a pensar que eu era um "jovem de merda"...

7º Amigo Ricardo Pinto, também fui frequentador do KGB, e é verdade que o pessoal estava sempre com um ar bastante divertido, e é verdade que vinha muita gente de fora...mas também se pode divertir as pessoas com coisas mais "underground", há é que saber fazê-lo. Isso da marcha do Vitória e da Abelha Maia tiveram graça uma vez, da segunda ainda se papava, á terceira...para mim, já era demais. Tenho um enorme respeito pelo Pedro Monchique, que é um excelente profissional na área dele, mas para esse tipo de cenas não havia grande pachorra. E olha que o Monchique muita vez até surpreendia, e chegava ás vezes a ter chatices com o Pedro Gamito por não seguir a linha que este mais queria...mas a verdade é que p público do KGB, dentro de um público mais "mainstream", até era dos mais abertos, e até reagia bem a esse tipo de coisas. Aliás, quando o KGB começou a ficar demasiado previsível (e coincidiu com a altura em que mudou para o espaço onde é agora o Clube do Rio...) é que, na minha opinião, começou a decair...

Anónimo disse...

bem, se alguem aqui ta chateado com o facto da noite dos skull juice nao ter corrido bem deve ser porque teve de desembolsar algum money para lhes pagar o serviço, ou não?

ass = teoria da conspiraçao.

Anónimo disse...

Citando..
"Monchique do KGB volta tás perdoado. Era a marcha do Vitório era a abelha Maie e era uma casa inteira a sorrir de bem dispostos. E lembrem-se duma coisa: vinha gente de fora ver para crer...e voltavam sempre. Foi esta a receita certa: DJ=ENTERTAINER. Agora pseudo intelectualoides a esculpir um som k ng tem ou fazer um set a la cheff.....não tá com nada...DIVERSÃO e DIVERTIR é a vossa missão"

É por estas merdas que quando um gajo sai de Setúbal à noite, nao sente saudades nenhumas. Queres ouvir a Marcha do Vitoria e a Abelha Maia, aconselho-te a ir ao Circo quando estiver aqui na Cidade. Gente bem disposta há em todo o lado, nao é preciso recorrer a esse popularismo hediondo para atingir tais objectivos. Quanto à *pseudo intelectualoides a esculpir um som k ng tem*, sem comentários. Se esperas ir para um espaço nocturno para ouvir as musicas q tiveste a decorar o dia todo na Radio Cidade, forget it my friend, this ain't Chinatown. Qualquer dia esta merda é só clones do Absurdo, a nivel musical, onde num espaço de 10 mins tocam a Shakira, a musica do anuncio do banco com o T2 pró pessoal e o novo sucesso em criolo que anda a bater nas horas, na Caparica.

Fonha-se lá pró mau gosto!

Anónimo disse...

"bem, se alguem aqui ta chateado com o facto da noite dos skull juice nao ter corrido bem deve ser porque teve de desembolsar algum money para lhes pagar o serviço, ou não?

ass = teoria da conspiraçao"


não fales do que não sabes.

ass = contra a ignorância

Anónimo disse...

''Monchique Volta Tas Perdoado...''
Honestamente, era a ultima coisa que eu esperava ver escrita neste Blog.
As Pessoas não sabem a historia que envolve o aparecimento da Abelha Maia e da Marcha do Vitoria no KGB ( um dia com calma escrevo em Livro ), foi insólito, mas aconteceu e o que é certo, é que mesmo sendo chato passar todas as Noites de Fim de Semana ( sextas e sábados ) esta duas músicas e outras porém, o que é certo é que toda a gente cantava, gritava e pulava.
Quanto ao declinio do KGB, não posso deixar de concordar que o rumo que a casa seguiu do ''Velhinho K'' para o espaço do Club do Rio, fez perder muito o estigma que a casa tinha, o chao de madeira a tremer, apesar de os Donos se esforçarem e terem tentado ''reconstruir'' a mistica da casa pondo um chao de madeira.
A casa nao perdeu muitos clientes, mas de facto já nao era a mesma coisa. Se tive problemas com o Pedro Gamito a nível musical, posso dizer que tive, para saciar o meu gosto musical e agradar a um punhado de clientes que todos os fins de semana la estavam, caso do Eduardo Martins, e que eu conhecendo o Eduardo, sei que era complicado ali engolir alguns temas, mas vai na volta la se ouviam uns temas a seu gosto, verdade Edu?
Continuo a ser ENTERTAINER na Radio com o programa ''In-Spot'' e Dj na casa mais Pseudo Fashion de Setubal, mas como dizem, é uma casa para o meu nível musical, apesar de desde o encerramento do KGB ter evoluído para outros campos musicais.
Aproveito para deixar aqui o convite a todos os Djs de Setúbal que caso queiram propor-se a entrevistas para dar a conhecer o seu trabalho e ou carreira, que o In-Spot lhes abre a porta dos seus estudios para uma entrevista a marcar na melhor data, para tal mandem um mail para :

pedrokgbmonchike@hotmail.com

Quanto ao que se fala na noite actualmente, prefiro não comentar, pois até eu mesmo sou alvo de chacota e mal dizer e nao me vou por a cuspir para o ar...nao vá o diabo tece-las!

Abraços a todos que frequentam este blog e alimentam as polémicasque por aqui passam.

Anónimo disse...

A questão da publicidade não é nova, e já foi muitas vezes martelada aqui, vezes sem conta até...
Basta haver um evento que merecia a atenção e depois ver-se a aderência que teve de público.

Mas continuando na temática da publicidade: já estou farto é de ver os cartazes da Bocage House Party!! Mas que cabeça de cartaz é aquele? Diego Miranda?!
Chegou ao ponto de nem na sua própria cidade o Costa ter a atenção que merece...

Anónimo disse...

Sobre o Costa deixem-me dizer o k eu penso: Dantes só tomava em Setubal as sextas ou maioritariamente as sextas como Delcosta na melhor onda musical k por mim ja interpretou. Malhas k tda a gt keria ter "jest 4 u" , "fade", "right on" etc. Acontece k virou Magazino e o som passou a um electro mais minimalista, mais cansativo e o reflexo foi que já não dava para tocar na terra as sextas, passou para os Sábados e mesmo assim o som (na minha modesta opinião) não é o k a maioria do ppl ker ouvir. Eu faço uma proposta : ele k faça uma noite como Delcosta com akele deep e funky fantastico e vamos ver se eu nao tenho razão.
Ricardo Pinto

Anónimo disse...

Desde que se iniciou no projecto Magazino e dos sets que ouvi, confesso que curti, mas nenhum me deu tanta pica como os de quando o Costa passava o chamado Electronic Funky-House!
As coisas evoluem, ou não, e até a isso chegam a chamar de comercial, o que está de todo errado, basta para isso ver os reports de festas em Chicago, São Francisco,... onde esse estilo musical (apesar de não gostar de definir estilos) predominam.

Digo mais, pedia uma noite de deep/funky num club a três nomes setubalenses:
Costa, Goya e Rogério.

Num bar, com uma onda mais lounge/chill/deep, ia para o Abel, Eduardo e Monchique.

Mas sendo este o blog do meu amigo Eduardo e estando ele indiscutivelmente ligado ao Baco, posso dizer que cheguei a curtir muito de funky-house por lá! ;)

As modas são cíclicas e que essas batidas vão voltar, disso não tenho dúvidas. É esperar para ver...

Anónimo disse...

Diego Miranda cabeça de cartaz.... tsk tsk ...... nao arranjaram melhor ? tanto investimento para isto ?

Puto dred.

Anónimo disse...

oh ricardo pinto mas tu es o fantasma do passado ou que?

Anónimo disse...

Lounge/chill/deep com o monchike ?

É isso e a seguir o Sôr Raul passar Psy-Trance e o Zé dos Gatos Dubstep !

Anónimo disse...

Manos, eu nao sou um fantasma do passado; eu tenho direito a gostar dum determinado som. e á minha semelhança mto ppl de cá keria voltar a ouvir o costinha a passar akele som. não digo as faixas k passava no mecca mas a actuais nakelas sonoridades. uma noite, that's all
Ricardo Pinto