domingo, agosto 03, 2008

CLUB OUT & Clube do Rio

Pois é, agora temos duas escolhas para quem, após o ADN, ou o Design, ou o Absurdo, ou até para quem está nos dois sítio do título deste post, possa continuar a curtir a noite até ás tantas...

Antes de ir passar som ao Clube do Rio, fui com o meus amigos Abel (que também ia passar som comigo no Clube do Rio) e Daniel ao CLUB OUT. Chegado ao espaço, quem estava á porta deixou-nos entrar livremente, ou seja, não nos deu cartão nenhum, ou seja, consumíamos o que queriamos. Deduzo que seja por ter sido a abertura, a gerência optou por deixar entrar livremente quem aparecia á porta, provavelmente numa de deixar as pessoas verem e conhecerem o espaço livremente, o que desde já aplaudo, e que é uma atitude rara aqui em Setúbal (deduzo que, mesmo assim, tenha havido uma selecção, e que continue, porque eram raros os membros de uma certa e determinada fauna que todos nós sabemos quem são e que estragam logo um ambiente que se quer agradável...apesar de haver por lá uma ou duas pessoas que, se fosse eu á porta, não entravam...). O espaço não difere praticamente nada do que se conhecia da esplanada do Clubíssimo, tinha era um sistema de som mais poderoso, e estava relativamente bem isolada do CLUB IN (ou seja, não se ouvia o som de lá, nem se via o que se passava lá...aproveito para dizer que a esse espaço nem sequer fui, mas também como não gosto do tipo de música que se lá passava...). No bar estão duas amigas minhas e boas profissionais, portanto, aí, a coisa está bem entregue, e os preços até são bastante acessíveis, para uma casa que fecha mais tarde (Imperial = 2 Euros). Em termos de música...não consegui ouvir nem o Jorge nem o Pedro Tiago (mas deduzo que se tenham portado bem...), mas ouvi a Heartgirl. Pelo menos enquanto lá estive, o som ouvido foi um Electro-House mais "mainstream", bastante vocalizado, e com versões Electro-House de temas antigos (ex: Night Train), por vezes a exagerar um bocado nos efeitos dos CD-Js, e os médios por vezes agrediam um bocado os ouvidos (se calhar devia-se de equalizar um bocadinho melhor o sistema de som, não?)...pessoalmente, não comprava nem passava nada do que ouvi por lá, mas como banda sonora para beber um copo com os amigos e até dar um pézinho de dança despreocupadamente, serve bastante bem, e não é som que ofenda a inteligência a alguém, e até é capaz de ser uma boa aposta em termos de som pré-after (outra das minhas apostas para um som pré-after seria uma cena mais Disco/Nu Disco/Re-Edits ou até numa onda mais "Housey" estilo Innervisions/Compost Black Label ou cenas influenciadas por Chicago circa 86/88...). Desejo a maior sorte a este novo empreendimento da noite de Setúbal...pelo menos fiquei agradado com o CLUB OUT, e hei-de lá voltar de certeza.

A seguir fui passar som ao Clube do Rio com o Abel. Chegados lá, estava o Miguel Simões a pôr som. O som estava porreiro, porém, tenho uma ressalva a fazer...é mesmo preciso, com um espaço ainda praticamente vazio, estar a passar som tão a abrir (ex: Domino de Oxia)? Se há coisa que cada vez mais me irrita é chegar a um espaço, e ter logo de puxar também de discos meus a abrir...sinto falta de começar um set com música mais calma, e é pena cada vez menos muitos DJs não terem nem passarem som mais calmo de início, e isto aplica-se também a malta que é minha amiga...Eu acho que a maioria das pessoas que chega a um espaço vazio e ouve logo música a abrir, não tem muita vontade de lá ficar...mas isto é apenas uma opinião minha...Passado algum tempo, eu e o Abel começámos a passar música, ainda com a pista vazia, mas a pouco e pouco foi aparecendo malta, e a coisa até se foi compondo, o ambiente era porreiro, sem aquela certa e determinada fauna de que falei há bocado, e até acabou por ser uma noite gira e porreira...também já sabíamos que, com a nova concorrência, iria decerto aparecer um pouco menos de gente.

Entretanto uma amiga minha que esteve no CLUB OUT e posteriormente esteve lá no Clube do Rio, disse-me que, em termos de after o nº de pesoas que lá estava no CLUB OUT não diferia assim muito do nº de pessoas que estiveram no Clube do Rio. E a questão põem-se (e que até foi algo que comentei com outro amigo meu): Temos público suficiente para ter dois afters na cidade? É muito bom que exista mais possibilidade de escolha, mas há que ser realista, e...neste momento, e na minha mais humilde opinião (que vale o que vale...), e por muito que me custe dizer isto, não há público suficiente para dois afters (ás vezes até penso que nem para um há...mas isto sou eu a ser pessimista). E só um é que terá viabilidade. E será o que conseguir atrair pessoal que dê bom ambiente e cuja porta funcione melhor. Penso que é preferível ter uma casa a meio-gás, mas com bom ambiente, do que uma cheia de malta que não interessa nem ao Menino Jesus. E não me venham com tretas que só se consegue facturar com esse pessoal...já estive em afters em que o ambiente era porreiríssimo (e isto porque quem estava á porta não brincava em serviço), e quem esteve nos afters no antigo Star Café, sabe do que falo...

p.s. Gostei bastante da sessão do Mister Simon e da "Miss" Suki lá no ADN...um som bastante dançável, que era o que aquela quente noite de sexta estava mesmo a pedir...eheh.

6 comentários:

Electrobot disse...

Fazendo um comentário ao meu próprio "post", quando falei de "...outra das minhas apostas para um som pré-after seria uma cena mais Disco/Nu Disco/Re-Edits ou até numa onda mais "Housey" estilo Innervisions/Compost Black Label ou cenas influenciadas por Chicago circa 86/88...", não sei até que ponto é que cenas destas não seriam também agradáveis num contexto de "after"...será que num "after" temos de obrigatoriamente passar som mais a abrir? Não se conseguiria trazer um público mais heterogêneo? Deixo aqui estas questões.

Anónimo disse...

Amigo Eduardo, a minha opinião vale o que vale, e até serei suspeito em dizer isto, mas para mim After que é After tem de ter o chamado Electronic Funky-House e um bom Deep House. É uma opinião.

Porque é que a noite tem de acabar a abrir? Porque é que o dia tem de começar a abrir?

E ao contrário do que muitos pensam, esses estilos não são "comerciais", apesar de ter os seus discos mais batidos... como todos as tipos de música.

Grande abraço

Anónimo disse...

Grande amigo Zye, como sabes, a estória dos Afters nasceu oficiosamente em NY com o Loft do David Mancuso no final dos 60's/início dos 70's.
A ideia era reunir amigos num local onde a festa de amor e música fosse plena.
Se tomares atenção ás 2 compilações do Mestre, observarás o tipo de temas que eram tocados ás horas mais tardias.
A todos os que tocam em afters, deixo aqui a dica para, pelo menos 1 vez, ouvirem The Loft.

Abel Santos

Anónimo disse...

Acordem para a vida, por favor ! Estamos em Setúbal e no ano de 2008!
Não gostam, não comem. Simples não é ?

Anónimo disse...

O meu amigo Abel tocou no ponto chave dos Afters.

Sendo os afters às horas que são, que mais se queria se não reunir amigos em pleno com a música!

Levar naquela hora com martelada "pura e dura" é dose, e é mais que normal ser fonte de atracção a um público que não seja o que se queira por lá...

A minha ideia de after, talvez por já ter ouvido as compilações que dizes, é a de se transformar o ambiente em boa onda, boas vibrações, e nisso a música é o ponto de partida e de chegada.

Penso eu, não sei... hehe

Grande abraço Abel!

Anónimo disse...

Afters...?
Vao mas e dormir pa malucos!
Ne boa Ideia...?