A noite estava fria, a companhia agradável e a pergunta do costume: "Onde vamos hoje?"
"Podemos experimentar a beira-mar, que dizes?" E assim fomos...
O espaço era pequeno para tanta gente, tanto que só havia lugar sentados na rua... ao frio, mas não estavamos nem aí... Mas a noite foi passando, a música foi tocando, e o frio começou-se a notar e decidimos mesmo ficar de pé no interior do espaço. De pé, olhei em volta e vi um rapaz de trompete, e pensei que provavelmente seria nova a moda, visto não ir ali faz tempo, mas constei mais tarde que era a atracção da noite e fiquei animado e curioso para ver o que nos esperava... Conseguimos arranjar lugar sentados, e vimos entrar mais um elemento para a actuação... Munido do seu PC-MAC portátil, a música foi baixando, fez-se silêncio e começou-se a ver umas imagens projectadas no tecto... Entre corpos semi-despidos, paisagens e imagens abstractas a música começa, e entre um ritmo difícil de descrever, numa onda muito Lounge, o trompete faz-se ouvir ficando um ambiente diferente do habitual em Setúbal... Fiquei em parte contente por ali me encontrar, uma actuação nova, o trompete lá circulava por entre notas em forma de acompanhamento...
Mas a actuação foi entrando numa monotonia estranha, e decidimos sair...
Próxima paragem, bar pop & (pseudo) fashion...
Ao chegar, ouço de fora o tema Call On Me, e observo que o electro-house estaria a fazer das suas na zona pop, rindo-me...
Já no interior, as mesmas caras de outrora... sorridentes, bem dispostas, casa meio composta... A onda deep/comercial por lá (continuava) tocava, não sendo nada de novo... Exceptuando claro o tema da chegada!! (Será que sabiam que aí vinha??) Por entre um copo e outro, a conversa foi nos distraindo, enquanto uns dançavam meio que discretos, outros nem por isso... É que a sessão de rock tipicamente ao estilo Seagull começa... Bebida terminada, duas faixas tocadas e bai bai... É tempo de novas paragens que aqui já cansa... E enquanto me dirigia ao próximo espaço, fui pensando para mim mesmo, como seria capaz a falta de novo sangue, novas sonoridades naquela zona da noite setubalense, tão excessivamente frequentada...
E enfim cheguei...
Piano montado na direita, guitarra em braços numa sessão em tudo diferente... O Concerto Raízes, num ambiente "boa onda", de amigos... Com Nuno Tavares no piano, e António Santos na guitarra, as notas, as canções sem voz por lá passearam, sendo de pasmar os acordes da guitarra e o teclar dum piano... Num bar... Em Setúbal... E que bar. Aquele que definitivamente muito sangue novo nos dá a conhecer, que mantém a sua linha, não se deixando como que prostituir pela onda do comercial. Um fim de noite cinco estrelas.
Definitivamente o buscar de inspiração foi aí encontrado.
Jacque Nylv nu MXL, Maria dos Copos & Lab (respectivamente!)
terça-feira, fevereiro 15, 2005
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