Na quarta, dado que era véspera de feriado, fui novamente convidado para ir ao Baco passar som. Foi uma noite calma, algo de que estava à espera, dado que estávamos em plena semana académica, e nessa noite iriam actuar os Blasted Mechanism no "campus" do Politécnico de Setúbal. Obviamente não deixou de me dar prazer lá tocar, dado que tive a oportunidade de tocar sonoridades um pouco mais calmas do que as que normalmente toco nas minhas habituais sessões no Baco.
Saindo do Baco, fui ainda ter com o meu amigo Zye, que estava a passar som no La Bohémme, e ainda apanhei a parte final do set dele.
De seguida fomos ao SpyClub. Sim, a uma das catedrais do "pop e (pseudo) fashion" setubalense, mas foi por uma boa causa...Era o aniversário do Luís Gomez a.k.a. Malvadinho, e ia lá passar som, conjuntamente com a Jacklyn, com o Pedro Tiago e o SidJay. Entrámos no Spy, e fomos imediatamente para a parte de cima (a parte de baixo não se encontrava a funcionar...). Lá em cima estava um ambiente bastante composto e até bastante agradável, e apanhámos o início de set da Jacklyn, set de que gostei bastante, a passear por entre o Funky Electronic-House e o Electro e derivados, e inclusivé um clássico do Detroit Techno, o Bounce Your Body To The Box do grande Kevin Saunderson. A seguir entrou o aniversariante, numa onda mais Funky/Deep-House, também bastante agradável. A seguir, e para finalizar, o Pedro Tiago, numa toada mais Funky Electronic-House, permeado por entre algum Acid-House. A adesão do público até não foi má, mas infelizmente não estão ainda muito habituados a este género de sonoridades, e a pouco e pouco a casa foi vazando, mas é muito bom que se aposte em noites destas, porque é aqui que está o futuro da noite setubalense...e isto é como tudo, ao começo estranha-se, mas depois entranha-se.
Na sexta sai com o Zye, e começámos a noite no La Bohémme. Nessa noite, ao comando da cabine estava a São, que estava a tocar uma onda mais dentro de sonoridades Lounge/Downtempo, bastante agradáveis por sinal.
A seguir demos um salto ao Baco, onde estava um moço a passar Reggae, Dub e alguma World Music. Também foi agradável. No Baco ainda encontrámos o SidJay, e durante um bocado estivemos a "filosofar" acerca do estado da noite setubalense...
Depois fomos ao ADN, onde estava a tocar o Abel, e foi uma noite bastante boa. O mote da noite era tocar música com "feeling" Funk, o que no caso do Abel é mais uma desculpa para se poder tocar de tudo um pouco...Funk, Disco-Sound, Hip-Hop, Electro Old School, Acid-House, Jazz, Deep-House, Rock...de tudo um pouco se ouviu, num "cocktail" bastante dançável. E felizmente a casa esteve bastante composta, apesar de ser dia de Super Bock Super Rock, que, quer se queira, quer não, acaba sempre por atrair muito público que costuma frequentar espaços como o ADN, o Baco, etc...
No sábado, eu, o Abel e o Gino voltámos ao Portão Bar, no Barreiro, e foi uma noite bombástica...
Ao começo a casa estava muito sossegada, e iniciámos o nosso set por entre sonoridades mais dedicadas ao Indie-Rock...A seguir começámos a enveredar por uma onda mais ligada ao Punk-Funk, ao New Wave e ao Electro-Punk. Por volta da 1:30/2:00 da manhã o Portão começou e encher, e já estava um ambiente de festa. Chegou a uma altura que praticamente só tocávamos Punk-Funk (daquele mais ritmado...), Electro-Punk, Punk e até Metal...Não estávamos à espera de tamanha enchente, dado que era mais um dia de Super Bock Super Rock...Fica-se muito contente quando uma noite ultrapassa, e de que maneira, as nossas expectativas...
terça-feira, maio 31, 2005
sexta-feira, maio 27, 2005
Cardápio Nocturno para este fim-de-semana
Hoje, no ADN, Setúbal, iremos ter o Abel Santos, para uma sessão eclética...espera-se uma noite bastante dançável...
Amanhã, em Setúbal, no Baco, iremos ter o Zye, que andará por caminhos do Electro e derivados e o Electronic Funky-House.
Amanhã, no Barreiro, no Portão-Bar, Los 3 Amigos DJs (eu, o Abel Santos e o Gino), para uma sessão de tendência mais rockeira (Electro-Punk, Punk-Funk, New-Wave, Punk, Indie, etc...).
Também no Barreiro, Henri Sanrame no XII-A (mais conhecido como Bar do Gustavo), para uma House Session.
Amanhã, em Setúbal, no Baco, iremos ter o Zye, que andará por caminhos do Electro e derivados e o Electronic Funky-House.
Amanhã, no Barreiro, no Portão-Bar, Los 3 Amigos DJs (eu, o Abel Santos e o Gino), para uma sessão de tendência mais rockeira (Electro-Punk, Punk-Funk, New-Wave, Punk, Indie, etc...).
Também no Barreiro, Henri Sanrame no XII-A (mais conhecido como Bar do Gustavo), para uma House Session.
quarta-feira, maio 25, 2005
Cardápio Nocturno para hoje.
Hoje irei estar no Baco para mais uma sessão de Electro e derivados, Punk-Funk, Disco e Acid-House.
No La Bohémme irá estar o Zye para uma sessão entre o Lounge/Downtempo, Electro e Funky Electronic-House.
No SpyClub irão estar hoje os DJs SidJay, Pedro Tiago, Jacklynne e Luís Gomez...decerto uma sessão de Funky Electronic House.
No La Bohémme irá estar o Zye para uma sessão entre o Lounge/Downtempo, Electro e Funky Electronic-House.
No SpyClub irão estar hoje os DJs SidJay, Pedro Tiago, Jacklynne e Luís Gomez...decerto uma sessão de Funky Electronic House.
terça-feira, maio 24, 2005
O "lado negro da força"...
Soube há pouco tempo de algo que me deixou um pouco revoltado...
Os DJs e Produtores setubalenses Del Costa e o Pedro Goya abordaram recentemente o responsável por uma certa e determinada casa nocturna setubalense, com o intuito de lá realizarem uma festa. Acontece que essa pessoa lhes pediu uma quantia completamente absurda, sem nexo nenhum para que se pudesse realizar tal evento...Claro está que recusaram, qualquer pessoa com bom senso recusaria...Tudo bem que essa pessoa é que sabe o que há-de pedir, mas é uma atitude que demonstra uma enorme falta de respeito por quem tem posto o nome Setúbal nos circuitos internacionais...
O Del Costa é só um dos DJs nacionais com maior número de internacionalizações, o Pedro Goya uma das grandes esperanças nacionais em termos de DJing e Produção, e já editaram em conjunto discos (ou estão à beira de editar...) por editoras consagradas internacionalmente como a Brique Rouge, a Exun, a Classic ou a Music For Freaks...É assim que honramos quem tanto tem feito para que a cidade de Setúbal evolua? É pedir quantias absurdas para se realizar uma simples festa que em nada afectaria o percurso normal da casa em si (se calhar até a melhoraria e traria outras pessoas à casa...), e que traria felicidade a muita gente farta da noite monótona de Setúbal o caminho a seguir? Claro que não.
Isto só me faz chegar à conclusão que o "lado negro da força" continua a predominar demasiado na noite setubalense, havendo muitos "Darth Vaders" que só põem empecilhos a uma normal evolução da noite setubalense...O que vale é que as forças rebeldes que se encontram dentro do "lado benigno da força" estão cada vez mais no bom caminho e começam a não ter medo de fazer mostrar aos "Darth Vaders" que também eles poderão trilhar com mais sucesso os caminhos do "lado benigno da força" do que os do "lado negro da força"...
Os DJs e Produtores setubalenses Del Costa e o Pedro Goya abordaram recentemente o responsável por uma certa e determinada casa nocturna setubalense, com o intuito de lá realizarem uma festa. Acontece que essa pessoa lhes pediu uma quantia completamente absurda, sem nexo nenhum para que se pudesse realizar tal evento...Claro está que recusaram, qualquer pessoa com bom senso recusaria...Tudo bem que essa pessoa é que sabe o que há-de pedir, mas é uma atitude que demonstra uma enorme falta de respeito por quem tem posto o nome Setúbal nos circuitos internacionais...
O Del Costa é só um dos DJs nacionais com maior número de internacionalizações, o Pedro Goya uma das grandes esperanças nacionais em termos de DJing e Produção, e já editaram em conjunto discos (ou estão à beira de editar...) por editoras consagradas internacionalmente como a Brique Rouge, a Exun, a Classic ou a Music For Freaks...É assim que honramos quem tanto tem feito para que a cidade de Setúbal evolua? É pedir quantias absurdas para se realizar uma simples festa que em nada afectaria o percurso normal da casa em si (se calhar até a melhoraria e traria outras pessoas à casa...), e que traria felicidade a muita gente farta da noite monótona de Setúbal o caminho a seguir? Claro que não.
Isto só me faz chegar à conclusão que o "lado negro da força" continua a predominar demasiado na noite setubalense, havendo muitos "Darth Vaders" que só põem empecilhos a uma normal evolução da noite setubalense...O que vale é que as forças rebeldes que se encontram dentro do "lado benigno da força" estão cada vez mais no bom caminho e começam a não ter medo de fazer mostrar aos "Darth Vaders" que também eles poderão trilhar com mais sucesso os caminhos do "lado benigno da força" do que os do "lado negro da força"...
segunda-feira, maio 23, 2005
Crónicas Nocturnas # 22
Sexta fui ver o Zye ao Baco, e devo dizer que se portou bastante bem, e o público aderiu bem ao som dele. Passeou por entre o Electro e o Funky Electronic-House, e foi agradável. Era também o dia de anos da Elisa, que nos tempos livres é "barmaid" lá no Baco, e por volta da meia-noite foi-lhe cantado em uníssono os "Parabéns A Voçê", com direito a bolo e velas apagadas...que contes muitos mais, Elisa, e que a malta vá vendo...
A seguir fui mais o Zye ao ADN ver os "Sheiks" Omar e Sharif, a.k.a. Pedro Viegas e Zé Pescador. Foi giro, o ADN estava à pinha, pena terem abusado um pouco naquelas sonoridades estilo No Smoking Band do Kusturica ou Dazkarieh, estilo de som que eu não aprecio muito, mas prontos...
No sábado fui mais uma vez ao Baco passar som, e foi mais uma noite bombástica...antes da meia-noite já o Baco estava bastante composto, e foi mais uma noite ao rubro, e foi mais uma daquelas noites que me deixou muito satisfeito, e que é definitivamente para recordar. Sabe muito bem ver as pessoas a aderirem bem ás sonoridades que toco, e um muito obrigado, a todos os níveis, pelo apoio que tenho tido e sentido lá no Baco.
Em termos de sonoridades, tanto passei Disco (tanto originais, como re-edits estilo Ray Mang, Idjut Boys ou Dancin` Days), Punk-Funk (LCD Soundsystem, Le Tigre, Headman, Outhud), Electro e derivados e outras coisas ligadas (Booka Shade, Tiga, Ewan Pearson, Riton, Mr. Oizo, Phonique, Hugg & Pepp, Daft Punk, Vitalic, Etienne de Crécy, Steve Bug, o Believe dos Chemical Brothers) como Acid-House moderno e antigo (Tomboy, Essit Muzique, Jef K, Jack Frost, Abe Duque, Marc Romboy, Adonis), tendo finalizado a sessão com a "New York Mix" do Relax dos Frankie Goes To Hollywood...um final em beleza.
E a seguir fui para casa...Decididamente não havia nada que me estimulasse a fazer uma visita a outro estabelecimento nocturno...
A seguir fui mais o Zye ao ADN ver os "Sheiks" Omar e Sharif, a.k.a. Pedro Viegas e Zé Pescador. Foi giro, o ADN estava à pinha, pena terem abusado um pouco naquelas sonoridades estilo No Smoking Band do Kusturica ou Dazkarieh, estilo de som que eu não aprecio muito, mas prontos...
No sábado fui mais uma vez ao Baco passar som, e foi mais uma noite bombástica...antes da meia-noite já o Baco estava bastante composto, e foi mais uma noite ao rubro, e foi mais uma daquelas noites que me deixou muito satisfeito, e que é definitivamente para recordar. Sabe muito bem ver as pessoas a aderirem bem ás sonoridades que toco, e um muito obrigado, a todos os níveis, pelo apoio que tenho tido e sentido lá no Baco.
Em termos de sonoridades, tanto passei Disco (tanto originais, como re-edits estilo Ray Mang, Idjut Boys ou Dancin` Days), Punk-Funk (LCD Soundsystem, Le Tigre, Headman, Outhud), Electro e derivados e outras coisas ligadas (Booka Shade, Tiga, Ewan Pearson, Riton, Mr. Oizo, Phonique, Hugg & Pepp, Daft Punk, Vitalic, Etienne de Crécy, Steve Bug, o Believe dos Chemical Brothers) como Acid-House moderno e antigo (Tomboy, Essit Muzique, Jef K, Jack Frost, Abe Duque, Marc Romboy, Adonis), tendo finalizado a sessão com a "New York Mix" do Relax dos Frankie Goes To Hollywood...um final em beleza.
E a seguir fui para casa...Decididamente não havia nada que me estimulasse a fazer uma visita a outro estabelecimento nocturno...
sábado, maio 21, 2005
Fusion Goes Clubbing@Baco (again)
Hoje irei estar no Baco para mais uma sessão de Electro e derivados, Punk-Funk, Acid-House, Disco e outras coisas dançáveis...
p.s.No La Bohémme irá estar o Abel Santos, para mais uma das suas sessões ecléticas.
p.s.No La Bohémme irá estar o Abel Santos, para mais uma das suas sessões ecléticas.
sexta-feira, maio 20, 2005
Hoje à noite em Setúbal
No Baco, Zye para mais uma sessão por entre o Downtempo, Electro e Funky Electronic-House.
No ADN, os DJs Sheiks, Omar e Sharif, com sonoridades dançáveis e divertidas.
No ADN, os DJs Sheiks, Omar e Sharif, com sonoridades dançáveis e divertidas.
quinta-feira, maio 19, 2005
História do Electro-Parte 3
Tal como prometi (já há algum tempo, é verdade...), aqui vai a 3ª e última parte da História do Electro.
Após uma década de 80 em força, e uma década de 90 numa relativa obscuridade, o Electro voltou a ganhar forte preponderância na década inicial do século XXI.
Logo por volta do final dos anos 90 começaram a existir indícios do que se iria passar. Foi aí que começaram a surgir coisas como o Champagne E.P. do Hacker e Miss Kittin, o Space Invaders Are Smoking Grass de I-F, o àlbum Darkdancer dos Les Rhythmes Digitales ou o àlbum I Know Elektrikboy de Thee Madkat Courtship (aka Felix Da Housecat), trabalhos em que se começava a notar uma forte de influência de sonoridades mais ligadas tanto ao Electro-Pop como ao Electro Old School de colheita anos 80. Também em nomes ligados ao "French Touch" como Air, Daft Punk, Superfunk, Mirwais ou Etienne de Crécy se notavam fortes influências de sonoridades mais ligadas aos anos 80. Também muitos dos trabalhos editados por editoras como a International Deejay Gigolo de DJ Hell, a Psi49net de Anthony Rother, a Environ de Morgan Geist ou a 20/20 Vision de Ralph Lawson também começavam, de certa forma, a indicar o caminho que a 1ª metade do secúlo XXI iria percorrer. Também nesta altura surgiram dois àlbuns que remisturavam temas dos Telex...
No ano 2000 foram editados trabalhos como o Innerstrings dos Blackstrobe (editado pela Output de Trevor Jackson) e o Emerge dos Fischerspooner (editado pela International Deejay Gigolo de DJ Hell), dois trabalhos que vieram a demonstrar que a chegada do Electro e derivados a um novo patamar estava mesmo ao bater da porta. Logo no ano 2000, Dave Clarke, um dos mais famosos DJs de Techno inglês, foi dos 1ºs a apostar nesse tema dos Fischerspooner, o que não era anormal, dado a paixão que esse DJ tem pelo Electro, tendo até sido um dos nomes que mais força deu ás sonoridades Electro durante a década de 90.
Já no ano 2000 são também editados dois àbuns em que os anos 80 se encontram bastante presentes, embora não sejam Electro : Tempovision de Etiénne de Crécy (embora de uma forma bastante subtil), e Strange Attitude de Benjamin Diamond. E o tema Music da Madonna, produzido pelo françês Mirwais soava mais a Electro Old School que outra coisa...
Em 2001 é editado o álbum Discovery dos Daft Punk, também fortemente influenciado por sonoridades muito ligadas aos anos 80, ou seja, um álbum com muitas influências de Electro, cheio de "vocoders" e com uma sonoridade bastante pop. Mas é entre meados e fim desse ano que surgem os álbuns e/ou temas chave do ressurgimento em força do Electro : Ladytron-604, Felix Da Housecat-Kittenz And Thee Glitz, Fischerspooner-#1, The Hacker & Miss Kittin - First Album, Playgroup-Playgroup, Little Computer People-Electro Pop (nos àlbuns), Adult.-Hand To Phone, Tiga & Zyntherius-Sunglasses At Night, Blackstrobe-Me & Madonna, Green Velvet-La La Land, David Carretta-Vicious Games, Metro Area-4 e Vitalic-Poney E.P. (onde vinha o demolidor La Rock 01). Inclusivé os Depeche Mode e os New Order voltaram a editar àlbuns esse ano...
Tem-se de pereceber que ligado a este ressurgimento do Electro está ligados o seguinte factor:
-A música de dança estava a passar por uma enorme fase de estagnação, em que praticamente só vivia à base de grandes nomes, mas que tocavam "sets" massacrantes e secantes, sem nada de novo ou fresco. Ora o "ressuscitar" do Electro injectou a mais que necessária frescura, e voltou a levar muita gente a escutar e/ou produzir com prazer música electrónica.
Em 2002 os "media" começaram a chamar a este novo movimento Electroclash, nome de um festival de Nova Iorque, idealizado por Larry Tee, em que participavam nomes ligados ao Electro-Pop, Electro-Punk e até ao de novo re-emergente Punk-Funk. Nunca concordei com esta designação, dado que era um nome de um festival, e de repente começou-se a apelidar de Electroclash coisas que já eram antigas, como o Sweet Dreams dos Eurythmics, ou coisas que não eram Electro de todo, como os temas de gente como os Rapture, mais ligados ao Punk-Funk.
E, subitamente, estilos como o House, o Techno, o Punk começaram a ser fortemente influenciados por estas sonoridades mais ligadas ao Electro. E nomes como David Carretta, Kiko ou Terence Fixmer começaram também a produzir temas fortemente influenciados por Electronic Body Music (EBM). E a cena do chamado Neo Italo-Disco também sofreu um enorme impulso com o ressurgimento do Electro, com nomes como Metro Area, Daniel Wang, Legowelt, Bangkok Impact/Putsch 79 ou Alden Tyrell. Inclusivé nomes ligados ao Italo-Disco original como Alexander Robotnick voltaram a surgir na cena musical...
Também nomes mais ligados ao Minimal Techno, como Michael Mayer, Justus Kohncke, Mathew Jonson ou Superpitcher não foram alheios a este ressurgimento do Electro.
Estrelas pop como Madonna ou Kylie Minogue tanmbém não ficaram alheias a este novo ressurgimento. O tema Can`t Get You Out Of My Head era muito devedor das produções electrónicas de Giorgio Moroder, e no vídeo existiam referências subtis aos Kraftwerk, que também decidiram regressar com àlbum de originais há dois anos. E não esquecer que a Kylie Minogue tem sabido escolher nos últimos tempos remisturadores ligados ao Electro e derivados como Riton, Alter Ego, Whitey ou Mylo...
Não esquecer outros nomes importantes como DJ T, M.A.N.D.Y., Steve Barnes, Tiefschwarz, Mu, Kiki, Ellen Allien, 2 Many DJs, Jesper Dahlback, Peaches, Electronicat, o 2º àlbum dos Goldfrapp...
Esta nova força adquirida pelo Electro também foi, na minha modesta opinião, a catalizadora do ressurgimento da cenaPost-Punk/Punk-Funk e do House de Chicago "circa" 1987/88.
Veio também criar um novo conceito de DJ set, em que se mistura sem qualquer problema temas antigos com temas novos, e esses temas podem ser de diversos estilos, o que não causa monotonia.
E num mesmo tema pode-se ouvir "arpeggios" tipicamente "moroderianos" misturado com um baixo tipicamente Joy Division/New Order.
Será que este ressurgimento do Electro veio para ficar, ou será uma moda passageira? Na minha opinião veio para ficar...mas só o futuro o dirá...
Compilações indispensáveis para quem queira perceber este ressurgimento do Electro:
Futurism vols. 1 e 2
Rebelfuturism vol. 1
American Gigolo mixed by Tiga
As compilações da Gigolo da nº 4 até à nº 6
DJ Kicks de Playgroup
DJ Kicks de Tiga
How To Kill The DJ mixado por Ivan Smagghe
Nag Nag Nag
Após uma década de 80 em força, e uma década de 90 numa relativa obscuridade, o Electro voltou a ganhar forte preponderância na década inicial do século XXI.
Logo por volta do final dos anos 90 começaram a existir indícios do que se iria passar. Foi aí que começaram a surgir coisas como o Champagne E.P. do Hacker e Miss Kittin, o Space Invaders Are Smoking Grass de I-F, o àlbum Darkdancer dos Les Rhythmes Digitales ou o àlbum I Know Elektrikboy de Thee Madkat Courtship (aka Felix Da Housecat), trabalhos em que se começava a notar uma forte de influência de sonoridades mais ligadas tanto ao Electro-Pop como ao Electro Old School de colheita anos 80. Também em nomes ligados ao "French Touch" como Air, Daft Punk, Superfunk, Mirwais ou Etienne de Crécy se notavam fortes influências de sonoridades mais ligadas aos anos 80. Também muitos dos trabalhos editados por editoras como a International Deejay Gigolo de DJ Hell, a Psi49net de Anthony Rother, a Environ de Morgan Geist ou a 20/20 Vision de Ralph Lawson também começavam, de certa forma, a indicar o caminho que a 1ª metade do secúlo XXI iria percorrer. Também nesta altura surgiram dois àlbuns que remisturavam temas dos Telex...
No ano 2000 foram editados trabalhos como o Innerstrings dos Blackstrobe (editado pela Output de Trevor Jackson) e o Emerge dos Fischerspooner (editado pela International Deejay Gigolo de DJ Hell), dois trabalhos que vieram a demonstrar que a chegada do Electro e derivados a um novo patamar estava mesmo ao bater da porta. Logo no ano 2000, Dave Clarke, um dos mais famosos DJs de Techno inglês, foi dos 1ºs a apostar nesse tema dos Fischerspooner, o que não era anormal, dado a paixão que esse DJ tem pelo Electro, tendo até sido um dos nomes que mais força deu ás sonoridades Electro durante a década de 90.
Já no ano 2000 são também editados dois àbuns em que os anos 80 se encontram bastante presentes, embora não sejam Electro : Tempovision de Etiénne de Crécy (embora de uma forma bastante subtil), e Strange Attitude de Benjamin Diamond. E o tema Music da Madonna, produzido pelo françês Mirwais soava mais a Electro Old School que outra coisa...
Em 2001 é editado o álbum Discovery dos Daft Punk, também fortemente influenciado por sonoridades muito ligadas aos anos 80, ou seja, um álbum com muitas influências de Electro, cheio de "vocoders" e com uma sonoridade bastante pop. Mas é entre meados e fim desse ano que surgem os álbuns e/ou temas chave do ressurgimento em força do Electro : Ladytron-604, Felix Da Housecat-Kittenz And Thee Glitz, Fischerspooner-#1, The Hacker & Miss Kittin - First Album, Playgroup-Playgroup, Little Computer People-Electro Pop (nos àlbuns), Adult.-Hand To Phone, Tiga & Zyntherius-Sunglasses At Night, Blackstrobe-Me & Madonna, Green Velvet-La La Land, David Carretta-Vicious Games, Metro Area-4 e Vitalic-Poney E.P. (onde vinha o demolidor La Rock 01). Inclusivé os Depeche Mode e os New Order voltaram a editar àlbuns esse ano...
Tem-se de pereceber que ligado a este ressurgimento do Electro está ligados o seguinte factor:
-A música de dança estava a passar por uma enorme fase de estagnação, em que praticamente só vivia à base de grandes nomes, mas que tocavam "sets" massacrantes e secantes, sem nada de novo ou fresco. Ora o "ressuscitar" do Electro injectou a mais que necessária frescura, e voltou a levar muita gente a escutar e/ou produzir com prazer música electrónica.
Em 2002 os "media" começaram a chamar a este novo movimento Electroclash, nome de um festival de Nova Iorque, idealizado por Larry Tee, em que participavam nomes ligados ao Electro-Pop, Electro-Punk e até ao de novo re-emergente Punk-Funk. Nunca concordei com esta designação, dado que era um nome de um festival, e de repente começou-se a apelidar de Electroclash coisas que já eram antigas, como o Sweet Dreams dos Eurythmics, ou coisas que não eram Electro de todo, como os temas de gente como os Rapture, mais ligados ao Punk-Funk.
E, subitamente, estilos como o House, o Techno, o Punk começaram a ser fortemente influenciados por estas sonoridades mais ligadas ao Electro. E nomes como David Carretta, Kiko ou Terence Fixmer começaram também a produzir temas fortemente influenciados por Electronic Body Music (EBM). E a cena do chamado Neo Italo-Disco também sofreu um enorme impulso com o ressurgimento do Electro, com nomes como Metro Area, Daniel Wang, Legowelt, Bangkok Impact/Putsch 79 ou Alden Tyrell. Inclusivé nomes ligados ao Italo-Disco original como Alexander Robotnick voltaram a surgir na cena musical...
Também nomes mais ligados ao Minimal Techno, como Michael Mayer, Justus Kohncke, Mathew Jonson ou Superpitcher não foram alheios a este ressurgimento do Electro.
Estrelas pop como Madonna ou Kylie Minogue tanmbém não ficaram alheias a este novo ressurgimento. O tema Can`t Get You Out Of My Head era muito devedor das produções electrónicas de Giorgio Moroder, e no vídeo existiam referências subtis aos Kraftwerk, que também decidiram regressar com àlbum de originais há dois anos. E não esquecer que a Kylie Minogue tem sabido escolher nos últimos tempos remisturadores ligados ao Electro e derivados como Riton, Alter Ego, Whitey ou Mylo...
Não esquecer outros nomes importantes como DJ T, M.A.N.D.Y., Steve Barnes, Tiefschwarz, Mu, Kiki, Ellen Allien, 2 Many DJs, Jesper Dahlback, Peaches, Electronicat, o 2º àlbum dos Goldfrapp...
Esta nova força adquirida pelo Electro também foi, na minha modesta opinião, a catalizadora do ressurgimento da cenaPost-Punk/Punk-Funk e do House de Chicago "circa" 1987/88.
Veio também criar um novo conceito de DJ set, em que se mistura sem qualquer problema temas antigos com temas novos, e esses temas podem ser de diversos estilos, o que não causa monotonia.
E num mesmo tema pode-se ouvir "arpeggios" tipicamente "moroderianos" misturado com um baixo tipicamente Joy Division/New Order.
Será que este ressurgimento do Electro veio para ficar, ou será uma moda passageira? Na minha opinião veio para ficar...mas só o futuro o dirá...
Compilações indispensáveis para quem queira perceber este ressurgimento do Electro:
Futurism vols. 1 e 2
Rebelfuturism vol. 1
American Gigolo mixed by Tiga
As compilações da Gigolo da nº 4 até à nº 6
DJ Kicks de Playgroup
DJ Kicks de Tiga
How To Kill The DJ mixado por Ivan Smagghe
Nag Nag Nag
terça-feira, maio 17, 2005
Tristezas...
Foi uma semana que começou mal, esta...
Faleceu aquele que, na minha opinião, era um dos melhores jornalistas musicais do nosso país, o grande Fernando Magalhães.
Não o conhecia pessoalmente, mas costumava ler com bastante interesse tudo o que ele escrevia ( e o humor com que ele escrevia certos textos era impagável...), e também gostava bastante das participações dele no Fórum Sons.
E foi também hoje noticiado que a uma das minhas artistas pop favoritas, a Kylie Minogue, foi-lhe detectado um cancro nos seios...
Foi uma semana que não começou nada bem...
Faleceu aquele que, na minha opinião, era um dos melhores jornalistas musicais do nosso país, o grande Fernando Magalhães.
Não o conhecia pessoalmente, mas costumava ler com bastante interesse tudo o que ele escrevia ( e o humor com que ele escrevia certos textos era impagável...), e também gostava bastante das participações dele no Fórum Sons.
E foi também hoje noticiado que a uma das minhas artistas pop favoritas, a Kylie Minogue, foi-lhe detectado um cancro nos seios...
Foi uma semana que não começou nada bem...
domingo, maio 15, 2005
Crónicas Nocturnas # 21
Na quinta fui, mais o meu grande amigo Flávio, jantar ao novo restaurante que abriu ao lado do Baco, que se especializa nas comidas indianas e italianas, e devo de dizer que gostei muito, e que o recomendo vivamente. Comeu-se bem, fomos bem atendidos, "staff" muito simpático...vão lá que não se irão arrepender.
A seguir demos uma voltinha por Setúbal...começámos por ir ao Roda do Leme (que está na mesma...), a seguir fomos ao ID, em que estava a tocar um cd, que me pareceu "mixado" com temas horrorosos, em que a única música de jeito era o Let`s Get Ill dos P-Diddy, e na sequência dessa vinha o inenarrável Summer Jam...que raio de sequência...A seguir fomos beber um copo ao Baco, que estava na boa-onda do costume...
A seguir dirigimo-nos a Lisboa, para irmos ao Lux, pois nessa noite iria lá estar o grande Laurent Garnier. Entrámos no Lux, e estivémos no bar a ouvir temas de bandas como Whithey, LCD Soundsystem ou Radio 4, até que por volta das duas e tal foi aberto o acesso para a Discoteca. Por lá se encontrava já Rui Vargas a iniciar a sessão, desta feita com um palco montado na parte de baixo (Laurent Garnier gosta de ter contacto próximo com o público que o ouve). Rui Vargas tocou 3 discos, e a seguir passou os comandos para Laurent Garnier, que assim iniciou uma autêntica viagem musical...foram ouvidos temas como #37 da dupla Del Costa e Pedro Goya (só prova que estes meus conterrâneos estão no bom caminho...), The Chase de Giorgio Moroder, Break Dance Electric Boogie dos West Street Mob, Planet Claire dos B 52s, uma remistura do Break On Through dos Doors, Join In The Chant dos Nitzer Ebb, Can You Feel It de Mr. Fingers, Neue Luthersche Fraktur de Michael Mayer, On Repeat dos LCD Soundsystem ou Crispy Bacon do próprio Garnier...como se pode ver, muito eclético (House, Detroit e Minimal Techno, Electro e derivados, Hip-Hop, EBM, New-Wave, Disco-Sound, etc...) e muita qualidade. (ainda por lá ouvi temas de Derrick May e Jeff Mills cujos nomes não me consigo recordar neste momento...).
Momento da noite : quando Laurent Garnier toca o French Kiss do Lil Louis e a seguir passa o Love To Love You Baby da Donna Summer...uma sequência altamente orgásmica...
Mais uma noite para recordar...que volte outra vez. O ambiente estava muito bom, muita gente, muitas miúdas giras...e era uma quinta-feira...
Na sexta fui mais uma vez passar música ao Baco, e foi novamente uma noite com muito boa-onda, e onde as sonoridades que toco parecem-me sempre bem recebidas por quem frequenta o Baco. A seguir fui, em conjunto com o meu amigo Zye ao ADN, onde estavam o Mr. Simon e a Carla Menitra a passar música. Quando entrámos Carla Menitra tocava um Hip-Hop de qualidade, e antes de o Simões entrar, ainda tocou temas como I Feel For You da Chakha Khan ou (Jus`) Knee Deep dos Funkadelic. O Simões entrou depois com o Funky Town dos Lipps Inc, e a seguir enveredou por sonoridades mais House. Quando a Carla Menitra reentrou, voltou a tocar Hip-Hop, tendo a partir daí a noite esfriado um pouco, pois parece que quem estava no ADN quereria ouvir coisas mais mexidas, o que levou a que o pessoal a pouco e pouco fosse saíndo do ADN. No fim tocou dois temas de R n B que, não sendo maus, começavam-me a trazer recordações de certos sítios que eu não gosto de frequentar...À saída do ADN, uma pessoa ligada ao ADN dizia-me que aquilo não era bem música para ali. Apesar de ter gostado de praticamente tudo o que ouvi, sou obrigado a concordar com essa pessoa...
No sábado, eu e o Zye fomos tocar ao La Bohémme, para mais uma sessão por entre o Downtempo, o Electro e derivados, algum House e anos 80...E devo de dizer que correu bastante bem. E a seguir fomos para casa, que não havia nada que nos despertasse muito a atenção na noite setubalense...
A seguir demos uma voltinha por Setúbal...começámos por ir ao Roda do Leme (que está na mesma...), a seguir fomos ao ID, em que estava a tocar um cd, que me pareceu "mixado" com temas horrorosos, em que a única música de jeito era o Let`s Get Ill dos P-Diddy, e na sequência dessa vinha o inenarrável Summer Jam...que raio de sequência...A seguir fomos beber um copo ao Baco, que estava na boa-onda do costume...
A seguir dirigimo-nos a Lisboa, para irmos ao Lux, pois nessa noite iria lá estar o grande Laurent Garnier. Entrámos no Lux, e estivémos no bar a ouvir temas de bandas como Whithey, LCD Soundsystem ou Radio 4, até que por volta das duas e tal foi aberto o acesso para a Discoteca. Por lá se encontrava já Rui Vargas a iniciar a sessão, desta feita com um palco montado na parte de baixo (Laurent Garnier gosta de ter contacto próximo com o público que o ouve). Rui Vargas tocou 3 discos, e a seguir passou os comandos para Laurent Garnier, que assim iniciou uma autêntica viagem musical...foram ouvidos temas como #37 da dupla Del Costa e Pedro Goya (só prova que estes meus conterrâneos estão no bom caminho...), The Chase de Giorgio Moroder, Break Dance Electric Boogie dos West Street Mob, Planet Claire dos B 52s, uma remistura do Break On Through dos Doors, Join In The Chant dos Nitzer Ebb, Can You Feel It de Mr. Fingers, Neue Luthersche Fraktur de Michael Mayer, On Repeat dos LCD Soundsystem ou Crispy Bacon do próprio Garnier...como se pode ver, muito eclético (House, Detroit e Minimal Techno, Electro e derivados, Hip-Hop, EBM, New-Wave, Disco-Sound, etc...) e muita qualidade. (ainda por lá ouvi temas de Derrick May e Jeff Mills cujos nomes não me consigo recordar neste momento...).
Momento da noite : quando Laurent Garnier toca o French Kiss do Lil Louis e a seguir passa o Love To Love You Baby da Donna Summer...uma sequência altamente orgásmica...
Mais uma noite para recordar...que volte outra vez. O ambiente estava muito bom, muita gente, muitas miúdas giras...e era uma quinta-feira...
Na sexta fui mais uma vez passar música ao Baco, e foi novamente uma noite com muito boa-onda, e onde as sonoridades que toco parecem-me sempre bem recebidas por quem frequenta o Baco. A seguir fui, em conjunto com o meu amigo Zye ao ADN, onde estavam o Mr. Simon e a Carla Menitra a passar música. Quando entrámos Carla Menitra tocava um Hip-Hop de qualidade, e antes de o Simões entrar, ainda tocou temas como I Feel For You da Chakha Khan ou (Jus`) Knee Deep dos Funkadelic. O Simões entrou depois com o Funky Town dos Lipps Inc, e a seguir enveredou por sonoridades mais House. Quando a Carla Menitra reentrou, voltou a tocar Hip-Hop, tendo a partir daí a noite esfriado um pouco, pois parece que quem estava no ADN quereria ouvir coisas mais mexidas, o que levou a que o pessoal a pouco e pouco fosse saíndo do ADN. No fim tocou dois temas de R n B que, não sendo maus, começavam-me a trazer recordações de certos sítios que eu não gosto de frequentar...À saída do ADN, uma pessoa ligada ao ADN dizia-me que aquilo não era bem música para ali. Apesar de ter gostado de praticamente tudo o que ouvi, sou obrigado a concordar com essa pessoa...
No sábado, eu e o Zye fomos tocar ao La Bohémme, para mais uma sessão por entre o Downtempo, o Electro e derivados, algum House e anos 80...E devo de dizer que correu bastante bem. E a seguir fomos para casa, que não havia nada que nos despertasse muito a atenção na noite setubalense...
sábado, maio 14, 2005
Cardápio Nocturno
Hoje irei estar em conjunto com o Zye para mais uma sessão no La Bohémme.
No Beach Club, em Troia, estará o SidJay, para uma House Session.
No Marr, estará o Mr. Simon.
E no Lux, em Lisboa, a francesa Chloe, habitual cúmplice de Ivan Smagghe nas noites How To Kill The DJ em Paris. A não perder.
No Beach Club, em Troia, estará o SidJay, para uma House Session.
No Marr, estará o Mr. Simon.
E no Lux, em Lisboa, a francesa Chloe, habitual cúmplice de Ivan Smagghe nas noites How To Kill The DJ em Paris. A não perder.
sexta-feira, maio 13, 2005
Fusion Goes Clubbing@Baco
Hoje irei estar no Baco para mais uma sessão de Electro e derivados, Punk-Funk, Disco-Sound, Acid-House e outras coisas dançáveis.
p.s.No La Bohémme irá estar o Abel Santos, no ADN irá estar o Mr. Simon em conjunto com a Carla Menitra, e num bar que é o Quartel, perto do Outão, irão estar o SidJay e o Pedro Tiago para mais uma sessão de House de qualidade.
p.s.No La Bohémme irá estar o Abel Santos, no ADN irá estar o Mr. Simon em conjunto com a Carla Menitra, e num bar que é o Quartel, perto do Outão, irão estar o SidJay e o Pedro Tiago para mais uma sessão de House de qualidade.
domingo, maio 08, 2005
Crónicas Nocturnas # 20
Na quarta, eu e o Zye decidimos ir beber um copo ao La Bohémme. Só que ao chegarmos à porta, vimos que o La Bohémme se encontrava fechado, devido a certas circustâncias de força maior.
Decidimos então ir visitar dois dos novos bares que entretanto abriram na noite setubalense, o Mix Club e o X-Tra Café.
Chegámos ao Mix Club, e gostámos bastante do espaço. Côr branca, bem iluminado, com uma cabine de DJ bem situada e bem apetrechada. Estive a falar com o DJ residente, o grande Pedro Monchique, que me disse que o bar tem estado a funcionar bem e que tem tentado apostar mais num House de qualidade. Ficou no ar uma possibilidade de lá se ir fazer umas coisas giras.
A seguir fomos ver o X-Tra Café. Assim que entrámos, todos os olhares se viraram para nós, o que me deu vontade de rir. São aqueles tais olhares censurantes a tudo o que é diferente ou que se comporta de forma diferente do normal por aqueles sítios, e de que já falei neste blog...decerto uma das razões porque existe cada vez mais a gente a procurar espaços alternativos...O espaço até está engraçadito, mas não passa de um bar/café igual a tantos outros da noite setubalense. A cabine do DJ então é quase inexistente, é no extremo direito do balcão e se o DJ fôr alto ainda se arrisca a bater com a cabeça na esquina...Comentámos entre nós que este deve de ser o bar para onde vai a malta que vê a entrada recusada nos restantes bares "pop e (pseudo) fashion"...Eheheheh.
A seguir fomos beber um copo ao Baco, onde acabámos a nossa (curta) deambulação nocturna.
Na sexta, eu e o Zye fomos tocar ao La Bohémme, e mais uma vez correu bastante bem. Tocámos sonoridades por entre o Downtempo, o Electro e derivados (tendência mais soft), algum House e no fim da noite alguns "hits" dos anos 80...
A seguir fomos ao ADN, onde estava o Pedro Viegas a passar som. Onda bastante eclética, com Breakbeat, Electro, Funk e Hip-Hop. Ouvi por lá uma versão do Insane In The Brain dos Cypress Hill que nunca tinha ouvido. Mais uma noite com boa onda, e com malta que decerto decidiu escapar a certos olhares censurantes...e fizeram muito bem.
No sábado fui ao Baco para mais uma das minhas habituais sessões que andam sempre por entre o Punk-Funk, Disco-Sound, Electro e derivados e Acid-House. Mais uma noite com boa onda, e com o pessoal a aderir bem ao que eu toquei. Também no Baco voltei a ver malta que se anda a escapar aos olhares censurantes...Foi também o dia de anos de um dos barmans maravilha do Baco, o João Gabriel (que contes muitos mais, ragazzo), motivo extra para festejar. Ao lado do Baco abriu agora um restaurante que tanto confecciona comida indiana como italiana...Esperemos que tenham sorte, e a ver se também vou lá um dia destes comer.
A seguir fui ao Newave, para mais um aniversário, desta vez do grande Sid. O Newave estava com um ambiente bastante bom, pois estavam por lá grande parte dos DJs e apreciadores de House (e outras sonoridades dançáveis...) de Setúbal, que criam logo um ambiente "cool" e boa onda. Quando cheguei já os grandes Manu, Simões e Jacklynne haviam tocado, encontrando-se o aniversariante na cabine, que nos proporcionou uma viagem por sonoridades House de qualidade, com um ou outro tema a roçarem sonoridades mais pesadas, mas sempre agradável e "groovy". A seguir entrou o grande Pedro Tiago, que enveredou por sonoridades mais ligadas ao Funky Electronic House "à lá Brett Johnson" e também ao Acid-House. Depois finalizou-se a sessão com todos os DJs que participaram a tocarem um disco cada um. Mais uma noite bem passada. Não terá sido desta vez que se ouviu New Wave no Newave (se bem que se ouviram temas com "basslines" muito devedoras dessa época), mas em contrapartida ouviu-se House de qualidade.
Ao sair do Newave, ainda passei à porta do SpyClub, donde saia uma qualquer tribalada ranhosa, e fiquei a pensar o seguinte...com tanto DJ de Setúbal e arredores a passar música dançável de qualidade (seja no Electro e derivados, seja no House, seja no Breakbeat, etc), porque é que ninguém aposta num espaço alternativo que feche mais tarde, ou porque é que o próprio SpyClub, com dois pisos diferentes, não aposta em sonoridades mais alternativas num deles (de preferência no da parte de cima...)?É que pelo que vejo existem pessoas em número suficiente para encher um "dancefloor" numa casa dessas, e pelos vistos parece cada vez mais haver procura por casas de teor mais alternativo por parte de muita gente, onde geralmente existe mais tolerância por parte de quem as frequenta... São daqueles pensamentos que me assaltam por vezes...
Decidimos então ir visitar dois dos novos bares que entretanto abriram na noite setubalense, o Mix Club e o X-Tra Café.
Chegámos ao Mix Club, e gostámos bastante do espaço. Côr branca, bem iluminado, com uma cabine de DJ bem situada e bem apetrechada. Estive a falar com o DJ residente, o grande Pedro Monchique, que me disse que o bar tem estado a funcionar bem e que tem tentado apostar mais num House de qualidade. Ficou no ar uma possibilidade de lá se ir fazer umas coisas giras.
A seguir fomos ver o X-Tra Café. Assim que entrámos, todos os olhares se viraram para nós, o que me deu vontade de rir. São aqueles tais olhares censurantes a tudo o que é diferente ou que se comporta de forma diferente do normal por aqueles sítios, e de que já falei neste blog...decerto uma das razões porque existe cada vez mais a gente a procurar espaços alternativos...O espaço até está engraçadito, mas não passa de um bar/café igual a tantos outros da noite setubalense. A cabine do DJ então é quase inexistente, é no extremo direito do balcão e se o DJ fôr alto ainda se arrisca a bater com a cabeça na esquina...Comentámos entre nós que este deve de ser o bar para onde vai a malta que vê a entrada recusada nos restantes bares "pop e (pseudo) fashion"...Eheheheh.
A seguir fomos beber um copo ao Baco, onde acabámos a nossa (curta) deambulação nocturna.
Na sexta, eu e o Zye fomos tocar ao La Bohémme, e mais uma vez correu bastante bem. Tocámos sonoridades por entre o Downtempo, o Electro e derivados (tendência mais soft), algum House e no fim da noite alguns "hits" dos anos 80...
A seguir fomos ao ADN, onde estava o Pedro Viegas a passar som. Onda bastante eclética, com Breakbeat, Electro, Funk e Hip-Hop. Ouvi por lá uma versão do Insane In The Brain dos Cypress Hill que nunca tinha ouvido. Mais uma noite com boa onda, e com malta que decerto decidiu escapar a certos olhares censurantes...e fizeram muito bem.
No sábado fui ao Baco para mais uma das minhas habituais sessões que andam sempre por entre o Punk-Funk, Disco-Sound, Electro e derivados e Acid-House. Mais uma noite com boa onda, e com o pessoal a aderir bem ao que eu toquei. Também no Baco voltei a ver malta que se anda a escapar aos olhares censurantes...Foi também o dia de anos de um dos barmans maravilha do Baco, o João Gabriel (que contes muitos mais, ragazzo), motivo extra para festejar. Ao lado do Baco abriu agora um restaurante que tanto confecciona comida indiana como italiana...Esperemos que tenham sorte, e a ver se também vou lá um dia destes comer.
A seguir fui ao Newave, para mais um aniversário, desta vez do grande Sid. O Newave estava com um ambiente bastante bom, pois estavam por lá grande parte dos DJs e apreciadores de House (e outras sonoridades dançáveis...) de Setúbal, que criam logo um ambiente "cool" e boa onda. Quando cheguei já os grandes Manu, Simões e Jacklynne haviam tocado, encontrando-se o aniversariante na cabine, que nos proporcionou uma viagem por sonoridades House de qualidade, com um ou outro tema a roçarem sonoridades mais pesadas, mas sempre agradável e "groovy". A seguir entrou o grande Pedro Tiago, que enveredou por sonoridades mais ligadas ao Funky Electronic House "à lá Brett Johnson" e também ao Acid-House. Depois finalizou-se a sessão com todos os DJs que participaram a tocarem um disco cada um. Mais uma noite bem passada. Não terá sido desta vez que se ouviu New Wave no Newave (se bem que se ouviram temas com "basslines" muito devedoras dessa época), mas em contrapartida ouviu-se House de qualidade.
Ao sair do Newave, ainda passei à porta do SpyClub, donde saia uma qualquer tribalada ranhosa, e fiquei a pensar o seguinte...com tanto DJ de Setúbal e arredores a passar música dançável de qualidade (seja no Electro e derivados, seja no House, seja no Breakbeat, etc), porque é que ninguém aposta num espaço alternativo que feche mais tarde, ou porque é que o próprio SpyClub, com dois pisos diferentes, não aposta em sonoridades mais alternativas num deles (de preferência no da parte de cima...)?É que pelo que vejo existem pessoas em número suficiente para encher um "dancefloor" numa casa dessas, e pelos vistos parece cada vez mais haver procura por casas de teor mais alternativo por parte de muita gente, onde geralmente existe mais tolerância por parte de quem as frequenta... São daqueles pensamentos que me assaltam por vezes...
sexta-feira, maio 06, 2005
Cardápio Nocturno
Hoje, sexta, vou estar, em conjunto com o Zye, no La Bohémme, sonoridades por entre algum Lounge/Downtempo, Electro e derivados, Punk-Funk, House, 80s, etc...
Também, no ADN, Pedro Viegas (Journeys/Hot Hat) para mais uma sessão que andará por entre o Funk, Rock, Electro e Breakbeat.
Amanhã, sábado, Fusion Goes Clubbing @ Baco, pois irei estar eu no Baco para mais uma sessão por entre o Punk-Funk, Electro e derivados, Acid-House e outras coisas igualmente dançáveis.
No La Bohémme estará o Abel Santos para mais uma das suas sessões ecléticas.
No Desassossego estará o Gino, para mais uma das suas sessões "rockeiras", mas que às vezes descambam (mas no bom sentido, claro está...) para outras coisas...
No Newave estarão o SidJay, o Pedro Tiago, a Jacklynne e o Simões, mais conhecido por Mr. Simon, para uma sessão em que deverão predominar as linguagens mais ligadas ao House, e quem sabe se até não se irá ouvir New Wave no Newave, dado que o Simões também gosta bastante de artistas ligados a esse movimento, tal como B 52s, Blondie, Duran Duran, etc...Ah, e dêem os parabéns ao SidJay, que faz anos.
Também, no ADN, Pedro Viegas (Journeys/Hot Hat) para mais uma sessão que andará por entre o Funk, Rock, Electro e Breakbeat.
Amanhã, sábado, Fusion Goes Clubbing @ Baco, pois irei estar eu no Baco para mais uma sessão por entre o Punk-Funk, Electro e derivados, Acid-House e outras coisas igualmente dançáveis.
No La Bohémme estará o Abel Santos para mais uma das suas sessões ecléticas.
No Desassossego estará o Gino, para mais uma das suas sessões "rockeiras", mas que às vezes descambam (mas no bom sentido, claro está...) para outras coisas...
No Newave estarão o SidJay, o Pedro Tiago, a Jacklynne e o Simões, mais conhecido por Mr. Simon, para uma sessão em que deverão predominar as linguagens mais ligadas ao House, e quem sabe se até não se irá ouvir New Wave no Newave, dado que o Simões também gosta bastante de artistas ligados a esse movimento, tal como B 52s, Blondie, Duran Duran, etc...Ah, e dêem os parabéns ao SidJay, que faz anos.
domingo, maio 01, 2005
Crónicas Nocturnas # 19
Bem, este foi um fim-de-semana bastante movimentado...
Quinta fui, em conjunto com o Abel, ao Lux , para vermos um dos pioneiros e também lenda viva do Hip-Hop, o grande (em todos os sentidos) Afrika Bambaataa.
Chegamos ao Lux, e estava o Tiago Miranda, no Bar, a passar som, com sonoridades que vão do Funk, ao Disco-Sound, ao Punk-Funk e ao Hip-Hop, muito em consonânca com o espírito da noite, diga-se de passagem.
Por volta da 1:30 da manhã abre a Discoteca, e a Yen Sung inicia a sessão, também por entre sonoridades ligadas ao Funk e ao Hip-Hop (tocou um tema de que gosto bastante, o You´re All I Need To Get By da Mary J Blige em conjunto com o Method Man dos Wu-Tang Clan), antes de passar os comandos a Afrika Bambaataa, que aliás fez bastante vezes papel de "Master Of Cerrimonies", ao apelar e incitar ao movimento corporal do público presente, que por sua vez inicia o set com um tema de Electro Old-School, o Let The Music Play da Shannon. A partir daí foi uma viagem musical por entre estilos como o Funk, o Disco-Sound, o Hip-Hop Old School, o Electro Old School, Breakbeat, algum Dancehall, algum Funk Carioca e uma remistura breakbeat do You Shook Me All Night Long dos AC DC, e no fim desse tema ouviu-se ainda a inconfundível voz de John Bon Jovi a cantar You Give Love A Bad Name...eheheheheheh, mas foi só ameaça mesmo. Sem surpresas, um dos nomes mais ouvidos no set foi o padrinho do Funk, o grande James Brown, de quem Afrika Bambaataa é grande fã. Durante o set de Afrika Bambaataa assistiu-se a uma enorme "battle" de Breakdance, e diga-se de passagem que os "combatentes" eram todos bastante bons. Fez-me lembrar quando também eu dançava Breakdance há un 20 anos atrás...Agora já não tenho nem corpo nem elasticidade para tal...Durante vários momentos foi como se tivéssemos sido transportados para uma qualquer festa de Hip-Hop do início dos ano 80...
Findo o set de Afrika Bambaataa, começou o Mr. Cheeks, também dentro de uma toada mais "funky". Estivemos a ouvi-lo um bocado, mas depois decidimos ir ver como estava o Bar. Nessa altura já se encontrava o Nuno Rosa ao comando da cabine do Bar, e os temas que ele estava a tocar foram-nos fazer ficando lá no Bar. Foi um set por entre o Electro-House, o Acid-House, o Punk-Funk e também coisas como Somebody´s Watching Me dos Rockwell, Join In The Chant dos Nitzer Ebb ou Atomic dos Blondie, tema que fechou a sessão.
Excelente noite, e Lux completamente à pinha nos dois pisos...
Na sexta fui tocar em conjunto com o Henri ao ADN, e foi uma noite que nos correu muito bem, tanto a nível musical como a nível de público. Tanto eu como o Henri conseguimos encadear bem um com o outro, e andámos em sonoridades que percorreram diversos estilos como o Punk-Funk, o Disco-Sound, o Electro e derivados, Acid-House e até Breakbeat. E um grande obrigado a toda a gente que nos foi lá apoiar e/ou dançar ao ADN, esperemos que tenham gostado da nossa sessão, e que a possamos repetir brevemente...Pena o ADN ter de fechar tão cedo, porque quando desligámo a música a casa estava completamente à pinha, mas a lei é para se cumprir...
No sábado, de regresso ao Lux, mas desta vez com o Zye, e para ver outro grande senhor, o françês Ivan Smagghe, que felizmente desta vez não perdeu o avião.
Chegámos ao Lux por volta da uma e pouco da manhã, e estava o Nuno Rosa na cabine do Bar, mas desta vez a passar coisas dentro do Indie-Rock, do Punk-Funk e alguns temas dos anos 80, como o Tears Are Not Enough dos ABC ou Shout dos Tears For Fears, mas nas suas versões 12".
Por volta das duas abriu a Discoteca, e lá fomos nós. Rui Vargas já se encontrava ao comando da cabine, e até às 3:30 demonstrou o porquê de ser considerado um dos melhores DJs nacionais. No início começou por tocar uns temas muito devedores de sonoridades mais ligadas ao Disco-Sound, mas depois evoluiu para temas mais ligados ao Electro-House e ao Acid-House. Às 3:30 entrega o comando da cabine ao grande Ivan Smagghe, e foi um set brutal, mas no bom sentido. Dotado de um grande sentido do que faz mover uma pista de dança, Ivan Smagghe moveu-se com um grande à-vontade por entre estilos como o Electro-House, o Electro-Techno, o Minimal Techno/House típico de editoras como a Kompakt, a Sender ou a Poker Flat, o Acid-House e até temas fortemente influenciados pela EBM. E só consegui reconhecer dois dos temas que ele tocou, e já sei que vou passar uns mesitos a comprar coisas que esse SENHOR tocou nessa noite...Público completamente em delírio. A parte da Discoteca esteve quase sempre a abarrotar, e o Zye, que foi por uns poucos minutos ver como estava o Bar, disse-me que também se encontrava muito movimentado. Às 7:40 acaba a sessão, já num 2º "encore", com um tema que soava a uma mistura entre os Blackstrobe (um dos projectos de que Ivan Smagghe faz parte) e os Depeche Mode. Novo tema dos Blackstrobe? Outro dos temas fortes da noite, que tanto foi tocado por Rui Vargas como por Ivan Smagghe, foi um tema de Acid-House típico em que se ouvia constantemente a palavra "Ecstasy". Será uma produção antiga ou uma moderna a emular esse género de sonoridades?
Enfim...duas grandes noites no Lux.
p.s. São indivíduos como o Afrika Bambaataa e o Ivan Smagghe, cada um dentro do seu estilo, que muito fazem pela missão de educar e divertir ao mesmo tempo quem os ouve, e são para mim o exemplo a seguir... Tenho muita pena que muita gente que trabalha (e frequenta) na noite setubalense não se dê ao trabalho de ir ver nomes destes. A esmagadora maioria dos DJs ( e também outras pessoas ligadas à noite) que trabalham na noite setubalense deveriam ir ouvir nomes como estes, para ver se alargam os seus horizontes musicais, e que vejam que não devem ter medo de arriscar. E sente-se na noite de Setúbal uma vontade de mudança, porque, como estou farto de mencionar aqui no blog, cada vez mais se vê nos sítios "underground" pessoas que costumam ou costumavam andar por sítios "pop e (pseudo) fashion", o que indicia uma cada vez maior saturação na frequência de sítios desses. E a muitas dessas pessoas deve-lhes saber bem o poderem divertir-se sem olhares censurantes...Só não se apercebe destes sinais quem não quer ou quem é cego...E na noite em que estive no ADN estiveram lá pessoas dessas, e que enquanto lá estiveram se divertiram, o que para mim é muito positivo...
Se calhar está na altura de se começar a apostar em casas e pessoas com outro tipo de mentalidade, porque me parece que certos modelos de casas, certos modelos de DJing e certos modos de percepcionar a noite estão à beira da ruptura...E quem pensa que é em abrir casas "pop e (pseudo) fashion" que se vai encher de dinheiro, está muito enganado...Porque aí o mercado já está mais que explorado...
Quinta fui, em conjunto com o Abel, ao Lux , para vermos um dos pioneiros e também lenda viva do Hip-Hop, o grande (em todos os sentidos) Afrika Bambaataa.
Chegamos ao Lux, e estava o Tiago Miranda, no Bar, a passar som, com sonoridades que vão do Funk, ao Disco-Sound, ao Punk-Funk e ao Hip-Hop, muito em consonânca com o espírito da noite, diga-se de passagem.
Por volta da 1:30 da manhã abre a Discoteca, e a Yen Sung inicia a sessão, também por entre sonoridades ligadas ao Funk e ao Hip-Hop (tocou um tema de que gosto bastante, o You´re All I Need To Get By da Mary J Blige em conjunto com o Method Man dos Wu-Tang Clan), antes de passar os comandos a Afrika Bambaataa, que aliás fez bastante vezes papel de "Master Of Cerrimonies", ao apelar e incitar ao movimento corporal do público presente, que por sua vez inicia o set com um tema de Electro Old-School, o Let The Music Play da Shannon. A partir daí foi uma viagem musical por entre estilos como o Funk, o Disco-Sound, o Hip-Hop Old School, o Electro Old School, Breakbeat, algum Dancehall, algum Funk Carioca e uma remistura breakbeat do You Shook Me All Night Long dos AC DC, e no fim desse tema ouviu-se ainda a inconfundível voz de John Bon Jovi a cantar You Give Love A Bad Name...eheheheheheh, mas foi só ameaça mesmo. Sem surpresas, um dos nomes mais ouvidos no set foi o padrinho do Funk, o grande James Brown, de quem Afrika Bambaataa é grande fã. Durante o set de Afrika Bambaataa assistiu-se a uma enorme "battle" de Breakdance, e diga-se de passagem que os "combatentes" eram todos bastante bons. Fez-me lembrar quando também eu dançava Breakdance há un 20 anos atrás...Agora já não tenho nem corpo nem elasticidade para tal...Durante vários momentos foi como se tivéssemos sido transportados para uma qualquer festa de Hip-Hop do início dos ano 80...
Findo o set de Afrika Bambaataa, começou o Mr. Cheeks, também dentro de uma toada mais "funky". Estivemos a ouvi-lo um bocado, mas depois decidimos ir ver como estava o Bar. Nessa altura já se encontrava o Nuno Rosa ao comando da cabine do Bar, e os temas que ele estava a tocar foram-nos fazer ficando lá no Bar. Foi um set por entre o Electro-House, o Acid-House, o Punk-Funk e também coisas como Somebody´s Watching Me dos Rockwell, Join In The Chant dos Nitzer Ebb ou Atomic dos Blondie, tema que fechou a sessão.
Excelente noite, e Lux completamente à pinha nos dois pisos...
Na sexta fui tocar em conjunto com o Henri ao ADN, e foi uma noite que nos correu muito bem, tanto a nível musical como a nível de público. Tanto eu como o Henri conseguimos encadear bem um com o outro, e andámos em sonoridades que percorreram diversos estilos como o Punk-Funk, o Disco-Sound, o Electro e derivados, Acid-House e até Breakbeat. E um grande obrigado a toda a gente que nos foi lá apoiar e/ou dançar ao ADN, esperemos que tenham gostado da nossa sessão, e que a possamos repetir brevemente...Pena o ADN ter de fechar tão cedo, porque quando desligámo a música a casa estava completamente à pinha, mas a lei é para se cumprir...
No sábado, de regresso ao Lux, mas desta vez com o Zye, e para ver outro grande senhor, o françês Ivan Smagghe, que felizmente desta vez não perdeu o avião.
Chegámos ao Lux por volta da uma e pouco da manhã, e estava o Nuno Rosa na cabine do Bar, mas desta vez a passar coisas dentro do Indie-Rock, do Punk-Funk e alguns temas dos anos 80, como o Tears Are Not Enough dos ABC ou Shout dos Tears For Fears, mas nas suas versões 12".
Por volta das duas abriu a Discoteca, e lá fomos nós. Rui Vargas já se encontrava ao comando da cabine, e até às 3:30 demonstrou o porquê de ser considerado um dos melhores DJs nacionais. No início começou por tocar uns temas muito devedores de sonoridades mais ligadas ao Disco-Sound, mas depois evoluiu para temas mais ligados ao Electro-House e ao Acid-House. Às 3:30 entrega o comando da cabine ao grande Ivan Smagghe, e foi um set brutal, mas no bom sentido. Dotado de um grande sentido do que faz mover uma pista de dança, Ivan Smagghe moveu-se com um grande à-vontade por entre estilos como o Electro-House, o Electro-Techno, o Minimal Techno/House típico de editoras como a Kompakt, a Sender ou a Poker Flat, o Acid-House e até temas fortemente influenciados pela EBM. E só consegui reconhecer dois dos temas que ele tocou, e já sei que vou passar uns mesitos a comprar coisas que esse SENHOR tocou nessa noite...Público completamente em delírio. A parte da Discoteca esteve quase sempre a abarrotar, e o Zye, que foi por uns poucos minutos ver como estava o Bar, disse-me que também se encontrava muito movimentado. Às 7:40 acaba a sessão, já num 2º "encore", com um tema que soava a uma mistura entre os Blackstrobe (um dos projectos de que Ivan Smagghe faz parte) e os Depeche Mode. Novo tema dos Blackstrobe? Outro dos temas fortes da noite, que tanto foi tocado por Rui Vargas como por Ivan Smagghe, foi um tema de Acid-House típico em que se ouvia constantemente a palavra "Ecstasy". Será uma produção antiga ou uma moderna a emular esse género de sonoridades?
Enfim...duas grandes noites no Lux.
p.s. São indivíduos como o Afrika Bambaataa e o Ivan Smagghe, cada um dentro do seu estilo, que muito fazem pela missão de educar e divertir ao mesmo tempo quem os ouve, e são para mim o exemplo a seguir... Tenho muita pena que muita gente que trabalha (e frequenta) na noite setubalense não se dê ao trabalho de ir ver nomes destes. A esmagadora maioria dos DJs ( e também outras pessoas ligadas à noite) que trabalham na noite setubalense deveriam ir ouvir nomes como estes, para ver se alargam os seus horizontes musicais, e que vejam que não devem ter medo de arriscar. E sente-se na noite de Setúbal uma vontade de mudança, porque, como estou farto de mencionar aqui no blog, cada vez mais se vê nos sítios "underground" pessoas que costumam ou costumavam andar por sítios "pop e (pseudo) fashion", o que indicia uma cada vez maior saturação na frequência de sítios desses. E a muitas dessas pessoas deve-lhes saber bem o poderem divertir-se sem olhares censurantes...Só não se apercebe destes sinais quem não quer ou quem é cego...E na noite em que estive no ADN estiveram lá pessoas dessas, e que enquanto lá estiveram se divertiram, o que para mim é muito positivo...
Se calhar está na altura de se começar a apostar em casas e pessoas com outro tipo de mentalidade, porque me parece que certos modelos de casas, certos modelos de DJing e certos modos de percepcionar a noite estão à beira da ruptura...E quem pensa que é em abrir casas "pop e (pseudo) fashion" que se vai encher de dinheiro, está muito enganado...Porque aí o mercado já está mais que explorado...
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