Na quarta comecei a noite na Igreja de Santiago em Palmela, onde , em conjunto com pessoal amigo, estive assistir aos concertos de Harald Sack Ziegler e de Micro Audio Waves, inseridos no Festival Encontros de Música Experimental (EME).
O primeiro concerto, de Harald Sack Ziegler, foi bastante interessante e divertido. Harald apresenta-se em palco com um instrumento de sopro que penso ser uma tuba, e começa a soprar nela. Conforme vai produzindo sons com ela, vai também gravando “in vivo” esses mesmos sons em algo que deveria ser uma espécie de “sampler”, para depois os ir fazendo repetir, conforme ia também acrescentando, de forma progressiva, novos sons a esses já gravados, fosse com a tuba, fosse com sons produzidos pela boca (tipo “beatbox”), fosse utilizando um balde de plástico (daqueles que os miúdos costumam levar para a praia), para fazer percurssões com ele, fosse acrescentado também a sua voz, mas distorcida por um megafone. Da maneira que descrevi, até pode parecer que foi um concerto repetitivo, mas foi tudo menos isso.
O segundo concerto, dos Micro Audio Waves, também foi bastante interessante, ouviram-se temas novos que irão fazer parte do próximo álbum, que irá suceder ao No Waves. O início do concerto foi com a vocalista, a Cláudia, a declamar o diálogo que o computador HAL 9000 tem com Dave, ao ser desligado, no filme 2001-Uma Odisseia No Espaço, de Stanley Kubrik . O resto não fugiu muito ao que tem sido habitual nos concertos que tenho visto deles , ou seja, sempre muito competentes, e a Cláudia sempre com aquele ar tão sedutor típico dela. Gostei também dos desenhos que era feitos através de computador, que eram projectados por detrás do palco. Eu e uns amigos , na brincadeira, andávamos a dizer que quem fazia os desenhos era um Design-Jockey...eheheh.
Acabado o concerto, fui para Setúbal, e fui primeiro ao Clube do Rio para deixar o material. Já se encontrava o João e o Paul B a passar som, sonoridades mais comerciais, e já lá estava dentro algum pessoal a começar a aquecer para a noite que se avizinhava, que era o 3º Aniversário do programa de rádio Setúbal Dance Night, no qual participo aos domingos, entre as 21 e a meia-noite, na Rádio Vox de Setúbal.
A seguir ainda fui ao Baco, mas, apesar de ter chegado em cima da hora de fecho, ainda encontrei pessoal amigo, e por lá estive um bocado na conversa. Estava o Papal a passar um bom som, dentro de uma linha mais Progressive, com o Baco ainda animado.
A seguir fomos para o ADN, onde estavam os Internal Sync a passar som. Os Internal Sync são dois amigos de Lisboa, o Manuel e o Filipe, que passam som dentro de uma linha mais virada para o Electro e o Minimal. Quando chegámos o ADN já se encontrava a meio-gás, com o pessoal já a curtir, e depressa encheu. Sempre muito dinâmicos, o Manuel e o Filipe mal davam tempo para o pessoal respirar, só a atirarem autênticas bombas para a pista de dança, coisas como What Day Is It ? de Mike Monday, a remistura de D. Ramirez ao Yeah Yeah dos Bodyrox, a remistura de Dave Clarke ao Emerge dos Fischerspooner, Fireworks de Surkin, Jupiter Room de Digitalism, a remistura de Les Rhythmes Digitales ao From Disco To Disco dos Whirlpool Productions, Paeng Paeng dos Zombie Nation e a “bootleg” AeroVitalic, que surpreendeu o pessoal...eheheheh. Noite muito animada no ADN, e espero ver os Internal Sync de volta a terras sadinas o mais rápido possível..eheheh.
A seguir dirigi-me para o Clube do Rio, onde ia finalizar a noite. Estava o Monchique a passar som, com a ajuda do Guitos nas percurssões, e a pista estava bastante animada, com o pessoal a curtir o som. Estava a ser passado um som mais Tribal, e as percurssões do Guitos ainda acentuavam mais os ritmos tribais. Quando dei início ao set, decidi passar umas coisas que não chocassem muito quem lá estava na pista, como a remistura de Jacques Lu Cont ao Avalon da Juliet ou You Gonna Want Me do Tiga. Depois passei coisas como a remistura de Jean Claude Ades ao Easy de Trick & Kubik ou Electric de Eyerer & Chopstick . Mas acabou por ser um set tipo Eduardo Martins & Friends...eheheheh. Primeiro foi o Rui Pedro a querer passar um disco, depois o Nuno Grassa, um dos DJs mais antigos aqui de Setúbal (RESPECT), depois o Safara e depois a Susana...eheheheh. Acabou por ser engraçado, o pessoal curtiu, e isso é que interessa, pois celebravam-se 3 anos do programa que em Setúbal mais vai tentando divulgar o que de mais recente se vai fazendo na cena electrónica/dança, seja numa vertente mais “underground”, seja numa vertente mais “mainstream”. Um muito obrigado a quem por lá apareceu e se divertiu, e continuem a seguir-nos todos os sábados, entre as 15 e as 18 (para quem gosta de sonoridades mais comerciais), e entre as 21 e as 00 horas todos os domingos (para quem gosta de sonoridades mais “underground”, e onde sou eu que maioritariamente selecciono a “playlist”).
Na quinta, de regresso á minha residência no ADN. Como tem sido mais ou menos habitual, começo sempre por passra coisas mais “discóides”, coisas como a remistura de Todd Terje a Camiño Del Sol de Antena, Another Station de Lindstrom, Mind Phaser de Spiritcatcher, 54 B e Flytoget de Mudd, Leo de Nick Chacona, Over & Over de Material ou a remistura de Soul Mekanik ao Rudebox de Robbie Williams. A seguir enveredei por coisas mais Electro/Acid/Mininimal, coisas como Frau de I Robots, Fehrara de Prins Thomas, a remistura de Jesse Rose ao Veger de Heidi vs Riton, a remistura de Kid Alex ao Why Worry dos Telex, a remistura de Joakim ao Camiño Del Sol de Antena, as remisturas de Dirt Crew tanto áo Time dos Metrika como ao Night Music de Linus Loves, a remistura de Booka Shade ao Oh Yeah! Dos Yellow, entre outras coisas. ADN animadito. Esteve-se mesmo muito bem.
Na sexta fui passar som ao Tasco do Kaneco. Obviamente, tendo em contas as especificidades de um bar como aquele, lá passo um tipo de sonoridades a que geralmente não sou muito associado, mas são também coisas de que gosto. O Kaneco esteve bastante animado, boa-onda. Comecei com coisas mais calmas, como o Biswa Itjema Dub do Homelands de Nithin Shawney , passando para coisas mais Afro como Fanga Alafia dos Drum Dance, tendo a seguir pasado para coisas mais Dubbed-Out Disco, coisas como Ain`t No Stoppin` Us Now dos Risco Connection ou Eat Them Jeans de Phantom Slasher. Depois comecei a enveredar por coisas mais Funk e Funk-Rock, como Manzel, Afrique, Brian Auger, Sly & The Family Stone, Rufus Thomas, Barrabas, Yellow Sunshine, Babe Ruth, O` Jays, Zulema, Ike & Tina Turner, Traffic, Rebirth ou Mandrill. Depois comecei a evoluir para coisas mais Punk-Funk, New-Wave, Post-Punk, New Romantics, coisas como LCD Soundsystem, Who Made Who, Cansei De Ser Sexy, Bloc Party, Franz Ferdinand, Gang Of Four, Le Tigre, Duran Duran, Spandau Ballett, Police, Blondie, Martha & The Muffins, Devo, Squeeze, Bauhaus, Virgin Prunes , Peaches, etc e temas de artistas que, não estando ligados directamente a este tipo de estética, têm sentido passados neste contexto, como o Fashion ou Let`s Dance do David Bowie ou o Angel Eyes dos Roxy Music. No final passei coisa de Rock mais clássico, como Led Zeppellin, Doors, Thin Lizzy, Stealers Wheel, The Who, Stephenwolf, AC DC, etc…A noite pareceu ter corridor bem , e pelo menos o Filipe aka Naf gostou...eheheh.
A seguir fui para o ADN, onde estava o Lúcio Monteiro a passar som, dentro de uma onda mais 80s Funk, com alguns laivos de 70s Funk e Disco-Sound. O ADN estava bastante animado, e o pessoal estava a curtir, apesar de nãio ser um tipo de som a que o pessoal esteka lá muito habituado a ouvir aqui em Setúbal. Recordo-me de ter ouvido coisas como Dancing In The Key Of Life de Steve Arrington, Get Down On It de Kool & The Gang, Don`t Stop Till You Get Enough e Billie Jean do Michael Jackson, Superfreak de Rick James, Le Freak & Good Times dos Chic, Voyage dos Voyage, Let` Groove dos Earth Wind & Fire ou Midas Touch dos Midnight Star. Finalizou-se a sessão, e bem, com Just An Illusion dos Imagination e Sexual Healing de Marvin Gaye. Gostei muito, e só espero voltar a ouvir um tipo de noites assim com mais frequência aqui por Setúbal.
A seguir fui para o Clube do Rio, que estava bem animado, com o Rui Pedro aka Takeshi a passar som. Estava a passar uma cena mais entre o Electro, o Minimal e algum Frech Touch, temas já um bocado conhecidos, mas bastante agradáveis de se ouvir, como Around The World Dos Daft Punk, a remistura de Tiefschwarz ao Kinda New dos Spektrum, etc. Esteve-se bem.
No sábado, após o jantar de anos de um grande amigo, eu e o meu amigo Henri fomos para Lisboa, mais concretamente para o Bairro Alto. Como sempre, muito animado, com as ruas sempre cheias de gente, muito estrangeiros. Enfim, o habitual...eheheh. Começámos a noite no Purex, que ainda estava calmito, e onde passavam sonoridades mais Deep & Soulfull. A seguir fomos para o Clube da Esquina, esse sim, bem mais animado, tanto que na rua onde ele se situa era difícil circular. Mas lá dentro ainda conseguimos arranjar uma mesa para nos sentarmos, e por lá ficámos a conversar e a ouvir a DJ que lá estava, a passar umas sonoridades entre o Soul, o Broken Beat e um Hip-Hop também ele de cariz mais “underground” e “soulfull” (nada a ver com o que é habitual ouvir na MTV...).
A seguir dirigimo-nos para o Clube Mercado, onde iria estar a dupla inglesa Idjut Boys. Ao entrarmos, ainda o Clube Mercado estava calmito, mas já a dupla Music Mob DJs, composta por Señor Pelota e DJ Vahagn nos dava música. E muito boa, dentro de um teor mais “disco”. Recordo-me de ter ouvido o re-edit de Morgan Geist ao Special Agent Man dos Gaz Nevada e a Disco Odissey Mix de Mike Monday ao From Disco To Disco dos Whirlpool Productions. A seguir entraram os Idjut Boys, que pura e simplesmente fizeram um grande set, e puseram um Clube Mercado já bem mais composto ao rubro com sonoridades Disco, Funk, House, Rock e outras coisas igualmente dançáveis. Foi muito variado em termos musicais, e sem medos de ocasionalmente fazer descer os BPMs. Recordo-me de ter ouvido coisas como Wear It Out das Stargard, El Bailara Comigo de Capuccino, Haven`t Been Funked Enough dos Extras, Moody (Spaced Out) das ESG, Let`s Go Dancin` dos Sparque, Woman dos Wolfmother, a remistura de Optimo ao Overflow de Playgroup, Erotic City de Prince, um tema do Paul Simon (de que neste momento não me recordo do nome, mas penso ser do álbum Graceland), uma versão House do Off The Wall do Michael Jackson, um tema que me soou a algo do Patrick Cowley, por entee muita coisa boa que não reconheci, ou de que já não me recordo. Por lá também econtrei o Filipe dos Internal Sync, o Kaspar e o Rui Murka (aliás, é normal das vezes que vou ao Clube Mercado encontrá-los por lá). Mais uma grande noite no Clube Mercado.
p.s. Hoje, na 3ª hora do Setúbal Dance Night_ELECTRÓNICO_ (23H-00H), na Rádio Vox de Setúbal, 100.6, a não perder uma entrevista á dupla Disparo, composta por Mário João Camolas e Miguel Mares. Até lá, entre as 21 e as 23, a música será maioritariamente seleccionada por mim.
domingo, outubro 08, 2006
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