domingo, agosto 20, 2006

Crónicas Nocturnas # 88

Na quinta lá voltei mais uma vez para a minha residência semanal no ADN, que voltou a estar bastante animada. Mais uma vez tive a preciosa ajuda do Abel. Não se fugiu muito ao que se tem feito normalmente nas sessões, com um início mais voltado para sonoridades Disco, enveredando-se depois para sonoridades mais Electro, Minimal, Acid e Detroit.

Na sexta comecei a noite no Baco, onde esteve o Papal a passar som. Estava a boa-onda do costume, e por lá estive a falar com pessoal amigo.

Depois decidi ir ver como estava o Clube do Rio (antigo Spy). Mas antes ainda dei uma volta pela Avenida. Como de costume, a música de má qualidade continua a predominar, mas já achei a Avenida um pouco mais animada do que da última vez que por lá tinha passado, apesar de achar que a Avenida continua uma sombra do que já foi. Entretanto reparei que abriram dois bares novos, o Bubba Bar (onde era o antigo X-tra) e um cujo nome de momento não me recordo, mas que fica mais ou menos em frente ao Design. Não entrei em nenhum, mas estive á porta a ouvir que tipo de sonoridades passavam. O Bubba pareceu-me que envereda por uma onda mais Chill/Lounge/Downtempo, o outro estava a passar Rock dos anos 80 (tipo Seagull). Antes de ir para a Avenida passei pelo Cup O Joe, e achei graça que agora o DJ está na rua, e estava a passar o Freacky Mike do Del Costa & Pedro Goya. E nem por acaso, na Avenida, encontro pouco depois o Goya e a namorada...eheheh.

Chegado ao Clube do Rio, fui atendido de forma educada e simpática por quem está á porta (a contrastar com a forma por vezes arrogante e displicente de quem lá estava no tempo em que era SpyClub). A parte de baixo não estava aberta, e fui para a parte de cima, onde já se encontrava o meu colega, tanto de rádio, como de "profissão", João Moço, aos comandos da cabine de som. A música não era nada ao meu gosto (e o JOão sabe-o...eheheheh), mas é o som que tem de ser passado para o tipo de público que a casa em questão mais atrai, se bem que até ouvi coisas de que gostei, como o tema Kalifornia , do 2 Pac. Engraçado foi também ouvir versões Reggaetton de temas como Walk Like An Egyptian (original das Bangles) ou Careless Whisper (original dos Wham!/George Michael)..e ainda me recordo de ouvir um tema a usar o refrão de I Wanna Dance With Somebody da Whitney Houston...Em termos de decoração, não notei assim grandes alterações, mas o espaço continua bastante agradável. E ainda estava pouca gente, mas ainda era cedo. Estive também a falar com alguns dos responsáveis pela gerência da casa em questão, e estiveram-me a falar de uns projectos que me pareceram interessantes. Quando me fui embora, já a casa estava a ficar mais animada. De realçar que o "staff" sofreu algumas mudanças em relação ao tempo em que era Spy, e, de pouco que vi, pareceu-me para melhor. Ou seja, foi-se buscar quem eu sempre achei que trabalhou lá bem enquanto foi Spy, e foi-se buscar sangue novo. Apesar de não ser o tipo de casa que mais me atrai, desejo as maiores felicidades ao Clube do Rio, e que consiga vingar.

A seguir fui para o ADN, que já estava a começar a ficar animado. Estavam lá o Gomez e o F. Gonzalez a passar som. O Gomez é irmão da minha amiga Maria (aka Xaxão aka Espanhola), e trouxe um amigo lá de Espanha para passar som em conjunto com ele. Cedo o ADN começou a ficar composto (até chegar ao ponto de ficar completamente á pinha), e as sonoridades mais Minimal, Acid e até com algum Techno mais puro fizeram quem lá estava dançar até á exaustão. Montes de malhas desconhecidas (não reconheci quase nada), mas muito dançáveis. Um set muito enérgico, com muito uso de efeitos, mercê de um processador de efeitos que eles trouxeram. No fim, ninguém queria arredar pé, e o Cláudio e o Zé viram-se obrigados a deixá-los pasar mais umas malhas, para o pessoal ir mais contente para casa. E até houve quem tivesse recebido discos...eheheheh. Grande som, bom uso de efeitos, pessoal mesmo muito animado...enfim, ADN completamente ao rubro. Gomez e Gonzalez venham mais vezes...eheheh. Gostei muito.

No sábado fui passar som ao Baco. Mais uma noite excelente no Baco, com o pessoal muito animado, tanto dentro do Baco, como na esplanada. Chegado ao Baco, estava a tocar um CD com sonoridades mais Broken Beat, e para não destoar, iniciei também o set com sonoridades mais viradas para esse género, como a remistura de Jazzanova ao Honest dos Nuspirit Helsinki ou a remistura de Little Louie VEga ao THe Heart Is A Lonely Hunter dos Thievery Corporation (com a preciosa voz de David Byrne, o mentor dos infelizmente já extintos Talking Heads), mas depois evolui para sonoridades mais viradas para o Funk e Disco, coisas como Life On Mars de Dexter Wansell, I`m A Man de Spencer Davis Group ou Dancing In Outer Space dos Atmosfear, tendo evoluído a seguir para coisas mais viradas para re-edits Disco, coisas como Major Swellings (aka Prins Thomas), Deep Fuzz ou Dancin`Days (aka Pedro Tenreiro, que foi entrevistado no último número da Slang acerca da arte dos re-edits...entrevista muito bem conseguida...e a revista só custa 3 euros...). A seguir entre por ondas mais Electro-Disco, coisas como o Micropacer de Kris Menace, You Don`t Know de Serious Intentions ou a remistura de Todd Terje ao Klaws Agains Knives dos Fox N Wolf, tendo a partir daí enveradado para cenas mais viradas para o "Electro", Minimal e Acid, coisas como a remistura de Solid Groove ao Can`t Get Away From Your Love dos Only Freak, Queen Lucid de DJ T vs Booka Shade, Ape-x de Adam-Sky (sim, é o Adamski...eheh), a remistura de Trick & Kubik ao From Disco 2 Disco dos Whirlpool Productions, a remistura de Till West & DJ Delicious ao Tooting Warrior de MIke Monday, a remistura de Shit Robot ao Dragon dos Dondolo, Popper de Christopher & Raphael Just, Jupiter Room de Digitalism ou Elkina de Goldfish Und Der Dulz. Finalizei o set numa toada mais "rockeira" (de modos que a dizer que estava na hora do pessoal ir para o ADN...eheheh...ou para outros sítios), com temas como So Disgracefull de Headman, Fashion de David Bowie, Making Plans For Nigel dos XTC ou Heart Of Glass dos Blondie...eheheh. E assim foi mais uma "session@Baco" que, a meu ver, correu bem. Esteve-se muito bem, o pessoal pareceu gostar (e nunca é demais agradecer o carinho e apoio que tenho sentido sempre lá no Baco).

A seguir fui para casa...eheheh.

2 comentários:

gustavo beça disse...

ARO!

obrigado pelas palavras de apoio!há pessoal que nao tem mm mais nd p fazer a não ser criticar destrutivamente...

vejo que nao foste a paredes de coura...ainda n tive tempo de escrever p o blog mas posso adiantar-te que os after hours salvaram o festival. digitalism e , principalmente, justice, foram demolidores! o "jupiter room" é p mim a música deste verão!

grd abraço
gustavo beça

Electrobot disse...

Justice já me contaram que foi simplesmente demolidor.

Jupiter Room é um daqueles temas que não deixa ninguém indiferente.