Crónicas Nocturnas # 84

Na quinta lá voltei mais uma vez para a minha residência semanal no ADN. Esteve um pouco mais fraco do que tem estado habitualmente, mercê do aniversário do Absurdo, e, desde já, os meus parabéns ao Absurdo, que já é como que uma intituição da noite de Setúbal, e que continue a funcionar por muitos mais anos.O Absurdo é uma casa que muitos já tentaram copiar, mas sem o sucesso deste...De resto, anoite no ADN seguiu os parâmetros que tenho seguido nos últimos tempos...um começo mais virado para sonoridades Disco (sejam Disco mais tradicional, cósmico ou Italo), depois enveredando para sonoridades mais ligadas para o "Electro", Acid-House, Detroit, Minimal...

Na sexta, era suposto ter ido passar som ao Clubísimo, em conjunto com o meu amigo Bruno Safara, mas problemas técnicos impediram tal de acontecer...Optei por ficar em casa sossegado, e guardar-me para o DJ T.

No sábado comecei a noite no Baco, que estava calmo. Encontrei por lá pessoal amigo como o Miguel, a Ana, o Americano, o Árabe, etc, por lá fiquei na conversa com eles, conversa bastante divertida, diga-se de passagem, com o pessoal a recordar-se das muitas travessuras que faziam quando eram mais jovens...eheheh. Estava o Papal a passar som, e , emquanto lá estive, ouvi-o pasar cenas mais Chill-Out e Drum n Bass. Baco um pouco mais calmo do que o habitual, o que é normal nesta altura do ano, devido ao Festival de Sines, que "rouba" muitos dos clientes habituais...eheheh.

A seguir dei um salto ao Tasco do Kaneco, onde costuma estar o meu amigo Abel a passar som. Quando lá cheguei, estava-se numa onda mais New-Wave e Punk-Funk, mas depois ainda se ouviu uns temas mais virados para o Big Beat, e depois umas coisas mais viradas para o Funk...Também estava um pouco mais calmo que o habitual.

A seguir fui para o Clubíssimo, onde já se encontrava o Del Costa a passar som. O som estava muito bom, ao nível a que o Del Costa nos tem habituado sempre. A seguir entra o alemão DJ T, com uma pista composta. Soube agarrar bem quem se encontrava na pista de dança, e, praticamente até ao fim, foi conseguindo fazer com que o pessoal dançasse de forma alegre e descontraída a tudo o que ele passou. Notou-se no som dele fortes influências tanto de Electro, como de Italo, como de Detroit, como de Chicago, ou não tivesse esse tipo de sonoridades influenciado fortemente o DJ T (basta até ouvir as produções dele para notar isso...). Portanto, um som muito "groovy", muito fresco, muito dançável. Passou muita coisa desconhecida (reparei que tinha trazido uns quantos "promos"), mas mesmo assim reconheci alguns temas, como Queen Lucid, dele mesmo em conjunto com os Booka Shade, a remistura de Bartz & Syntho ao Horny Pony dos Spektrum, Arquipelago de Gui Boratto, a remistura de Booka Shade ao Oh Yeah dos Yello,Deer In The Headlights de Chelonis R Jones ou Housenation dos Housemaster Boyz (este um clássico do House de Chicago de algures entre 1987/88).
Foi em excelente set, para acabar o mês de Julho com chave de ouro. No fim fui falar com o DJ T, e pareceu-me ser um gajo 5 estrelas. Apesar de o Clubíssimo ter estado animado, tive pena que não tivesse um bocadinho mais cheio.