Crónicas Nocturnas # 44

Na quarta iniciei a minha nova residência no ADN, para as noites Electro. Esteve-se bem, gostei bastante, pena a noite chuvosa ter feito com que algum pessoal ficasse em casa. Mas o pessoal gostou, divertiu-se, estava bom ambiente, e é o que interesa. Um muito obrigado a quem lá foi apoiar e divertir-se com as sonoridades que passei. Tentei passar por tudo o que estivesse ligado a linguagens mais viradas para o Electro e derivados, fosse Electro-Pop (Depeche Mode, Yazoo, Bronski Beat), fosse Electro "puro"(Kraftwerk, Man Parish, Arthur Baker, Harlequin Four), fosse Electro-House (DJ T, Tigerskin, Tiga), entre outras coisas.

Na sexta estive, mais o Zye, a distribuir os cartazes para a noite Halloween (segunda,31 de Outubro) na discoteca VIP em Palmela, e percorremos as capelinhas todas. Estivemos primeiro no MXL, onde se passava um som mais para o "chill-out" agradável. De seguida fomos ao Café Com Estória, onde estivemos a falar com a Patrícia, e a ouvir Jazz. Depois fomos ao La Bohémme, onde encontrámos também o Mário João, e por lá tivemos a conversar um bom bocado. De seguida fomos ao Bombar, e logo depois para o Baco, onde estava o Papal a passar sonoridades mais viradas para o Trance. A seguir fomos para o Tasco do Kaneco, onde estava o Abel a passar som, numa onda um pouco mais "rockeira", com clássicos como por exemplo o My Sharona dos The Knack ou Atomic dos Blondie.

Depois fomos finalizar a noite na VIP, onde estava a passar som o XL Garcia. As primeiras músicas que ouvimos até estavam porreiras, mas depois enveredou por uma onda mais "tribal", que decididamente não faz nada o meu gosto. O ambiente estava bastante porreiro, tanto na parte de cima como na parte de baixo.

No sábado, depois de uma ida á Musicália (que estava bastante interessante), á Flur (que finalmente reabriu, e onde mais uma vez me "desgracei"...eheheh), fui passar música ao Baco. Mais uma noite ao rubro no Baco, a malta a aderir bem ao que eu passava (passei coisas de DJ T, M.A.N.D.Y., Chemical Brothers, Tiga, Playgroup, Tiefschwarz, Zoo Brazil, Grandmaster Flash, Outhud, Who Made Who, Tigerskin, Freeform Five etc...). E mais uma vez, um muito obrigado a quem me esteve lá apoiar e a divertir-se com as sonoridades por mim passadas.

A seguir, fui ao SpyClub, onde era a noite Dance TV. Mas na parte de cima é que estava o bom som (na minha humilde opinião...), ou não fosse a Susana aka Sukik e o Safara a passarem som...Os 5 minutos que estive na parte debaixo foram suficientes para ver que as sonoridades não iam fugir muito ás coordenadas "Mainstream", Tribal e Hard House. O que não surpreende, vindo de um programa que se deveria chamar Pseudo-Fashion TV, porque de verdadeira cultura de música de dança/electrónica, aquilo tem muito pouco, preferindo abordar o lado mais superficial e vazio da noite...

Mas voltando ao que interessa...a música na parte de cima. Como de costume, a Sukik e o Safara portaram-se muito bem, passaram bom som (Tiga, Tiefschwarz, Depeche Mode, M.A.N.D.Y., Joakim, Del Costa & Pedro Goya, Mylo, Freeform Five, Soulwax, Goldfrapp, DJ T, Jesper Dahlback, etc...) tiveram quase sempre a parte de cima animada, e a noite acabou ao rubro, com a remistura de Michael Mayer ao novo tema dos Depeche Mode, Precious. E notei que cada vez mais aparece por lá pessoal que costuma frequentar espaços como o La Bohémme, Baco, Bombar, MXL, ADN, etc...é, na minha opinião, apostar forte nesta franja de público, que estão bastante abertos a este tipo de sonoridades mais ligadas ao Electro e derivados, e, consequentemente, também mais abertos a ouvirem coisas diferentes...