Pois é, não tenho feito muitos relatos acerca da "movida" setubalense, mas a verdade é que nao tem havido muito que relatar...
No dia 30 de Janeiro fui ao ADN ouvir o Mário João a passar som no ADN, e gostei bastante. Uma viagem sonora por entre o melhor que se tem produzido dentro da música electrónica nestes últimos 30 anos, com alguns toques "rockeiros" à mistura, tudo perfeitamente sincronizado com as imagens do VJ Super 8 aka João Vida, que está de parabéns, e a evoluir cada vez mais. Engraçado por vezes a forte componente estroboscópica das imagens, que, na ausência de uma "strobelight", produziam um efeito bastante semelhante á utilização de tal aparelho. (Pessoalmente, foi algo que sempre gostei bastante em discotecas/bares dançantes, e que tenho sentido muito a falta nos últimos anos...para quando um regresso em grande da "strobelight"?) Engraçado também o súbito "concurso" de sombras chinesas, a ver quem fazia os melhores pássaros ou as melhores cabeças de cão com as mãos...eheheh...bem divertido. De realçar também o bom ambiente na casa.
No dia a seguir fui passar som a um dos novos sítios que abriu por cá, o Sons Of Beach, onde antigamente era o Labutes, Kopus, etc...Foi porreiro, mas infelizmente, com a grande tempestade que assolava a noite em questão, não estavam presentes muitas pessoas. Mas o espaço está giro e o ambiente, embora um bocado juvenil, também é bem porreiro, e recomendo uma visita. Melhor sorte teve uma semana depois o Dee Costa, que apanhou uma casa bem composta, e, com o vasto "know how" que já tem da noite e de passar música, conseguiu pôr quem lá esteve a dançar. Set bastante eclético, passando por diversos estilos como Deep/Vocal-House, Minimal, Electro-House e um ou outro tema mais "Old School" pelo meio.
Esta sexta que passou fui ao Clubíssimo, para a festa onde iriam passar som o James Warren, a Kokeshi e os Turndtable. Quando cheguei ao Clubíssimo, já estava a Kokeshi na cabine, e terei ouvido para aí uns 40 minutos de set, que gostei bastante...sonoridades por entre o Minimal, cenas "Housey" e cenas mais "Detroitescas", com muito "groove". A seguir entrou o James Warren, que também não fugiu muito da linha da Kokeshi, também com bastante "groove", e a pôr a malta a dançar. Dos Turndtable já não ouvi muito, pois tinha de me ir embora, mas o pouco que ouvi não foi mau. A casa estava composta, e com muito bom ambiente, mas podia estar com bem mais gente, fosse feita publicidade mais cedo. Não percebo porque se insiste apenas em fazer-se publicidade quase em vésperas do evento, e sei de pessoal que não foi porque simplesmente não sabiam que ia haver este evento. Inclusivé o cartaz que afixei no Baco já na sexta á tarde não me foi entregue por ninguém que fosse ou do espaço ou da organização da festa, foi encontrado por mim caído no chão não muito longe dali, e decidi afixá-lo porque achei que era um evento que merecia ser publicitado, e que eu achei que muita da clientela do Baco acharia interessante. Por favor, publicitem os eventos com pelo menos uma semana de antecedência.
E ontem fui ao ADN ouvir o set a meias entre o Zé Pescador e o Ruben. Esteve-se bem, portaram-se os dois bem, e ouviu-se do melhor que se tem feito na cena Indie/Alternativa nos últimos anos. Noite bem divertida, com o ADN cheio, e com o pessoal a curtir. É o que se quer.